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De fato, na vida adulta, a herpes é um assunto corriqueiro. Entretanto, quando o paciente em questão é um recém-nascido, a herpes neonatal pode tomar formas preocupantes.
Mesmo que rara – segundo a Organização Mundial da Saúde, a herpes neonatal acontece em 10 a cada 100 mil nascimentos em todo o mundo – ao contrair a doença, os bebês podem ter sérios problemas neurológicos irreversíveis, assim como cegueira e até mesmo a morte.
Entenda abaixo como o bebê pode ser exposto ao vírus, que cuidados tomar e como evitar a herpes neonatal.
Acredita-se que a maioria das pessoas possuem o vírus, mesmo que incubado, no corpo. Logo, ele pode se manifestar em casos de stress ou baixa imunidade.
Para o bebê, o contágio pode ser ainda no útero, no parto e no pós-parto.
Todo cuidado é pouco, porque se a mãe apresentar sintomas durante a gravidez e, principalmente, até seis semanas antes do parto, o risco é maior.
Existem dois tipos de herpes: o número 1, também chamado de simples ou labial e o vírus 2, também chamado de genital. Confira alguns dos sintomas mais comuns:
Ambos possuem o mesmo tipo de manifestações, porém muda o local: boca x região genital. Note que nem todo mundo apresenta sintomas, o que significa que é possível ter o vírus incubado no corpo.
No caso de uma crise de herpes até seis semanas antes do nascimento do bebê, o parto normal deve ser descartado, por causa da possibilidade forte de herpes neonatal por contato com a região vaginal – principalmente se a mulher ainda estiver com bolhas ou lesões no local, sinais da doença. Portanto, a melhor opção é uma cesariana.
A atenção deve ser redobrada também na hora da amamentação, porque a doença pode ser transmitida pelo contato do bebê com alguma lesão nos seios, ocasionada pela doença.
No caso de crises de herpes no começo da gestação, um médico deve ser procurado imediatamente, para que o tratamento seja feito evitando a manifestação e a infecção congênita que coloca o bebê em risco.
Entre os sintomas, estão:
Ao mesmo tempo em que o bebê pode demonstrar sintomas ao ser infectado, pode ser que ele não demonstre até algumas semanas depois, o que torna o caso difícil de reverter, mesmo com a medicação correta. Então, fique alerta!
Caso a doença tenha sido contraída, o feto pode apresentar comprometimento do Sistema Nervoso Central e doenças como meningite ou encefalite, assim como danos irreversíveis no cérebro e lesões permanentes na pele e na visão (em casos de erupções nesses locais) e hepatite. Caso o diagnóstico não seja feito em tempo, o bebê pode não resistir e vir a óbito.
As manifestações de herpes se dão por diversos motivos, como stress e baixa imunidade. O que compromete o controle total da situação.
Mas, para evitar ao máximo o quadro, o acompanhamento clínico é essencial, assim como a sinceridade da paciente em contar ao médico se já teve um quadro da doença em qualquer fase da vida.
Portanto, manter os exames em dia, assim como a alimentação e os cuidados gerais com a saúde, ajuda a manter o quadro sob controle.
Segundo o Manual MSD, de diagnóstico e tratamento, os exames mais pedidos pelos médicos nesses tipos de casos são:
Além disso, é essencial o cuidado com o contato do bebê e outras pessoas, não importando a idade. Por isso, evitar que visitas que tenham erupções ativas, formigamentos suspeitos ou coceira nas regiões de crise, quadros de herpes há pouco tempo, ou uma má higienização das mãos antes de segurar o neném é essencial. Evite de passá-lo de mão em mão.
A doença é grave e, infelizmente, as consequências dela também. Por isso, é importante que a mãe e os médicos estejam sempre alertas, assim como as visitas. Higienizar as mãos e manter os exames em dias são lições que devemos levar para vida!