Em geral, eu sou uma pessoa avessa aos modismos do mundo feminino. Lembro que recentemente quase todas as minhas amigas tinham eu sua cabeceira “Cinquenta Tons de Cinza” – confesso que li algumas poucas páginas e achei tão chatinho, que perdi o interesse (mas respeito quem achou bacana!). Eventualmente, no entanto, aparece algo com que eu me identifico: e foi o que aconteceu com a nova onda dos livros de colorir! Antes deles, eu me pegava pintando as revistinhas de Catarina, com a desculpa de introduzir à pequena o maravilhoso mundo da arte! Por isso, vocês podem imaginar o tamanho da minha felicidade quando percebi que poderia ter um livro só para mim!
“Só para mim” é jeito de falar, porque descobri que, quando se é mãe, até essas coisas nós acabamos dividindo com os filhos. Basta que eu pegue os lápis e meu livro de colorir, que lá aparece Catarina, querendo pintar junto! E não é que esse se tornou um passatempo delicioso que saboreamos juntas?
Depois que ganhei o primeiro livro de uma querida amiga, no meu aniversário, acabei recebendo alguns outros – o que foi muito interessante, pois tive a oportunidade de testar vários tipos, para poder contar aqui no blog as diferenças entre eles. Se você está em dúvida sobre o que comprar, espero que esse mini manual sobre livros de colorir ajude um pouquinho! Vem ver!
1) Escolha o tema: se a ideia é que o momento de colorir o livro seja relaxante, nada melhor do que escolher um modelo cujo tema lhe agrade, não é verdade? E depois que as editoras perceberam o sucesso de vendas desse tipo de produto, o que não faltam são opções das mais variadas – com desenhos de natureza (como o Jardim Secreto, que iniciou essa febre), de mandalas, de cidades (você pode pintar cenários de Londres, Paris, Rio de Janeiro!), e até mesmo religiosos (você sabia que o Padre Marcelo Rossi lançou sua versão de imagens para colorir? Verdade!).
Em sentido horário: 1- O Jardim Secreto (como o próprio nome diz, são figuras de jardins, flores e plantas em geral); 2 – A Cidade Mágica (paisagens das principais cidades do mundo); 3 – Ateliê Fashion (muitas estampas fofas para colorir); 4 – Philia (com imagens religiosas)
2) O grau de dificuldade: quanto menores e mais detalhados os desenhos do seu livro de colorir, mais tempo você levará para completá-los. Por isso, é interessante avaliar qual é a sua real disponibilidade para a atividade, e qual o seu grau de paciência para executá-la. Se não tiver muita certeza, comece pelos mais simples, ou opte por livros com imagens de diferentes tipos, para testar como você encara cada uma delas.
3) Preço: pode ser que isso seja um critério importante para você, então aqui vai uma dica inteligente. Se seu desejo é apenas o de colorir um livro para relaxar, sem o desejo de guardá-lo depois de completo, uma alternativa são revistas disponíveis em bancas – com um preço muito mais acessível do que os livros mais completos. Obviamente a qualidade do papel é inferior à dos produtos mais caros, mas se você não está disposta a gastar muito e não sabe quanto tempo ficará nessa onda, essas revistas podem ser uma boa pedida.
4) O tipo de papel: enquanto alguns livros de colorir têm papel mais poroso, que absorve com maior facilmente os pigmentos dos materiais de pintura, outros têm uma menor permeabilidade, o que facilita o uso de canetinhas, por exemplo. Pense nisso na hora de comprar seu livro – muitas mães que conheço preferem exatamente o uso das canetas hidrográficas, porque pintam mais rapidamente (e aí já saem correndo para suas tarefas diárias!).
5) Dicas para mães: especialmente as mães de meninas perceberão que as pequenas adoram fazer o livro de colorir a quatro mãos (claro que não é uma regra – mas, em geral, os meninos preferem atividades mais agitadas!). Mas se sua filha ainda é pequena como a minha, não tem coordenação motora para desenhos muito minuciosos (e acaba se irritando porque não consegue pintar “direitinho”). Se esse é também seu caso, prefira livros com imagens menos detalhadas, que facilitarão o trabalho conjunto.
Já que a filhotinha está interessada em pintar, que tal aproveitar a oportunidade para explorarem juntas vários materiais de pintura? Além dos tradicionais lápis de cor, é muito gostoso colorir com bastões de pastel (por serem macios, você não se cansa de pintar áreas extensas) e de giz-de-cera (aqui em casa tenho um bastão rosqueável de ponta fina que é excelente!).
Uma última dica para mães: se você está sempre correndo e pintando fora de casa (enquanto espera seu filho na aula de natação, ou por alguns minutos na sua hora de almoço), considere a ideia de comprar um pocket book (modelo que cabe na sua bolsa e pode ser levado com maior facilidade). Já se o seu negócio é pintar com os filhos ou na “tranquilidade do lar”, prefira livros maiores – o manuseio deles costuma ser bem mais fácil.