Seu filho já disse que não quer dormir porque está com medo? Relata pesadelos com frequência? Você não sabe como lidar com a situação? Pois então você vai adorar o post de hoje, da nossa querida consultora de sono, a Michele Melão. Ela traz dicas super bacanas para resolver o problema (que, sem saber, acabei usando e foram fundamentais para resolver a questão aqui em casa – sim tivemos uma fase em que Catarina relatava o sentimento, mas felizmente tudo resolvido em pouco tempo e com muita paciência!).

Dá uma espiadinha no texto a seguir: tenho certeza de que você conseguirá colocar em prática muita coisa com seu pequeno!

Por Michele Melão

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Nosso post de hoje é especialmente dedicado aos pais de crianças um pouco maiores, principalmente as que tem mais de 2 anos e começam a apresentar medo de dormir, de ficarem sozinhas no quarto, que se queixam sobre monstros e fantasmas e mesmo aquelas que ficam aparentemente aterrorizadas.

A primeira coisa a fazer é avaliar se o medo é real ou se seu filho só quer que você fique dentro do quarto, junto dele. E para ter certeza sobre a melhor atitude a tomar, é importante fazer algumas reflexões:

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Imagem: 123RF

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– Ele realmente age como se estivesse com medo de alguma coisa? Neste contexto, a aparência muitas vezes é mais significativa do que as palavras. Ele pode ir para seu quarto dizer que está com medo apenas como justificativa para se levantar (ao invés de dizer que sente sede ou fome de madrugada).

– Ele tem sonhos ruins de verdade? Geralmente os pesadelos acontecem de vez em quando e são facilmente relatados pelas crianças. Quando seu filho passa a ter “pesadelos” todas as noites e não consegue descrever o sonho, normalmente eles não aconteceram de verdade.

– Seu filho está com medo ou quer testar seus limites? Muitas crianças passam a ter “medo” de dormir, mas antes de apresentarem este comportamento sempre foram resistentes à hora do sono, fazem diversos pedidos extras antes de dormir e pedem para que alguém fique com eles na hora do sono. Talvez seu filho queira apenas sua companhia, mas o medo não existe na realidade.

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– Seu filho tem medo de dormir em qualquer situação ou só apresenta este comportamento com os pais? Muitas vezes quando os avós, cuidadores, enfermeiros atuam no sono da criança, ela tem um comportamento calmo e aceita melhor a hora de dormir. Avalie também esta mudança com o seu filho e lembre que o medo apareceria de qualquer forma, independentemente de quem o leva para a cama.

– Há algo que possa reforçar este medo? É importante avaliar se seu filho viu algo na escola ou mesmo um filme ou uma discussão dentro de casa que possa ajudar na compreensão do medo. É necessário apoio para a criança neste momento.

– Ele tem medo de escuro ou de portas fechadas? Se deixar uma luz fraca ou mesmo a porta do quarto aberta for uma opção, você pode usar essas ferramentas para acalmar a ansiedade do seu filho na hora do sono.

– Houve um reforço do medo? Essa é uma questão importante a ser avaliada. Muitas vezes a criança tem mesmo um pesadelo e a reação dos pais foi inadequada, impaciente, com irritação e ameaças e punições. A criança fica com medo de sentir medo porque não terá apoio, o que pode aumentar bastante a ansiedade.

E como ajudar as crianças? Estas são as 7 dicas que podem resolver o problema!

  1. Faça um ritual de sono bem agradável no quarto do seu filho. Ele deve gostar deste ambiente! Gaste um tempo com ele, inclua uma história ou mesmo um jogo tranquilo no ritual de sono. Tenha atividades legais no fim do ritual. Por exemplo: se ele não gosta de escovar os dentes, faça isso logo no começo, deixando as atividades mais agradáveis bem perto da hora de dormir.
  2. Utilize adesivos como reforço positivo. Se a queixa do seu filho for mais habitual do que real, dar alguma recompensa para incentivar que ele durma bem pode ajudar. Entretanto, levando em consideração de que o medo pode ser real, garanta que ele saiba que pode contar com você em qualquer situação. Uma boa alternativa é usar mais de um adesivo durante a mesma noite, então mesmo precisando de ajuda, ele irá ganhar alguma coisa.
  3. Tente que seu filho saia do “automático”. Algumas crianças chamam os pais exatamente no mesmo momento  que acordam. É como um impulso. Dê alternativas para seu filho, deixando um boneco dentro do berço e explicando que muitas vezes ele pode voltar a dormir sem chamar pelos pais e, quando não for medo, a recompensa pode ajudar bastante.
  4. Converse com seu filho e veja do que ele precisa. Pode ser que o pedido seja dormir com o brinquedo preferido, um pouco de água ao lado da caminha ou o uso de uma luz fraca. Compreender e atender estes pedidos pode ser uma ótima alternativa para diminuir os despertares no meio da madrugada.
  5. Fique com ele até adormecer, por alguns dias. Faça um combinado com seu filho e fique ao lado dele até que adormeça por alguns dias – assim ele se sentirá mais confortável em adormecer sozinho, quando a fase do medo passar. Se ele não chamar a noite toda, não há problema em ficar ao lado da criança até que ela entre no mundo dos sonhos.
  6. Explique para seu filho que você ficará acordado até mais tarde, bem depois que ele adormecer, e que visitará o quarto dele até a hora dos adultos dormirem. Muitas crianças se sentem seguras sabendo que haverá alguém acordado, caso ela tenha medo e precise de ajuda.
  7. Combine de dormir no quarto do seu filho uma vez por semana! Sempre que possível, este “acordo” pode deixar a criança muito mais confortável e segura para dormir. Coloque um calendário para que ele entenda o passar dos dias e se for possível, acampe com ele um dia da semana, para que dormir no quarto dele seja bastante divertido.

É importante sempre dar ao seu filho o benefício da dúvida, porque o medo pode ser real e nesses casos ele deve receber apoio, para que a situação melhore. Algumas crianças passam por períodos breves de ansiedade e certamente o uso destas dicas ajudará seu filho a dormir mais rápido e ter mais segurança em voltar ao sono se despertar entre os ciclos de sono.

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michele melão selo