Portrait of young caring mother kissing sick daughter in head
Ter filhos pequenos é conviver com o diagnóstico de virose. Mas muitas dúvidas persistem: como tratar virose, o que fazer para ela passar mais rápido, quais são os seus sintomas…. Embora, a gente encare muitos episódios desse quadro ao longo dos primeiros anos de vida das crianças, a verdade é que a gente nunca se acostuma com isso e, vira e mexe, ainda não sabe bem como lidar com esse tipo de doença.
Pensando nesse tormento tão presente em nossas vidas, reunimos algumas informações valiosas que podem ajudar bastante a enfrentar a chata da virose. Vamos entender melhor do que se trata, quais são as medidas aconselhadas no tratamento de virose, quais são os hábitos que favorecem a recuperação da criança e o que não devemos fazer quando o diagnóstico (feito por um médico, é claro) determinar que é mesmo um caso de virose.
Imagem: 123RF
Virose é um termo genérico que se refere a qualquer doença infecciosa provocada por vírus. Ou seja, inúmeras doenças podem ser classificadas dessa maneira. No entanto, costumamos utilizar essa palavra para nos referirmos a doenças provocadas por vírus que atingem as vias respiratórias ou o sistema gastrointestinal da pessoa. Viroses respiratórias e viroses gastrointestinais são as doenças mais frequentes em crianças e é sobre elas que estamos falando aqui. Ambos os tipos normalmente passam espontaneamente, sem causar maiores complicações. De qualquer forma, como em todos os quadros que envolvem a saúde da criança, é importante a avaliação médica, principalmente se os sintomas piorarem depois do terceiro dia ou se forem muito intensos desde o início.
No caso de virose gastrointestinal, os sintomas mais comuns são diarreia, vômito, náusea, mal-estar, cólicas, dor abdominal e febre, enquanto, nas viroses respiratórias, é comum aparecerem febre, obstrução nasal, coriza, tosse, espirros, dor de garganta, dores no corpo e falta de apetite. Em geral, os sintomas duram um tempo definido e, aos poucos, vão diminuindo até passarem em cerca de uma semana a dez dias. Por isso, ouvimos dos médicos que a virose tem um ciclo autolimitado, ou seja, que ela evolui sem que a gente possa interferir na duração da doença. O que não quer dizer que não existam cuidados que podem sim facilitar a recuperação do corpo e aliviar o sofrimento dos nossos pequenos, não é mesmo?
Não existem remédios para combater os vírus causadores dessas doenças. O que os médicos orientam é que os medicamentos sejam usados para alívio dos sintomas. Ou seja, a ideia é tratar a febre, a indisposição, as dores, os enjoos e outros desconfortos que tiram o sossego das crianças (e o nosso!). Antibióticos não são prescritos nesses casos e não ajudam em nada. Pelo contrário, quando utilizados sem necessidade, só causam prejuízos, como já contamos nesse post. Lembrando sempre que quem deve receitar medicamentos e orientar sobre como usá-los são apenas os profissionais da saúde, combinado?
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Além dos medicamentos que ajudam no combate aos sintomas, algumas medidas de saúde podem dar uma boa força no enfrentamento do problema. São orientações práticas que facilitam o trabalho do sistema imunológico da criança. E, acredite, elas podem fazer uma diferença e tanto! Veja o que fazer:
Repouso. Não tem conversa: criança doente precisa descansar! Por isso, nada de brincadeiras agitadas e esforço físico, mesmo que os sintomas da virose estejam fraquinhos. Sonecas e longas noites de sono estão mais que liberadas. Mas, atenção: se a criança estiver muito prostrada e caidinha demais, procure um médico.
Alimentação leve e saudável. Durante o transcorrer da virose, todas as energias do organismo se voltam ao seu sistema de defesa, que fica empenhado em combater o agressor. Por isso, nada de alimentação pesada, difícil de digerir, ou alimentos ruins para a saúde. Vale tirar do cardápio qualquer gordura e açúcar. Guloseimas e fast food, ficam, portanto, proibidas, enquanto as frutas e as sopas de legumes caem bem.
Muita hidratação. E nada de isotônicos, sucos industrializados ou refrigerantes. Hidratação se faz com água mesmo e, no máximo, chás, sucos naturais e água de coco.
Arejar os ambientes. Como se tratam de doenças transmissíveis, reforçar os cuidados para que as pessoas ao redor não sejam contaminadas, é dica essencial. Os ambientes da casa devem ficar ventilados e itens pessoais, como talheres, copos, toalhas e travesseiro, não devem ser compartilhados.
Evitar sair de casa. Durante esses dias, o ideal é manter a criança na toca e nada de escola! A gente sabe que nem sempre é possível e que poder ficar com a criança em casa é um verdadeiro luxo para muitas famílias. Mas, caso seja viável para você, não tenha dúvidas de que é o melhor a fazer.
E, antes de encerrar, vale dizer: a correta higiene das mãos tem um enorme poder de prevenção das viroses, e é um hábito simples, fácil de ser adotado. Veja por que lavar as mãos é tão importante e qual o jeito certo de fazer a lavagem aqui.
Fontes: Sociedade Paulista de Infectologia; Ministério da Saúde; e Hospital Sírio Libanês.
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