Quando seu filho chega ao mundo, ele muda não apenas seu corpo, sua rotina, sua vida. Ele muda completamente sua forma de ver as coisas, simplesmente porque você passou a ser uma outra pessoa. Se você é mãe sabe: nos primeiros meses do bebê você vira um “bicho”, no bom e no mau sentido da palavra. Você vira uma leoa, que cheira o filhote, abraça, protege, amamenta, e quase avança naquele que ousar ser uma mínima ameaça para o pequeno.
Só que muita gente não sabe (outras esquecem) que existem coisas que incomodam demais essa mãe. E por vezes são coisas simples, facilmente evitáveis, mas que as pessoas insistem em fazer, seja por desconhecimento ou porque acham que não são nada demais. E vamos falar abertamente: uma delas é o (péssimo) hábito de beijarem a mão do seu filho.
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Não estou falando do pai que chega em casa louco para ver o filho e dá um beijinho em sua mão. Nem da avó, que se prontificou a se mudar para a sua casa, para que você tivesse um apoio para cuidar do bebê. Para mim, esse carinho faz parte (considerando, obviamente, que ninguém esteja doente). Estou falando daquelas pessoas que você mal conhece (sabe o antigo chefe do seu marido? Ou aquela amiga da sua mãe que você encontrou no supermercado?) ou simplesmente nunca viu na vida (atenção: fila é o local onde isso mais ocorre, então fique esperta com seu bebê), e que se acham no direito de vir beijando o filhote. Dá vontade de sair correndo dali, dá vontade de ser “grossa” e dizer: “mas quem te deu a liberdade?”. Mas por vezes você engole seco, olha com aquele olhar fulminante (que pode passar despercebido pelo indivíduo sem noção), e assim que pode saca um lencinho umedecido da bolsa e sai limpando a mãozinha, antes que seu filho a coloque – onde??? Na boca, é claro!
Eu já passei pela situação, e posso garantir que é uma aflição danada. Porque você não sabe se a pessoa está doente, não sabe se pode passar alguma coisa para o seu bebê (lembrando que no comecinho da vida o sistema imune do pequeno ainda está sendo desenvolvido, e um simples vírus da herpes pode causar complicações sérias), e tem vontade de colocar o filho no ciclo de esterilização da máquina de lavar. Mas não dá tempo! Mesmo o lencinho umedecido pode não ser rápido o bastante para um pequenino que passa 90% do seu tempo lambendo sua própria mão.
Então fica a dica (que você pode compartilhar como quem não quer nada, só para dar um “toque”): bebê pequenininho, que não é nosso, a gente não beija. E de preferência, se não conhece bem, pega só no pezinho!