Um dos maiores problemas que os pais de bebês enfrentam são as frequentes acordadas noturnas. Quem é mãe sabe: acordar de hora em hora é algo quase insano – no dia seguinte você está moída, estressada, e praticamente sem paciência. Mas e o bebê que também não dormiu bem? Também está cansado, coitadinho! Não quer brincar, se irrita facilmente e chora por qualquer coisa. Resultado: o caos completo instalado na casa, sem que você saiba como sair dessa!

Por isso, hoje, a nossa querida Michele Melão, consultora de sono do blog, fala sobre o assunto e dá dicas de como identificar o problema causador dessas acordadas, para que você resolva a questão. Vale a pena a leitura, vem dar uma espiadinha!

Por Michele Melão

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Imagem: 123RF

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A partir dos 4 meses, os bebês passam a produzir a melatonina, que é o hormônio do sono necessário para regular o relógio biológico, fazer as sonecas adequadamente e acordar de uma a duas vezes durante a madrugada para a amamentação. Mas, infelizmente, após essa fase, muitos pequenos acordam com mais frequência do que isso, deixando os pais bastante cansados. No post de hoje queria passar para vocês, leitoras do Mil Dicas de Mãe, uma maneira de identificar o motivo desses despertares: assim toda a família poderá dormir melhor (lembrando que algumas horas de sono ininterrupto são importantíssimas para o desenvolvimento adequado do bebê).

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Vamos primeiramente a duas dicas importantes:

– Mantenha a calma. Tentar de tudo (mudar bruscamente a rotina, colocar o bebê na cama dos pais, etc) são atitudes que podem fazer com que essa fase se prolongue por muito mais tempo do que duraria, se os pais realmente observassem o bebê e tentassem fazer algo efetivo para resolver a causa do problema.

– Identifique a causa dos acordares frequentes. Sempre existe uma razão para seu bebê acorde com tanta frequência, e muitas vezes isso é causado por uma combinação de fatores. Observe a lista abaixo e veja se você reconhece o comportamento do seu filho em uma ou mais situações. Faça anotações, dedique-se a trabalhar o sono dele – quanto antes, sempre melhor e mais fácil!

1) Falta de um ritual de sono adequado: a maioria das mães sabe que o bebê precisa de um ritual de sono para conseguir diminuir o ritmo e se acalmar mais rápido, mas muitas resumem esse ritual em banho, amamentação e cama. Se o pequeno começa a chorar muito para dormir, provavelmente seu ritual está fraco e precisa ser revisto. Invista em uma massagem, uma história, uma música calma. Seu filho precisa diminuir o nível de energia pelo menos uma hora antes de dormir.

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2) Fome: verifique com carinho os horários do seu bebê. Uma criança que recebe o jantar às 18h pode estar com fome às 21h, mas o sono é tão grande que ela acaba dormindo sem mamar corretamente. Se isso estiver acontecendo, você pode dar o jantar mais tarde (talvez amamentar às 17:30h e colocar o jantar às 19h) ou tentar a amamentação um pouco mais cedo (antes das 21h). Assim, seu bebê poderá conseguir mamar uma quantidade maior de leite antes de dormir, o que segurará sua fome por mais horas.

3) Soneca inadequada: sonecas curtas, picadas, sem horários definidos podem fazer um estrago no sono da noite do seu bebê. Um comportamento típico de soneca inadequada é quando você percebe que seu filho está quase dormindo e de repente desperta, fica elétrico, chora e leva muito tempo para se acalmar. A partir dos 4 meses, tente adequar o dia em três sonecas de pelo menos uma hora, e a partir dos 7 meses faça a transição para duas sonecas de pelo menos uma hora e meia. Seu bebê provavelmente só fará apenas uma soneca perto dos 18 meses.

4) Arroto: para os bebês que adormecem mamando (especialmente aqueles que recebem leite através da mamadeira), arrotar pode ser uma dificuldade. Os pequeninos que mamam no peito sofrem menos com isso, porque engolem pouco ar durante a mamada. Se seu bebê usa mamadeira, mesmo que ele adormeça, fique com ele no colo em uma boa posição e dê o tempo suficiente que ele arrote (isso pode demorar 30 minutos). Essa prática também poderá reduzir o número de acordadas noturnas.

5) Nascimento dos dentes: geralmente quando o bebê acorda por incômodos nos dentinhos, essa é uma fase que passa logo e que exigirá apenas paciência e carinho dos pais. Se o incômodo for muito forte, o melhor é procurar o pediatra.

6) Incapacidade de se auto confortar (talvez uma das principais causas dos despertares): você percebe que o bebê acorda durante a noite, mas simplesmente não sabe o que fazer – então começa a se mexer, vem o choro e os pais precisam agir, porque o pequeno não conseguirá voltar a dormir sozinho. Nessa hora, em geral, entram em jogo certas associações, como sugar (peito / chupeta / mamadeira), colo ou embalo, para que ele pegue no sono novamente. A melhor solução, nesses casos, é pensar em técnicas que troquem essa associação por outra, que não exija a presença dos pais no quarto – como, por exemplo, um objeto de transição. Lembre-se de que isso não significa largar o bebê chorando até dormir, e que esse trabalho não é rápido. Seu bebê precisa de um tempo para que o cérebro adquira verdadeiramente a habilidade de dormir.

7) Casa muito agitada: a tentação de brincar com seu filho ao chegar do trabalho pode ser grande, mas tente fazer brincadeiras calmas, apague a TV, evite visitas pelo menos uma hora antes do pequeno dormir. Depois que os despertares noturnos cessarem, você até poderá ter quebras de rotina, mas é importante manter um ambiente adequado de sono por algumas semanas, para que o bebê crie um padrão de dormir bem. Se o corpo e o cérebro do filhote ficarem muito ativos perto da hora de ir para a cama, se acalmar pode ser um desafio enorme. Respeite os horários do bebê, mesmo que ele não aparente estar extremamente cansado ou estimulado.

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8) Alimentação inadequada no jantar: se o seu bebê recebe alimentos sólidos, fique atenta ao que ele come, especialmente no jantar. Alimentos estimulantes como chocolates (e aqui também entram os achocolatados, que são oferecidos com leite), frituras e açúcares podem prejudicar muito a qualidade do sono. Se seu filho se contorce nesses despertares ou apresenta sinais de desconforto, um olhar ainda mais atento à alimentação é necessário, porque pode se tratar de alguma intolerância ou mesmo alergia.

O sono é uma necessidade fisiológica básica para o crescimento e desenvolvimento do bebê, para seu sistema imunológico, recuperação física e amadurecimento cerebral. Portanto, mais do que a necessidade do descanso, observar e tratar os motivos que causam a má qualidade de suas noites são parte importantíssima de uma boa saúde.

michele melão selo