Outro dia, uma amiga que tem uma filha pouco mais velha que Catarina (que tem 6 anos) me chamou para conversar. Ela me contou que sua pequena estava ficando com “corpo de mocinha” e que estava preocupada que ela menstruasse logo. “Você já falou com o pediatra dela?”, eu perguntei. Então ela me contou que o médico havia confirmado suas suspeitas e que tinha encaminhado a criança para um endocrinologista pediátrico. Essa mãe estava com medo, porque não sabia o que ouviria do especialista, mas sabia que algo tinha que ser feito para que sua filha não entrasse na puberdade antes da hora.

Imagem: 123RF

Pode ser que você esteja passando pela mesma experiência aí na sua casa, e esteja sentindo esse mesmo receio. Mas, se você já tomou alguma ação a respeito (no caso, conversar com quem entende do assunto), já é meio caminho andado! Porque, em muitos casos, os pais demoram para notar que as mudanças corporais de meninos e meninas estão acontecendo antes do tempo adequado, e deixam passar a grande oportunidade de interromper o processo antes que o desenvolvimento da criança (físico e emocional!) seja afetado.

No caso dessa menininha, a mãe desconfiou da puberdade precoce porque notou o aumento das mamas “de repente o peito despontou, e ela mesma não queria usar camiseta”- cita a mãe! Já ouvi muitas histórias, aliás, de meninas que querem enfaixar o peito para que ele não apareça, porque também não têm coragem de pedir um sutiã para a mãe e também o aparecimento de alguns pelinhos embaixo do braço e na região genital – e a filha ainda não tinha completado 8 anos de idade! Para quem não sabe, quando os sinais da puberdade acontecem antes dos 8 anos nas meninas e dos 9 nos meninos, podemos dizer que ela está chegando de forma precoce, e, possivelmente precisa da intervenção médica.

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Nas meninas, um marco importante da puberdade é a primeira menstruação, que se soma aos outros sinais que eu já citei: geralmente, em primeiro, o desenvolvimento do broto mamário e o aparecimento de pelos – nas axilas e pubianos, e a definição das curvas do corpo (a cintura e o quadril ficam mais marcados). Preferencialmente, é melhor procurar o médico antes que sua filha menstrue, pois a regressão dos sinais é mais fácil nesse ponto. Além disso, pela ação dos hormônios sexuais – que estão provocando todas essas mudanças corporais – há, aos poucos, o fechamento dos pontos de crescimento ósseo (é por isso que o crescimento mais intenso acontece apenas dois ou três anos após a chegada da puberdade e depois praticamente estaciona – tanto no sexo feminino quanto no masculino).

Essa amiga tinha duas grandes preocupações. A primeira é que a filha entrasse na puberdade precocemente e crescesse pouco (como a menina ainda era bem pequena, ficaria realmente baixa sem o tratamento que os médicos recomendam para esses casos. Com o tratamento adequado, a puberdade precoce é retardada, e a criança pode retomar seu crescimento normal). E a segunda, que tivesse problema em lidar com um corpo muito diferente das amiguinhas de mesma idade. E isso não é exagero, não: embora eu não tenha tido puberdade precoce, menstruei relativamente cedo (aos 9 anos e 10 meses), muito antes das minhas colegas. E sei que essa é uma fase delicada, que precisa de muito apoio da família e conversas em casa sobre o tema.

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Mas isso então só acontece com as meninas? Claro que não! Meninos também podem entrar precocemente na puberdade (se você tem um menininho em casa também precisa estar atenta!) e ter seu crescimento/desenvolvimento alterado. No caso deles, há o aparecimento de pelos nas axilas e pubianos (além do rosto), a voz muda (engrossa), os ombros ficam mais largos, as mãos e os pés crescem, os testículos se desenvolvem e há a primeira ejaculação (difícil conversar sobre isso com seu filho? Mas você precisa tentar! E pedir o apoio do pai, que pode mais facilmente conversar com ele!). E se o médico considerar necessário pode indicar um tratamento para seu filho (lembrando que o objetivo do tratamento é estacionar a progressão da puberdade e até fazer alguns sinais regredirem). Este, dura o tempo necessário para que o corpo atinja idade cronológica compatível com a puberdade normal.

Esse post é, portanto, um sinal de alerta: é sempre importante ter informações para saber reconhecer um problema que acontece em casa!