Você está grávida e as espinhas começaram a aparecer? Pois há muitas futuras mamães que se perguntam o seguinte: espinha na gravidez significa que o bebê é menino ou menina? Realmente há uma tradição popular que tenta relacionar o aparecimento dessas pequenas lesões na pele com o sexo do bebê, e é sobre isso que falaremos no post de hoje.

Antes de mais nada é bom esclarecer: o fato de você ter muita ou pouca espinha na gravidez não dá a certeza de que terá um menino ou uma menina. Se fosse assim, não precisaríamos confirmar o sexo do bebê por meio de ultrassom ou com exames como a sexagem fetal (que avalia o sangue da mãe, e procura o DNA da criança ali, dando com um grau de acerto bem grande do sexo do filho). Bastaria olhar para a pele da mãe, não é verdade?

espinha na gravidez

Imagem: 123RF

Mas há quem acredite nessa correlação entre a aparência da mãe e o sexo do bebê, e isso também tem uma explicação científica (por incrível que pareça!). Há muitas pessoas que dizem o seguinte: quando a mulher está grávida de um menino, fica com a pele mais bonita e com menos espinhas. Já quando está grávida de uma menina, fica com os cabelos mais brilhantes, pele mais oleosa, e portanto com mais espinhas!

O possível motivo para a relação entre o sexo do bebê e a espinha na gravidez

A explicação para isso seria a seguinte: as espinhas aumentam durante a gestação em função das mudanças hormonais que ocorrem no corpo da mulher, sobretudo devido ao aumento do estrógeno e da progesterona. Quando esse aumento ocorre, a circulação sanguínea aumenta, as glândulas sebáceas da pele passam a produzir mais secreção. E então as famosas espinhas aparecem!

Há estudos que mostram que, nas gestações de menina, há uma tendência à maior produção de um hormônio chamado HCG pela placenta. É esse hormônio que permite que o corpo lúteo, descartado normalmente todos os meses pela mulher que não está grávida, seja mantido. E como é esse corpo lúteo quem produz estrógeno e progesterona, haveria o aumento das taxas desses hormônios, que inibem a menstruação.

Assim, se o HCG da mulher grávida de uma menina tende a ser maior, seria possível que as taxas de progesterona e estrógeno também aumentassem com maior rapidez, causando o aparecimento de mais espinhas.

Mais espinhas na gravidez, cabelo mais bonito

Se, por um lado, é possível que mães de menina tenham mais espinha na gravidez, pela maior taxa de HCG, estrógeno e progesterona, por outro podem ficar com o cabelo mais bonito. Aliás, é bom saber: o aumento desses hormônios na gravidez de fato torna os cabelos mais sedosos e menos sensíveis à queda. Entretanto, no pós-parto essa situação inverte, com a queda dos hormônios! Assim, os cabelos tendem a cair mais, como comentamos aqui.

O que fazer para melhorar as espinhas na gravidez?

De fato não dá para afirmar que você terá um menino ou menina em função das espinhas que apareceram na gestação. Mas, independente do fato, talvez você queira fazer com que elas sumam! Nesse caso, o melhor a fazer é manter a pele limpa, com sabonetes neutros ou indicados pelo seu dermatologista.

Uma boa ideia é apostar em produtos “oil free”, que não são oleosos, e diminuem a chance de formação das espinhas. É bom lembrar que não se recomenda o uso de retinoides, salicilatos e isotretinína na gestação, pelo risco que oferecem ao bebê. O peeling químico também não é indicado – há opções mais leves, como o de diamante, que é apenas uma abrasão leve da pele, e que não interfere na gestação.

De qualquer forma, consulte seu obstetra ou dermatologista antes de tentar tratar sozinha as espinhas da gravidez. Em casos de acne severa, são esses profissionais que saberão indicar os tratamentos mais adequados e seguros para essa fase da sua vida.

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