Hoje tem aqui no blog um daqueles posts que me faz chorar. Que me faz sentir que muitas vezes perdemos tempo desejando o que não importa, quando o mais importante está bem à nossa frente: família!

Espero que você também se emocione com as palavras da Flávia Girardi, leitora e colaboradora do Mil Dicas de Mãe. Que elas te inspirem a ter um ano muito, muito feliz!

Imagem: 123RF

Por Flávia Girardi

”Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam”. Li essa frase da Clarice Lispector em um livro ainda na época de escola e, de alguma forma, ela sempre me acompanhou. Lembrei-me dela outro dia, antes do reveillon, quando estivemos na casa da minha avó. Uma casinha grande, mas bem, bem simples em Santa Rosa de Viterbo, interior de São Paulo. Enquanto eu molhava o alecrim no quintal, a Alice, que corria junto dos primos, parou e disse: “Nossa mãe, a casa da bisa é tão linda!”. E eu olhei ao redor e entendi. Ela viu além das paredes descascadas. Linda não era a casa, eram aqueles olhinhos que a enxergavam assim.

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Meu sobrinho amou tanto aquilo tudo, que queria “trocar” a casa dele (com sauna e piscina) pela do meu tio, três casas abaixo da minha avó, porque lá tinha laguinho para tartarugas, passarinhos e cachorros filhotes! E eu fiquei pensando que quando eu era pequena eu também amava estar ali (e ainda amo!), com meus pais, primos e irmãs, correndo pela casa, comendo hortelã ou amora do pé, brincando no sítio do meu tio, sentindo o cheiro do bolo quentinho com café da tarde que minha vó fazia (e ainda faz como ninguém) e ouvindo os “contos” de fantasmas do meu avô! O castigo para quem perdia uma partida de “mico” (aquele jogo de cartas!) era andar ao redor da casa, à noite, porque acreditávamos que a casa ao lado (da minha tia-avó) era mal assombrada. E ver minha filha assim, feliz por estar com a família, andando descalça e cantando alto, me encheu de alegria. Porque ela vai carregar consigo esses momentos. E em meio a isso tudo fiquei pensando na responsabilidade que nós, pais, temos nessas vidinhas. São nossas escolhas, nossos hábitos, o que nós damos valor que vai moldar a memória deles.

Às vezes, quando vou agindo no automático da rotina do dia-a-dia, essa ideia me assombra. Ela vem para me lembrar. Para me fazer parar um pouco e sentar, brincar, inventar uma bagunça ou uma canção. Me faz entender que o hoje tem um poder intenso sobre o amanhã. E isso me dá paz, porque nos dá autonomia. Na virada do ano, ficamos sentados olhando as estrelas com as crianças. Minha avozinha de 85 anos junto. Não tem preço tê-la ali, são momentos que não podemos desperdiçar.  

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Que neste ano a gente não despedice. Que tenhamos determinação para fazer as coisas tornarem-se realidade, mas que saibamos enxergar além das parede descascadas. E porque não, que também possamos acreditar em anjos!

Acredito que sou melhor do que eu era, ainda estou longe do que pretendo ser, mas o que me consola é que tenho uma pequena mentora perto de mim para apresentar o mundo através dos seus olhos possíveis, belos e puros.

Um 2019 de muita luz para todos nós!