Quando um bebê chega ao mundo, nasce também uma mãe. Cheia de amor, de zelo por seu filhote, de dúvidas, e também de culpa. Na minha opinião, mãe de primeira viagem se sente mais culpada: porque nunca cuidou de um filho, não sabe se está fazendo o certo, e qualquer desvio do que ela achava ser um exemplo de maternidade a ser seguido é motivo para a danadinha se manifestar. E mãe de segunda, de terceira, não tem culpa? Ah, deve ter sim! Mas nada como a experiência para que saibamos lidar melhor com o mundo ao nosso redor e com nossos sentimentos. Você também sente essa coisa doída chamada culpa de mãe? Vamos discutir um pouco o assunto?

 

Definitivamente, há mães que se sentem mais ou menos culpadas do que outras. Há aquelas que não se sentem culpadas em absoluto. A essas, meu recado de alerta: provavelmente você está se envolvendo menos com as questões do seu filho do que deveria. Não, não quero que mãe alguma se morda com esse sentimento, só acho que ele é normal para mães que vestiram a camisa da maternidade (normal, ouviu? Sua mãe sentia, sua avó, suas amigas que já são mães, mesmo que não confessem!). Acho que tem mesmo um jeito de não sentir culpa alguma: é fingindo que o filho não é seu. Ele bateu nos outros? A culpa é da escola que não educou direito. Está magrinho e se recusa a comer? Culpa da babá que não tenta o suficiente na hora de dar a comida.

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Mas você que parou para ler esse post aqui, provavelmente não faz parte desse grupo, não. E quer saber? Sinta-se feliz por sentir culpa! Porque só mostra que você se preocupa com seu filho, que o ama, que quer o melhor para ele. Aí você pensa: “quer dizer que estou fadada a me sentir assim então?”. Ah, acho que dá para se trabalhar internamente, para que nas horas em que o sentimento aparece, você possa relaxar e se lembrar de que você é a melhor mãe que poderia ser. Quer ver?

 

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Culpa por não ter amamentado

Com toda a informação que existe hoje sobre os benefícios da amamentação, se você não conseguiu amamentar seu filho no peito, é bem possível que se sinta mal por isso. Eu amamentei Catarina até os 9 meses, mas ao final do primeiro mês tive que entrar com o complemento (ou seja, mesmo amamentando, senti uma culpa enorme!). Como é que eu não produzia o leite necessário para ela?

Caras leitoras, eu fiz de tudo para aumentar minha produção de leite. E mesmo assim não foi o suficiente. Talvez porque eu estivesse tão cansada e esgotada com uma criança que chorava o dia inteiro (era o dia inteiro mesmo!), que meu corpo chegou ao limite. E admitir para você mesma que você também tem um limite, só vai te ajudar a superar a culpa. É claro que, quando se fala em amamentação, você tem que ter persistência (porque dói no começo, racha o peito, tira lágrimas dos olhos. Ou seja, tem que ampliar seus limites. Mas se você deu o seu melhor e mesmo assim não conseguiu, bola pra frente. Tem muito bebê que cresceu à base de fórmula e que está super saudável, correndo por aí. Por que com seu filho vai ser diferente?

 

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Culpa por trabalhar fora

Chegando o fim da licença maternidade? Hora da culpa de mãe que trabalha fora se manifestar. Essa para mim passou rápido, porque percebi que eu era uma mãe infinitamente melhor trabalhando meio-período fora do que mamãe em tempo integral. Porque quando eu estava com minha filha, eu estava de verdade, brincando, pulando, dando bronca, amamentando, trocando a fralda, e fazendo tudo o que eu fazia antes. Só que também mais plena, porque tinha feito algo por mim, pela minha carreira (egoísmo? Não, para mim apenas o reconhecimento de uma necessidade pessoal). Se você trabalha em tempo integral, pode ser mais difícil, porque fica com um tempo mais limitado com a cria. Quem sabe não é hora de mudar de emprego? Mesmo que seja para ganhar menos? Muitas mulheres optaram por isso (inclusive eu, que antes de Catarina trabalhava o dia inteiro), e não se arrependeram (fica mais difícil pagar as contas, mas tudo tem um preço, não é mesmo?). Não dá para mudar? Então não se entregue à culpa, faça que seus momentos com seu filho valham o dobro, o triplo! Esqueça o celular, o computador, e outras distrações da vida moderna. Esteja 100% com ele. E isso quer dizer dar bronca e limites também, porque isso também faz parte do amor de mãe, concorda?

 

Culpa pela birra do filho

Mãe nenhuma quer filho mal educado. E basta ele se jogar no chão ao berros pela primeira vez, que lá vem a culpa bater à porta de novo! Já me perguntei inúmeras vezes onde eu estava errando com a educação da filhotinha. Nessas horas, respire fundo, pense que testar os limites faz parte do desenvolvimento de toda criança. E que a manifestação dela só quer dizer que você está, sim, fazendo seu papel de mãe. Porque se você desse tudo o que seu filho pede, certamente ele não estaria berrando, concorda? Mas se o problema é que nessas horas seu filho se torna agressivo, reflita sobre o porquê disso (não adianta tapar o sol com a peneira, nem jogar a responsabilidade para a babá, a professora, etc). Será que ele não está precisando mais da sua atenção? Será que não há algo o incomodando? Será que não está reproduzindo um padrão que vê no seu convívio? Então, não é hora para culpa, é sim de colocar a mão na massa e agir, com paciência, com limite, com muito, muito amor.

 

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Culpa por seu filho estar triste

Nas horas em que o filho está caidinho, chorando, coração de mãe aperta, como se fosse faltar o ar. Mas não é motivo para culpa. Você realmente é a responsável para tristeza do seu filho? Se for, sacode a poeira, faça diferente e se desculpe (mãe também erra!). Ele está triste porque foi contrariado? Aí, a culpa não cabe mesmo! Educação em primeiro lugar. Agora, é por outra condição da vida? Então reconheça que você, mãe, é do tamanho de um grão de areia, frente ao mundão lá fora. Não dá para controlar tudo, botar o filho debaixo das asas pra sempre. Mas dá para ficar junto, ajudá-lo a levantar. Não tire as pedras do caminho dele, ensine-o a retirá-las. Assim, você cria um filho forte, que dependerá cada vez menos de você. E estará preparado cada vez mais para os obstáculos da vida.

 

É claro que é fácil falar, o difícil é fazer. Mas se você não tentar, já sabe desde agora que não vai conseguir. Não seria a maternidade um exercício diário de auto-aperfeiçoamento?

 

* Esse post foi inspirado no encontro da Campanha Culpa, Não! da Revista Pais e Filhos. Lá eu conversei com muitas mães, e foi tão importante perceber que no fundo todas temos sentimentos tão parecidos! Se eu pude, através desse texto, clarear um pouquinho do seu sentimento, valeu a pena ter escrito!