Bebê dormindo na roupa de cama confortável. Foto: Freepik
Hoje eu trago pra vocês vocês, leitoras do Mil Dicas de Mãe, um estudo novo que achei bastante interessante, publicado pelo periódico americano Pediatrics (veja ele aqui, em inglês, se você se interessar).
O principal foco desse estudo era falar sobre a obesidade infantil, mas o que venho compartilhar nesse post é a conclusão dessa mesma pesquisa sobre o tempo, qualidade e a importância de cuidar do sono do bebê.
E adivinhem: ela tem relação com o quarto onde o bebê dorme!
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que o quarto compartilhado seja feito até os 6 meses, para evitar a Síndrome da Morte Súbita do Lactente (a morte de berço).
Já a Academia Americana de Pediatria tem por recomendação que os bebês fiquem no quarto dos pais até completarem um ano de idade (como falei nesse outro post).
Entretanto, muitas pessoas têm questionado esse período maior (de um ano) indicado pela associação norte-americana, uma vez que a grande maioria das ocorrências de morte súbita (90%) acontece entre 0 e 6 meses.
O estudo que referenciei no início do texto, feito entre 2012 e 2014, mostra uma outra realidade sobre o sono dos bebês, após os 4 meses de idade. Por meio de questionários respondidos pelos pais dos bebês (desde o nascimento até os 30 meses), essas crianças foram subdivididas em três grupos:
Vejam o que os pesquisadores concluíram sobre eles:
Resumindo, a conclusão do estudo é a de que colocar as crianças para dormir em seus quartos, separadas dos pais, dos 4 aos 9 meses, melhorará a qualidade e quantidade de sono dessa criança, tanto no curto, quanto no médio e longo prazos.
Outro ponto importante do estudo é que o bebê que dorme em quarto separado acorda menos vezes durante a madrugada, ou seja, além da quantidade, a qualidade de sono do bebê também é maior.
Além disso, segundo a Academia Americana de Medicina do Sono e a Academia Americana de Pediatria, o sono inadequado (em qualidade e quantidade) foi associado a um atraso nos desenvolvimentos cognitivo e psicomotor, físico e socioemocional da criança.
Como o foco do estudo era a obesidade infantil, foi também constatado que o sono insuficiente é aceito como um fator de risco importante para a obesidade, começando já na infância, e que o sono irregular em crianças e adolescentes está sempre associado a padrões de sono inadequados do bebê.
Ou seja, os bons hábitos precisam ser trabalhados desde pequenos.
O sono é uma habilidade que se aprende. Muitas crianças não têm esta habilidade e estudos como este mostram o quanto é importante darmos atenção a qualidade de sono dos bebês. É um alerta importante para todas as famílias.