Mãe sofre por antecipação, ou não é? Assim que minha filha Catarina completou 1 ano e meio, comecei a sofrer com a dúvida de quando deveria desfraldá-la. A opinião das avós era de que já era tempo de começar a tirar a fralda (lembrando que na época em que elas eram mães o desfralde ocorria mais cedo do que hoje, acredito que em função da dificuldade no acesso às fraldas descartáveis – afinal, quem gostava de lavar fralda de pano até o filho completar três anos?). Eu achava que a pequena não estava preparada, e que uma boa época para o início da retirada das fraldas seria o verão, logo depois de seu aniversário de dois anos.

Como tirar a fralda do bebê

Pois bem, dezembro chegou e, inicialmente, resolvi postergar o processo de desfralde até o ano seguinte (ela era tão pequenininha!). Deixaria passar a festa de aniversário (olha a neura: e se ela fizesse xixi durante o parabéns?), os dias de viagem (como fazer um desfralde na praia?), e daria andamento ao projeto menininha-sem-fraldas. Até que em um belo dia de dezembro, depois de um pequeno estresse com Catarina arrancando a fralda após o banho para fazer xixi no troninho que ela tinha ganho de presente alguns meses atrás, resolvi fazer um teste. Aproveitando que eu estava em férias (uma chance única de acompanhar todo o processo de desfralde e realizá-lo segundo o que eu acreditava que daria mais resultado), resolvi deixar a pequena sem fraldas para ver no que iria dar. E querem saber o que aconteceu? Um desastre atrás do outro! Saldo do dia = quatro calcinhas molhadas e uma mãe que passou a considerar a ideia de que o desfralde levaria um ano para ser bem sucedido!

Mas muitas vezes somos surpreendidas por nossos filhos. Saldo dos dias seguintes do desfralde diurno = em média, uma calcinha molhada, apenas! E após uma semana, maravilha: os vazamentos se tornaram cada vez menos frequentes, e Catarina ganhou o status de menina que usa calcinha durante o dia. Viva! Assim, gostaria de compartilhar com vocês algumas dicas de desfralde (e quero ouvir as de vocês também, então comentem ao fim do post!):

* Antes do início do desfralde, compre um troninho e deixe em sua casa. Seu filho vai se interessar pelo novo objeto e você pode explicar para que serve, sem pressões. É importante que sua presença se torne algo natural para o pequeno (antes do desfralde, Catarina passou meses colocando as bonecas ali para “fazer xixi”!).

* Aguarde por um sinal de seu filho de que ele está pronto para a retirada das fraldas. No meu caso, a pequena passou um mês tentando arrancar a fralda depois do banho para fazer xixi no troninho.

* Saia para comprar calcinhas/cuecas com o filhote. Deixe que ele escolha o que vai usar para ajudar na motivação (aqui as calcinhas de princesas deram SUPER certo!).

* Uma vez que você se decida por iniciar o desfralde (diurno, no caso), acredito que ele ocorra mais rápido se você não colocar fraldas no bebê para sair de casa. Colocar e tirar a fralda durante o dia pode confundir o filhote. Mas só faça assim se você estiver à vontade com a ideia.

* Por mais que se diga atualmente que o desfralde não deve ter influência da estação do ano, é inegável a facilidade de retirada das fraldas no verão. Durante os primeiros dias será muito comum ter que fazer várias trocas ao dia, e você precisará que as roupas sequem.

* Muitas mães detestam a ideia do troninho e decidem iniciar o desfralde já com o redutor de vaso sanitário. Eu preferi o troninho por dois motivos: percebi que nele minha filha tinha maior facilidade em fazer cocô (com os pés no chão ela conseguia fazer mais força para evacuar) e tinha maior independência (quando sentia vontade de fazer xixi, conseguia sentar com facilidade sozinha – diferente do redutor, que requeria que alguém a ajudasse a subir com o uso de um banquinho). Agora, menos de dois meses após o início do processo, ela já tem controle suficiente para usar o redutor, sem problemas.

* Minha mãe me disse uma frase mágica no primeiro dia do desfralde: “É você quem tem que lembrá-la de ir ao banheiro, e não o contrário!”. Então, a cada hora, pergunte ao filhote se ele quer fazer xixi, até que ele tenha incorporado o processo. Aí será ele quem passará a avisar você.

* Se durante o desfralde vocês forem viajar, leve o troninho. É pedir demais que o pequeno se adapte a fazer no vaso nesse período, se não estiver acostumado com o redutor.

* Paciência, sempre. Lógico que, depois do quarto xixi no chão em um só dia, você vai ficar desanimada. Mesmo assim segure as pontas e diga ao filhote que não há problema, que você sabe que ele vai conseguir vencer essa etapa. É bonito de se ver o orgulho que eles sentem de si mesmos quando percebem que estão controlando o processo!

É isso! Depois conto as dicas do desfralde noturno, quando ele acontecer!!!

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