Vou contar uma coisa a vocês: viajar é uma das coisas que mais amo no mundo! Conhecer lugares, pessoas, culturas é tão fascinante para mim que, se pudesse, colocaria o pé na estrada pelo menos uma vez por mês (e levaria Catarina junto, claro!). Por isso estou super animada com o post de hoje – uma contribuição da Claudia Campanhã com várias dicas para quem pretende levar as crianças para o Chile. Há dois anos ela levou sua pequena Lorena para Santiago, e reuniu informações preciosas, que compartilha conosco agora. Gostei tanto que comecei a programar nossa próxima viagem! Vem comigo conferir:
Dica: um dos melhores lugares para procurar pacotes para o Chile é no site Zarpo. Frequentemente eles disponibilizam super promoções, que saem muito mais em conta do que nos outros sites de viagens. Vale a pena dar uma olhada e comparar com os outros preços que você já tem. Para ter acesso, clique aqui (é preciso fazer um rápido cadastro, mas vale a pena).
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Por Claudia Campanhã
Agosto de 2012. Eu e meu marido ganhamos uma viagem de presente, em comemoração aos 10 anos de nosso casamento. Destino? Chile, mais precisamente, Santiago.
Essa viagem era um plano antigo, que existia antes mesmo da Lolo nascer e tinha como programa principal visitar vulcões. Com uma criança de quatro anos, percebemos que teríamos que mudar o nosso roteiro, mas sabe que foi legal?
Começou com a viagem em si. Voar com uma criança pela primeira vez é muito mágico. O rostinho surpreso na janela, observando as nuvens, é inesquecível! E por isso vale vencer o receio e apostar. Nessa hora, benditos são os tablets, com joguinhos já conhecidos pelos pequenos e que podem render algum tempo de tranquilidade. Os filmes exibidos no avião nem sempre são traduzidos e o que deveria distrair, vira problema (leia-se um berreiro incontrolável). Livros de pintar e passatempos também são ESSENCIAIS. Aí, vem o lanche, uma preguicinha e com sorte, a criançada dorme. Lolo dormiu, ufa!
Desembarcamos em Santiago, capital do Chile, e de cara já descobrimos que nosso cardápio ficaria um pouco limitado. Para escapar das surpresas não muito agradáveis, a dica é se hospedar num flat, que tenha microondas, frigobar, utensílios e a partir daí, preparar refeições mais, digamos, convencionais para nós, brasileiros.
Com a gente foi assim e isso nos salvou de pratos entupidos de guacamole (sim, essa guarnição vai até no hot dog). Vale super a pena comprar frutas para levar nos passeios, sucos e água, muita água, pois o clima é bem seco e a poluição é mais grave que aqui no Brasil. Em caso de emergência, fast food (se essa é uma alternativa para sua família) evita que a turminha fique sem comer.
A linda Lorena em Santiago
Se for viajar no inverno, botas, meia-calças, leggings (para usar por baixo da calça) e casacos bem grossos são primordiais, pois o frio é cortante. Mesmo quem não vai esquiar, mas tem vontade de andar pela neve, saiba que as roupas são alugadas nas estações e esqui e, acredite, sem essa roupa especial, o passeio fica bem complicado. Óculos escuros, até para as crianças. O reflexo do sol na neve queima a pele e os olhos, o que pede também por filtro solar potente e proteção labial. Nessa hora, use a imaginação para convencer a garotada de vestir peças tão volumosas, ok?
Se a criança for pequena, até uns quatro anos, leve um carrinho de bebê. É que em Santiago se anda muito, os pontos turísticos podem ser alcançados a pé, inclusive. Crianças não são muito animadas para andar, então, para garantir que elas aguentem o dia de passeios, o carrinho se torna item de primeira necessidade.
Não gostamos de pegar táxis, pois os motoristas dão aquela enrolada no trajeto e sempre cobram mais do que o sinalizado, se percebem que você é um turista. A gente pagou valores absurdos e nem pudemos discutir muito, porque estávamos com criança e tivemos medo de arranjar confusão, ainda mais fora de casa.
Santiago tem muitas coisas para fazer com os filhos. Tem museus, parques, mirantes, zoológico,shopping… Alguns programas são IMPERDÍVEIS: o parque Kidzania, o Museu de Pablo Neruda e o Parque Bicentenário, todos no centro de Santiago.
O Kidzania é um parque indoor, maravilhoso para fazer as crianças entenderem a vida numa grande cidade. Elas aprendem que é preciso trabalhar, ganhar dinheiro, para fazer compras, se divertir e estudar. As atrações reproduzem locais de trabalho e funcionam de verdade. Tem restaurante, banco, hospital, canteiro de obras e as crianças escolhem onde querem “trabalhar”. O dinheiro (de mentira), serve para que elas comprem doces, façam cursos como o de música (sensacional!), possam ir ao salão de beleza…É muito divertido. Super recomendo!
No Kidzania, com Lorena desempenhando várias profissões, para ganhar o dinheirinho do parque.
O Museu do Pablo Neruda também é imperdível porque foi construído numa das casas do poeta. A arquitetura da casa imita a de um barco e por isso, o espaço é único e lindo, bem grande. A gente visita os cômodos da casa, decorados da mesma forma quando o poeta vivia nela. Móveis, objetos pessoais e roupas fazem parte do acervo exposto e para entender tudo direitinho, tem até guia para a visita. Tem lanchonete e lojinha no local (e os souvenirs são pura arte). Boa oportunidade para apresentar o Neruda para as crianças.
Casa de Pablo Neruda, conhecida como “A Chascona”, fazendo referência à esposa do poeta. Chascona quer dizer descabelada.
O Parque Bicentenário é gratuito e tem brinquedos que fazem a criançada se movimentar, em meio à natureza. Brinquedões imensos, labirinto, balanças, escorregadores e trepa-trepa fazem a diversão delas. O lugar é perfeito para passar o dia, com direito a piquenique!
Mãe e filha no Parque Bicentenário
A família inteira brincando na neve
Mas a dica mais preciosa de todas é a seguinte: viajar com os pequenos vai causar um certo estresse, vai te fazer improvisar diante das novidades, vai ser cansativo também. Mas vai ser lindo descobrirem juntos o mundo lá fora. Vai ser gratificante, prazeiroso, engraçado e vai criar lembranças incríveis, para o resto da vida! Bora arrumar as malas?
* Claudia Campanhã, 37 anos, é mãe de Lorena, 6. Conta que já nasceu jornalista, pois desde pequena sonhava com as bancadas das redações. Hoje tem uma agência de assessoria de imprensa e comunicação em mídias sociais – a Campanha Comunicação – e escreve para blogs de empresas bem bacanas.