Uma dúvida muito comum das leitoras do Mil Dicas de Mãe é a seguinte: “dá para engravidar, durante a fase de amamentação?”. Esse questionamento ocorre porque, no período em que se amamenta o bebê (principalmente se for de forma exclusiva, sem o uso de leite artificial), normalmente a menstruação fica interrompida, e teoricamente a evolução também. Mas sabia que é possível ovular, mesmo diante dessa situação? E que o risco aumenta, se seu filho toma complemento?
Por isso, quando a vida sexual é retomada no pós-parto, o ideal é que os parceiros (caso não queiram ainda engravidar novamente) façam uso de métodos contraceptivos. E, para quem não sabe, é possível, sim, fazer uso de pílulas anticoncepcionais específicas, que não interferem na amamentação e na produção de leite materno.
Confira a seguir mais sobre pílulas e outros métodos contraceptivos liberados para essa etapa (e que não prejudicam você e muito menos o bebê):
Amamentar e tomar pílula pode?
Pode, sim. Mas não é qualquer pílula que pode ser ingerida pela mulher enquanto ela estiver amamentando. As versões mais indicadas nessa fase são as de progesterona. A diferença é que essas pílulas contêm apenas um hormônio (o progestagênio, em versão sintética) e, pelo fato de não serem combinadas a outros hormônios (como com o estrogênio, fórmula mais comum de pílulas), a qualidade e a quantidade do leite materno não são alteradas (porque o estrogênio inibe a produção de leite). E a eficácia na contracepção é a mesma de pílulas combinadas.
Uma consulta com o ginecologista é importante para avaliar quando começar a tomar e com que frequência. E ainda vale destacar que, como qualquer pílula, a ingestão pode contar com efeitos colaterais, como diminuição da libido.
Pílula do dia seguinte também pode?
Pode, mas assim como a pílula de uso contínuo, a do dia seguinte para a mulher que amamenta deve ser a que contém apenas progesterona, para não interferir na produção de leite. Mas vale destacar que a pílula do dia seguinte deve ser usada exclusivamente em casos de emergência, porque os efeitos colaterais são bem mais intensos, como enjoo forte e dor nos seios (ou seja, a ingestão dessa pílula pode acabar incomodando bastante na hora de amamentar). A eficiência dela como método contraceptivo também é menor em relação aos outros, portanto o ideal é evitar uma nova gravidez de outras maneiras.
Outros métodos contraceptivos que podem ser usados
Além da pílula, a contracepção pode ser feita de outras maneiras (até mais seguras para quem estiver amamentando). O uso de camisinha, por exemplo, não possui efeitos colaterais e não interfere na amamentação.
Mais uma vantagem da camisinha é que ela protege de doenças sexualmente transmissíveis (e essas, sim, trarão consequências negativas para você e o bebê). Vale destacar ainda que existem no mercado versões masculina e feminina do produto. O modelo para as mulheres é mais difícil de ser encontrado e um pouco mais caro, mas pode valer a experiência.
DIU e injeção de progesterona são outras opções. Nos dois casos a composição não conta com estrogênio, portanto a produção do leite não é afetada (mas a recomendação formal é para que você inicie o uso apenas algumas semanas após o parto, quando a produção de leite pelas mamas já está estabilizada). Para avaliar se você pode fazer uso desses métodos, o ideal é conversar com o ginecologista.
Também existem as alternativas definitivas de contracepção, como vasectomia e laqueadura. Essas são cirurgias com efeitos permanentes (ou seja, não dá mais para engravidar depois). A reversão desses procedimentos até é possível, mas é complicada e cara. Portanto, se ainda houver dúvida se vocês desejam outro filho no futuro, outros métodos contraceptivos são mais indicados.
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