É preciso pagar o preço

Nesse fim de semana, tivemos duas festas juninas. Muita pescaria, milho verde, doces caseiros, fogueira… E, claro, frio! Sabem que às vezes eu queria (muito) que as festas juninas fossem no verão? Ou, pelo menos, na primavera, para que os pequenos pudessem aproveitá-la, sem que se tenha que pagar o preço de uma bela tosse no dia seguinte.

Fiquei naquele dilema que todas as mães acabam enfrentando um dia: deixo minha filha aproveitar, mesmo sabendo das chances de pegar um resfriado depois? Levo-a para casa depois de pouco tempo, para tentar preservá-la (sob protestos, obviamente)? A verdade é que não existe resposta certa – dessa vez, ficamos várias horas em cada uma das festas, o que eu não teria feito nos anos anteriores (aliás, como não fiz. Ficávamos um pouquinho e corríamos para um banho quente).

Pensando nessa situação, acabei me lembrando de todas as vezes em que nós, mães, temos que escolher pagar o preço. E não é preciso ir longe, não – logo nos primeiros meses, você precisa decidir entre manter o bebê na rotina que dá segurança, tranquilidade, e um certo respiro para a mãe, e sair com ele – sabendo que vocês ficarão umas cinco noites acordando de hora em hora. Ou quando você viaja com o filhote, e acaba dando a ele uma alimentação diferente do que a do dia a dia (você corre o risco de uma diarreia, de uma constipação, ou mesmo do seu filho não comer nada, até que vocês retornem para casa). Quem é mãe sabe!

Imagem: 123RF
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Você paga o preço quando deixa o filho tomar banho de piscina, ou entrar no mar, quando ele está morrendo de vontade de brincar na água, mas você sabe que o vento frio está dizendo que é arriscado. Você paga o preço quando o deixa correndo no sereno (afinal, todos os amiguinhos estão lá, e ele quer aproveitar também!), mesmo que uma vozinha te alerte ao pé do ouvido: “amanhã vai ter dor do ouvido”. Você paga o preço quando deixa seu filho dormir à meia-noite, para acompanhar os fogos de artifício (ou você acha que ele vai acordar de bom humor no dia seguinte?).

São decisões que precisamos tomar – e dói no coração quando você acha que escolheu o caminho errado. Você sabe que haverá um ganho, mas uma perda por outro lado. É importante dar tempo ao tempo, porque os pequeninos vão ficando mais resistentes a essas mudanças (e o preço a ser pago vai ficando menor). E dosar, para tentar fazer com que os momentos vividos (que são de extrema importância! Porque são aqueles que você e seu filho lembrarão, durante anos e anos!) tenham um saldo positivo.

Ah, e antes que eu me esqueça – sim, Catarina ficou com (pequena) tosse depois de tomar a friagem. Mas sobrevivemos a ela – e o sorriso de felicidade que ela deu ao fim da experiência valeu cada segundo!

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