Outro dia, conversando com uma amiga, contei-lhe que até hoje eu não havia feito um álbum de fotografias para Catarina. Por aqui nunca fomos aquele tipo de pai ou mãe que registra cada pequena mudança no filho, mas obviamente temos muitas fotos, principalmente do primeiro ano da pequena. Fotografamos também as festas, as viagens, mas essas imagens estavam apenas guardadas em uma pasta de computador, com uma promessa de que seriam vistas de vez em quando. A verdade, no entanto, é que elas ficavam ali, sem grande utilidade, esperando que nos lembrássemos de revisitá-las.

Mas depois dessa conversa, decidi que já estava mais do que na hora de separar algumas, imprimi-las, e montar os tais álbuns. Sendo filha única, me parecia até um contrassenso que eles não existissem (minha mãe tem três filhas, e todas elas com muitas fotos de lembrança!). Pensei nas imagens das minha infância, em como até hoje gosto de ver aqueles rostinhos conhecidos, mas muito mais jovens. Lembrei-me das pessoas queridas que já se foram, e em como eu gosto de guardar um pouquinho delas ali. E imaginei que um dia Catarina também poderia querer fazer o mesmo, o que me motivou para, finalmente, organizar suas fotos.

Eu gastei dias separando aquilo que seria impresso, e quando finalmente terminei, entendi o poder existente nas fotos de um filho. Porque elas te lembram que o filhote era tão pequeno, que você conseguia segurá-lo com uma só mão. Você se lembra da cadeira de amamentação, que pode nem fazer mais parte do quarto, e em como ela foi seu único abrigo, nas noites insones. Você vê o móbile de que seu bebê gostava, e quase consegue ouvir as músicas que ele tocava. Você vê aquele body tão pequenininho, que hoje não caberia na boneca da sua filha.

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Imagem: Arquivo Pessoal. A reprodução não está autorizada.

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Com as fotos de um filho você se lembra das bochechas gordinhas e da língua, que não parava dentro da boca. Você vê aqueles dois dentinhos, únicos, e não consegue conter um sorriso. Você olha o cabelinho, os olhos, e nota que não são mais da mesma cor. Você tem vontade de morder as mãos e os pés, que mais parecem pãezinhos.

Com as fotos de um filho você se lembra dos passeios no carrinho, nas manhãs e tardes de sol. Você se lembra da mantinha preferida, aquela que sua tia tricotou com tanto carinho (essa você guardou, com a esperança de que um dia seu neto use). Você recorda as idas iniciais à piscina, e a primeira vez em que seu filho pisou na areia. Você revive sua reação ao ver o mar e sua imensidão, com aqueles olhinhos cheios de curiosidade.

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Com as fotos de um filho você se lembra da farra no cadeirão, e como aquela bagunça, com comida voando para todos os lados, te deixava louca. Você vê o filhote sentando, engatinhando e dando os primeiros passos. E se pergunta como o tempo passou tão rápido, porque hoje ele já corre para todos os cantos. Você vê o primeiro dia de aula, com aquele serzinho minúsculo segurando sua mochila. E seu coração bate mais rápido pensando que venceram a fase de adaptação (que talvez tenha sido mais dolorida para você do que para ele).

Com as fotos de um filho você vê crescer o amor entre pai e filho. Porque se com a mãe esse sentimento é visceral, natural, instintivo, com o pai ele tem que ser conquistado. Você o vê segurando seu filho no ombro e pensa que atualmente suas costas não aguentariam mais. Você vê o olhar de carinho de um para o outro, e assiste novamente o vínculo se formando.

Com as fotos de um filho você revive a emoção da primeira apresentação na escola, em que você chorou tanto que quase não conseguia enxergar o filhote na multidão (brincadeira, nem que ele estivesse a um quilômetro de distância você deixaria de vê-lo!). Você se lembra que quase levantou na plateia e gritou: “olha, essa coisa mais linda aí é meu filho!”. Você o segura no colo mais uma, duas, três, mil vezes. Você o vê dormindo no seu ombro e pensa: “ah, que saudade da época em que ele ficava assim”.

As fotos de um filho têm o poder de te transportar no tempo. De fazer você lembrar não só como o filhote era, mas como era a mãe que você já não é mais. Elas congelam pedacinhos da história do pequeno tão cheios de felicidade, que você queria que durassem para sempre. Mas como não é possível, você se contenta em vê-los e revivê-los quantas vezes quiser.

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