Tão importante quanto o cuidado que temos na escolha dos alimentos para a família é a atenção quanto às embalagens que os envolvem, assim como aos recipientes que usamos para fazer as refeições (mesmo que seja só um lanchinho no meio do dia). Estou falando isso porque esses produtos são formados por substâncias que, às vezes, não trazem efeitos positivos à nossa saúde (muito pelo contrário!). Aqui no blog, por exemplo, eu já comentei nesse post sobre os malefícios causados pelo Bisfenol – A, o BPA, substância que desde 2012 está proibida, pela Anvisa, no processo de fabricação de mamadeiras no Brasil (quando Catarina era bebê ainda havia mamadeiras com essa substância, e eu sei que muitas mães, que não tinham informação sobre os danos, as compravam!).

Você sabe qual é o problema do BPA? Em contato com o nosso organismo, essa substância altera os níveis hormonais – e estudos concluíram que ele também está relacionado a maiores ocorrências de alguns tipos de câncer, de infertilidade e obesidade. Ou seja, tem que passar bem longe dos nossos bebês!

Por todos esses motivos, não é de hoje que vem a recomendação para evitar a compra e o uso de artigos que contenham o BPA (que não vai só nas mamadeiras, mas também em boa parte dos recipientes feitos de plástico). Observar na embalagem o selo “BPA free”, que indica que o produto não leva a substância na composição, é um ponto importante – mas novos estudos apontam que só esse cuidado não é o suficiente para manter a família livre de itens tóxicos.

Imagem: 123RF

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Isso porque muitas vezes, na ausência do BPA, os fabricantes optam pelo BPS: outro tipo de Bisfenol utilizado na fabricação do policarbonato (que forma o plástico). Mas o que era para ser um substituto “melhor” não está se saindo tão bem quanto o esperado: pesquisas apontam que essas duas substâncias provocam reações semelhantes no organismo. E (atenção, gestantes!) um estudo feito por pesquisadoras da Universidade de Massachusetts Amherst, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica Endocrinology apontou mudanças de comportamento durante a gestação e a fase de lactação de camundongos expostos ao BPS. É claro que ainda faltam novos estudos para comprovar se os efeitos se aplicam também às mamães humanas, mas ainda assim as descobertas são importantes alertas. Vem ver!

 

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O que o estudo concluiu?

Assim como o BPA, o BPS atuaria no organismo como uma molécula parecida com o estrogênio (um hormônio feminino). No estudo, as pesquisadoras observaram que as roedoras expostas à substância apresentaram alterações no cérebro e no comportamento materno como, por exemplo, no tempo em que gastam ficando no ninho, construindo o ninho e cuidando dos filhotes. Todos esses efeitos foram justamente observados na região do cérebro sensível ao estrogênio.

De acordo com as pesquisadoras, os camundongos que foram expostos à maior incidência de BPS durante o estudo (os animais foram divididos em três grupos, um que não recebeu BPS e outros dois que tiveram contato com doses diferentes da substância) passavam mais tempo no ninho. Isso vai contra a natureza: quanto mais os filhotes crescem, menos as mães ficam no ninho.

Outro dado relevante é que esse mesmo grupo também recuperou mais rapidamente os filhotes que foram removidos pelas pesquisadoras da ninhada. Apesar de esse parecer um dado positivo, as cientistas apontam que pode ser indício de estresse e ansiedade.

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Em resumo, o que o estudo mostrou foi que o que já é um período vulnerável para a mãe, as fases de gestação e amamentação, pode ser agravado a partir da exposição ao BPS. Isso é importante não só do ponto de vista de cuidado materno, mas do próprio aspecto evolutivo, uma vez que o comportamento da mãe influencia diretamente na sobrevivência da prole. E mais: o experimento mostrou alterações nas filhotes fêmeas expostas ao BPS, que ficaram menos tempo no ninho que os demais. Ou seja, desde cedo alterações nas fêmeas foram observadas.

“Mostramos que a exposição ao BPS no desenvolvimento altera o comportamento materno mais tarde na idade adulta. Ambos os achados têm potenciais implicações para a saúde pública”, escreveram as pesquisadoras no artigo.

 

Como então devo proteger minha família? 

O negócio é evitar o uso do plástico. Para guardar alimentos, que tal optar por recipientes de vidro ou aço inoxidável? Evitar oferecer à criança, especialmente na fase em que ela leva tudo à boca, brinquedos que sejam feitos do material é mais um cuidado de destaque.