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A qualidade do sono de bebês e crianças é uma preocupação constante dos pais. Afinal, é nossa responsabilidade, pelo menos nos primeiros anos de vida, fazê-los dormir bem, não é mesmo? É por isso que aqui no blog esse assunto é tão recorrente (veja vários posts sobre o assunto aqui), e provavelmente também porque essa sempre foi minha maior dificuldade com Catarina (que luta para ir para a cama até hoje!). Assim, nesse post venho reforçar um tema que interfere diretamente na hora de dormir: o controle no uso de dispositivos digitais.
O assunto virou um artigo na mais recente edição da Pediatrics (um dos periódicos internacionais mais importantes na área de Pediatria do mundo), em que os pesquisadores mostraram o que já foi relacionado entre o sono das crianças e esses aparelhos, bem como medidas para evitar que a tecnologia atrapalhe o momento de dormir (veja as 5 dicas importantes ao final do texto). Quer saber? Eu te conto a seguir!
O que o artigo mostrou?
No artigo os autores levaram em conta estudos feitos com crianças e adolescentes de diversas partes do mundo, como Estados Unidos, Canadá, Holanda, Noruega, França, China, Tailândia e Arábia Saudita. Eles observaram diversos aspectos: como o tempo que os pequenos gastam com as telas está substituindo o tempo em que eles deveriam dormir (ou fazer outras atividades), como o estímulo mental que o conteúdo visto causa (e atrapalha o sono) e, ainda, como os efeitos da luz oriundos desses aparelhos interferem no sono e na saúde.
E todos esses problemas não aparecem em poucas casas. De acordo com dados citados pelo artigo, só nos Estados Unidos estima-se que 30% dos pequenos em idade pré-escolar não dormem tanto quanto deveriam – porcentagem ainda maior em crianças mais velhas e adolescentes, que chega entre 50% e 90%.
Outros dados mostram que nos quartos de 75% das crianças há dispositivos com telas, e que 60% dos adolescentes usam esses aparelhos antes de dormir. O artigo ainda cita uma revisão anterior de 67 estudos que mostra que 90% das crianças e adolescentes em idade escolar têm o sono comprometido pelo uso de dispositivos eletrônicos, especialmente em relação ao atraso na hora de dormir e duração reduzida no sono.
O que podemos fazer?
Os autores do artigo listaram cinco medidas que os pais podem colocar em prática para reduzir os impactos dos dispositivos digitais no sono dos pequenos:
E o que uma noite mal dormida acarreta?
Além dos problemas comportamentais que já citei, não dormir tempo suficiente pode acarretar em um maior risco de obesidade e problemas cognitivos (ou seja, associados à memória e ao raciocínio), conforme mostra a revisão.