Hoje eu venho compartilhar uma história aqui com vocês. Aliás, uma história real, que mexeu comigo e que me mostrou o poder que nós, mães e pais, temos nas mãos. Sem consciência dele podemos, infelizmente, promover tristes danos na vida de nossos pequenos. Mas se usado da forma certa, e ainda mais se utilizado com consciência, tenho certeza de que é algo que pode operar as maiores maravilhas no futuro de um filho. É o poder de acreditar (ou não) no potencial de um filho.

Imagem: 123RF

Acabei de retornar do Seminário de Mães, um evento que acontece uma vez por ano aqui em São Paulo. E antes mesmo de chegar, estava com uma grande expectativa para uma das palestras previstas, que seria ministrada pela Roberta e pela Taís Bento – que trabalham com neurociência aplicada à educação infantil. Estava ansiosa, pois elas falariam sobre o aprendizado das crianças, as principais dificuldades, a vida escolar… Ou seja, exatamente o momento que estou vivenciando com Catarina.

A palestra inteira trouxe muito conteúdo, mas uma parte chamou minha atenção em especial: os aspectos que ajudam no aprendizado de uma criança. Entre outros fatores, elas chamaram a atenção para o fato da criança praticar uma atividade física (sabia que ela estimula, inclusive, a formação de novos neurônios?), e para a influência de uma boa qualidade de sono (se seu filho anda disperso, tente fazer com que ele durma um pouco mais, pois pode fazer muita diferença!). Elas falaram sobre a boa prática de estimular o filho a ter pequenas responsabilidades domésticas, como guardar suas roupas e brinquedos (que combate, inclusive, a preguiça de estudar! Pois a preguiça não é o problema em si, mas sim um sinal de que a criança ainda não entendeu que precisa fazer também coisas que não lhe geram prazer – como  ela sente ao assistir à TV, ou brincar com um tablet. Tendo responsabilidades, ela entende que o trabalho faz parte, e que isso se traduz numa melhor forma de encarar as tarefas da escola). Comentaram sobre a importância da repetição para que a informação possa ser consolidada pelo cérebro (portanto a lição de casa tem sua função, sim!). Até que elas chegaram num ponto crucial, que eu quero deixar como mensagem final desse post.

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Um dos fatores que mais influencia o desenvolvimento de um filho é a crença de seus pais em seu potencial. Aliás, Roberta, uma das palestrantes, é uma prova viva disso. Com uma paralisia cerebral ao nascimento, ela recebeu do médico o diagnóstico de que teria problemas de fala, e principalmente de aprendizado. Com um ano, seus pais perceberam que ela não engatinhava, e que teria também dificuldades para andar.

Se não fosse por uma dificuldade ao subir no palco, eu não desconfiaria de que Roberta teve algum problema de desenvolvimento. Com uma didática incrível, ela encheu o palco com sua fala por uma hora. É reconhecida mundialmente por seu trabalho com educação infantil, mesmo só tendo entrado na escola aos 7 anos. Sempre foi uma das melhores alunas da turma.

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Então ela contou que seus pais foram fundamentais para que ela alcançasse o sucesso. Em seus primeiros dias de aula, seu pai lhe disse que as crianças que olhavam para ela estavam, na verdade, admirando seu vestido ou seu sapato (e não sua dificuldade em andar). Seus pais compraram uma bicicleta para os quatro filhos dividirem, e mandaram Roberta brincar com os três irmãos, com a crença de que ela aprenderia andar, e pediria ajuda se precisasse. Sim, ela anda de bicicleta.

Voltei para casa pensando em tudo o que acreditamos que nossos filhos são capazes de fazer ou não. Em tudo o que lhes dizemos que não dará certo, e também em tudo aquilo que nós olhamos no fundo dos olhos deles e falamos: “vai em frente, que você vai conseguir”. E eles conseguem! Pensei que é fundamental não focar nas dificuldades, e sim nas virtudes que naturalmente cada um carrega consigo.

Levarei esses aprendizados comigo, e estou certa de que serei uma mãe melhor para a Cacá por isso.

Para conhecer o trabalho incrível que a Roberta e a Taís Bento fazem, é só acessar: soseducacao.com.br

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