Quando Catarina estava com poucos meses, fizemos uma investigação sobre uma possível alergia à proteína do leite de vaca (APLV), como já contei para vocês. Nesse período, fizemos algumas trocas do leite que ela tomava como complemento ao leite materno, e em função disso eu li bastante sobre o assunto. Se vocês repararem na prateleira de um supermercado ou farmácia, vão perceber que existem inúmeros tipos de fórmula infantil: as mais comuns, à base de leite de vaca, as semi-hidrolisadas, as hidrolisadas, aquelas à base de aminoácidos, de soja ou ainda as sem lactose. São tantas as opções, que dá para se perder por ali!

Antes de contar a vocês os achados das minhas pesquisas e o que aprendi sobre o assunto, nunca é demais lembrar que o melhor alimento para qualquer bebê em seus primeiros meses é o leite materno. Sem sobra de dúvidas! Mas pelos mais variados motivos, nem sempre é possível amamentar exclusivamente no peito. Pode ser necessário o complemento ou ainda a substituição total do leite materno, e nesse momento é o pediatra quem deve orientar a introdução das fórmulas. Independente disso, eu acho importante que toda mãe conheça um pouco mais sobre esse tipo de alimento, e por isso fiz esse resuminho para vocês!

 

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 Tipos de fórmula infantil

 

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Fórmulas à base de leite de vaca

São as mais comuns e as indicadas para bebês que não apresentam histórico de alergia à proteína do leite de vaca na família e que nasceram a termo (ou seja, que não são prematuros). Aquelas recomendadas para os bebês de 0 a 6 meses são chamadas de fórmulas de partida (como o Nan Pró 1, Nan Comfor 1, Aptamil, Nestogeno, Milula – antigo Bebelac, Enfamil Premium 1); e as que se assemelham a elas mas são destinadas a bebês de mais de 6 meses (Nan Pró 2, Nan Comfor 2, Aptamil 2, Nestogeno 2, Milupa 2, Enfamil Premium 2) ou de 1 ano (Ninho) são chamadas de fórmulas de seguimento.

Esse tipo de fórmula, apesar de ser à base de leite de vaca, é processado de forma a ser melhor aceito pelo organismo do bebê. As proteínas são mais facilmente digeríveis que no leite de vaca pasteurizado (de caixinha), que não deve ser dado ao bebê até que ele complete 1 ano de vida. É adicionado de lactose, para que se assemelhe mais ao leite materno. Algumas são fortificadas com ferro, e devem ser preferidas quando é a única fonte de alimento do bebê nos primeiros meses (uma vez que o pequeno nasce com baixa reserva desse mineral e poderia desenvolver anemia).

Há diversas marcas disponíveis, e se você fizer uma procura na internet vai ficar maluquinha, porque cada mãe diz que determinada fórmula é a melhor. A verdade é que cada bebê se adapta melhor a uma (e a outra vai prender o intestino, dar cólica, ou dar diarréia…  Aquela série de dificuldades bem conhecidas pelas mães que precisaram dar fórmula infantil ao bebê).

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Fórmulas Semi-hidrolisadas

São aquelas onde a proteína do leite de vaca é mais processada no que numa fórmula comum, reduzindo o risco de desenvolvimento de alergia. Alguns pediatras a recomendam no caso de existir histórico de alergia à proteína do leite de vaca na família do bebê, como um fator adicional de prevenção do problema. É o caso do Nan HA ou Enfamil Gentlease, recomendados para bebês de 0 a 12 meses. Em casos de bebês com digestão muito difícil e muitas cólicas, podem ser especialmente interessantes.

Quando o bebê é diagnosticado com alergia às proteínas do leite de vaca, o processamento desse leite pode não ser suficiente para evitar o processo alérgico. Nesse caso são recomendadas as fórmulas extensamente hidrolisadas (veja a seguir).

 

Fórmulas extensamente hidrolisadas

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Têm um preparo ainda maior para que possam ser ingeridas pelo bebê alérgico à proteína do leite de vaca (APLV). Nelas as proteínas são quebradas em partículas bem pequenas, com menor potencial alergênico. Em muitos casos de APLVs são bem toleradas pelo organismo do bebê (porém em alergias mais intensas, podem continuar desencadeando o processo alérgico). As marcas mais conhecidas são Pregomim Pepti e Alfaré.

 

Fórmulas à base de aminoácidos

Em casos mais severos de APLV podem ser as únicas toleradas pelo bebê. Podem ser usadas desde o nascimento. Seu processamento é mais elaborado, por isso são as de maior custo (uma lata chega a custar R$160,00 – preço pesquisado em junho de 2013). As marcas mais conhecidas são Neocate e Aminomed.

 

Fórmulas sem lactose

Para ser usada em casos de intolerância à lactose (que não tem nada a ver com alergia à proteína do leite de vaca!). Quando o bebê não consegue digerir o carboidrato do leite – a lactose – por falta ou produção deficiente da enzima lactase, a fórmula sem lactose é indicada. É o caso do Aptamil sem lactose e do Nan sem lactose.

 

Fórmulas à base de soja

São indicadas para bebês com intolerância à lactose (assim como as fórmulas SEM LACTOSE), com galactosemia (problema no qual o bebê não consegue digerir um outro carboidrato presente no leite de vaca – a galactose) ou que seguem dieta vegetariana de maior restrição. Nessas fórmulas a lactose é substituída por sacarose e xarope de milho. A proteína nas fórmulas à base de soja é de origem vegetal (da própria soja), diferente da proteína do leite de vaca – por isso em alguns casos de APLV, elas podem ser usadas. Entretanto, cerca de metade das crianças com APLV também apresentam alergia à proteína da soja – nesses casos apenas as fórmulas hidrolisadas ou à base de aminoácidos devem ser usadas (e, obviamente, o leite materno, com uma rígida dieta por parte da mãe, que não poderá ingerir alimentos que contenham leite e seus derivados em hipótese alguma).

É importante dizer que os pais não devem dar fórmulas à base de soja para o bebê sem a recomendação do pediatra (há lendas de que essas fórmulas diminuem as cólicas do bebê, o que não foi provado cientificamente). A proteína da soja tem valor nutricional menor para o bebê do que a do leite de vaca, que por sua vez é pior do que a do leite materno. Se a soja estiver indicada, deve-se usar a fórmula especialmente preparada para bebês (ex: Nan Soy, Aptamil Soja, SupraSoy, Enfamil ProSobee), e não os leites de soja de caixinha (ex: Ades, Sollys, Naturis), que não devem ser dados a crianças menores de 2 anos.

 

Fórmulas A.R.

São as fórmulas anti-regurgitamento, indicadas em alguns casos de refluxo. Possuem um agente espessante, que torna a fórmula mais “pesada” e por isso mais difícil de voltar depois que o bebê mama. É um erro substituir o leite materno por uma fórmula A.R. sem a recomendação do pediatra se seu bebê apresenta refluxo, pois o leite materno é o mais facilmente digerível (por isso passa rapidamente pelo sistema gastro-intestinal, diminuindo o regurgitamento). Além disso, as fórmulas A.R. podem causar constipação em alguns bebês. Algumas marcas conhecidas são Enfamil A.R., Aptamil A.R. e Nan A. R.

 

Minha experiência com as fórmulas infantis não foi das mais tranquilas. Troquei diversas vezes, Catarina teve cólica, prisão de ventre, regurgitava bastante… Por isso eu digo que nada melhor do que o leite materno! Se você tem a possibilidade de amamentar seu filho apenas no peito, não pense duas vezes! Não existe leite materno fraco, ele é tudo de melhor para seu filho. Mas se precisar complementar ou tiver algum outro problema que o impeça, não se sinta mal em recorrer às fórmulas. O importante é que seu filho ganhe o peso adequado e se desenvolva forte e feliz!