Todo mundo sabe que situações de emergência acontecem. Mas é verdade é que no nosso dia a dia não paramos para pensar nelas, até escutarmos uma história impactante. Já ouviu, por exemplo, que uma amiga perdeu o filho num lugar público, e felizmente ele sabia seu celular para avisar onde estava? Nessa hora você se pergunta: “será que meu filho estaria preparado para fazer o mesmo?”.
Como nunca sabemos quando uma situação de emergência acontecerá, o ideal é reforçar com seu filho algumas medidas importantíssimas e que devem ser colocadas em prática num momento como esse. Assim, se ele se perder, presenciar alguém passando mal ou mesmo situações mais graves, saberá a quem recorrer (e também o que deve ser evitado).
Claro que o primeiro cuidado é evitar que uma situação desse tipo ocorra. Para isso, ensine seu filho a não falar com estranhos, não dar informações sobre ele e a família a pessoas que não conhece, não aceitar caronas de desconhecidos etc. Mas se ainda assim algo sair do controle, confira a seguir uma lista de cuidados sobre como proceder nessas situações de emergência.
Faça o pequeno decorar seu número de celular
Crianças pequenas, por volta de 5 ou 6 anos, conseguem decorar números. Ensine ao seu filho o número do seu celular e garanta que ele decore a sequência de cabeça. Cacá tem 8 anos, e há dois aprendeu meu número (meu marido criou uma música para que ela memorizasse, e funcionou muito bem. Fica a dica!). Deixe-o avisado para ligar em situações em que se sinta inseguro, e também ensine que, se ele não tiver como ligar, deve abordar alguém (em um estabelecimento comercial, por exemplo, que seja movimentado. Ou pedir ajuda a um policial) e pedir para fazer a ligação. Se achar necessário, você também pode deixar seu número em um local de fácil acesso, como anotado em um papel no bolso da roupa da criança, por exemplo. Essa medida é especialmente útil quando você está com a criança em grandes aglomerações, como num jogo de futebol, ou num parque de diversões.
Ensine a ele os números de emergência
Além de saber seu celular de cabeça, é importante que seu filho saiba os números de emergência, da polícia (190) e dos bombeiros (193). Ensine a ele quais situações se encaixam como emergência para entrar em contato com esses serviços, e deixe bem claro que a ligação deve ser feita somente nesses casos. Para facilitar, você pode dizer que ele só deve ligar a esses locais se a mamãe ou o papai pedirem, se algum deles desmaiar e o pequeno não conseguir acordá-los, se houver fogo na casa sem um adulto presente ou se ele presenciar um acidente em que as pessoas pareçam estar feridas. Também é importante que a criança saiba o endereço de casa de cabeça para solicitar atendimento (crianças de 6 ou 7 anos já são capazes de decorar).
Tenham um lugar de escape
Outra tática útil que você pode ensinar à criança é definir um lugar seguro para que se encontrem caso ocorra uma situação de emergência. Pode ser um local público, como um parque ou uma praça próximos de casa, e que servirá de ponto de encontro no caso de um assalto. Essa é também uma medida comum em alguns países sujeitos a desastres naturais, como terremotos. Em Mendoza, na Argentina, por exemplo, vi praças espalhadas pela cidade e fiquei sabendo que elas são ponto de encontro dos moradores em casos de tremores de terra.
Correr ou se esconder
Falando sobre uma situação de assalto em casa, é útil que você e sua família tenham combinado um local de escape dentro da residência. Deve ser um cômodo seguro com telefone (para ligar e pedir ajuda) e que possa ser trancado com facilidade. Vocês podem combinar um código para ser usado caso alguém perceba que a casa está sendo invadida, indicando que todos devem ir ao cômodo. Além de trancar a porta, coloque móveis e itens pesados atrás dela para impedir a entrada de intrusos, e permaneçam em silêncio até a ajuda chegar. Mas, dependendo das circunstâncias, ensine ao seu filho que ele pode correr caso se sinta ameaçado (por isso definir um lugar de escape fora de casa também é útil).
Não descuide do pequeno em lugares públicos
Fora de casa o perigo também existe, nós sabemos! Por isso, sempre que estiver com seu filho em um lugar público, especialmente os muito movimentados, não tire os olhos da criança! A importância desse cuidado já foi abordada nesse post (ali, nos comentários, há histórias reais de diversas mães que, infelizmente, presenciaram o perigo com os filhos! Por isso, além de estar atento, segure bem a criança e a mantenha sempre onde você possa vê-la).
Preste atenção ao redor
Se notar algum movimento, pessoa ou situação estranha, saia de perto o mais rápido possível com o seu filho, e ensine-o a fazer o mesmo se estiver sozinho. Por exemplo: caso algum desconhecido esteja olhando demais na direção de vocês, se houver uma mala abandonada em um local público, afaste-se dali.
A mãe não deixa!
No post sobre cuidados com as crianças em lugares públicos, algumas mães relataram nos comentário uma mesma situação: estranhos que se aproximam e tentam segurar seus filhos no colo e, quando percebem que a mãe não quer que a criança seja pega, dizem: “a criança não quer ou a mãe é que não deixa?” Por via das dúvidas, é sempre melhor, como escreveu uma leitora, passar de mãe “chata” que não deixa o filho ir com estranhos, do que correr riscos desnecessários, não é mesmo?