Crying baby boy in a safety car seat.
Uma certa dose de maternidade real é sempre importante para dar aquela sensação boa de que não estamos sós. Porque, tá bom, a gente sabe que ser mãe é uma experiência transformadora e potencialmente apaixonante, mas que ela inclui muitas coisas chatas de fazer, ah, isso ela inclui.
Só quem tem uma criança pequena em casa sabe, por exemplo, o que significa ouvir o grito “acabeeeeeeiiiiiii”, quando você mal se sentou para comer. Ou tem noção do desgaste que é dar remédio pra um serzinho de 15 quilos que parece ter 80, se debatendo loucamente, mesmo caído de febre. Mas seguimos firmes! E como, com um pouquinho de humor e leveza, tudo fica mais fácil, que tal rirmos juntas dos perrengues da maternidade real?
Vamos a eles!
Haja amor e paciência para se dedicar à limpeza daqueles minúsculos espacinhos da turma dos copos de treinamento e afins. É um tal de deixa de molho em água sanitária, passa água quente, esfrega com a escovinha que sempre enrosca e entorta dentro do canudo… E cadê o tempo para seguir esse metódico ritual e dar conta das 1.289.978.657 tarefas que ainda temos de encarar no dia?
A maternidade e a sua íntima relação com xixi e cocô. (hahaha) Depois de um tempo, quando a gente avança de fase e se livra das trocas de fraldas, começa o caos do desfralde e seus escapes pra lá de tensos. Aí, quando tudo isso passa e você pensa que ganhou o jogo, vem a era dos “acabeeeeeiiii”. E, é claro, que eles são gritados a todo pulmão bem na hora em que você senta para comer, ou pra ler, ou pra descansar um pouco, ou pra responder mensagens no celular…
Veja bem, essa é uma categoria com muitas possibilidades de substituição. Você pode trocar o “cortar unhas” por escovar os dentes, dar remédio ou lavar os cabelos, por exemplo. Aqui, entra qualquer atividade de cuidado com o filhote, que seja frequente e obrigatória, e que seja motivo de apolicapse em casa. Alguém pode explicar porque tem criança que reage como se estivesse sendo queimada quando você está só passando xampu? E o que dizer daqueles assustadores movimentos bruscos quando você acabou de encaixar o cortador de unhas no dedinho?
Mais uma tarefa relacionada ao uso do banheiro que rende momentos de desespero e aflição. E quando você tira a roupa da criança, forra o vaso, encaixa a cria, e ainda tem de segurar sacola, bolsa e casaco, tudo ao mesmo tempo? Sem falar nas vezes em que, na hora de sentar a criança, o papel bagunça todo e sai do lugar ou nos episódios de jato desordenado de xixi encharcando tudinho. S-o-c-o-r-r-o!!! A maternidade real grita, pedindo encarecidamente por ajuda.
Que a cadeirinha do carro é útil e indispensável, não temos a menor dúvida. Mas, sério, precisava ser tão difícil de instalar, grandalhona e trabalhosa pra limpar? E o ciclo infinito do põe-e-tira da cadeirinha que irrita profundamente, principalmente nos momentos de pressa? E quando a criança ainda briga pra sentar lá e ser presa? E quando ela chora sem parar porque “o cinto aperta”? É, quando chega a hora do booster reinar, com o seu jeitinho portátil e descomplicado, a gente até cogita em dar uma festa, não é não? Porque a gente ama loucamente os filhos, mas a gente se cansa intensamente com esses sufocos da nossa rotina. Ô dureza!