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Infecção urinária na gravidez pode prejudicar o seu bebê

Mulher grávida fazendo yoga. Crédito da foto: Freepik

Se você está grávida ou teve um filho sabe: é preciso estar muito atenta ao desenvolvimento de infecção urinária durante a gravidez.

A doença, que é mais comum entre as mulheres, se torna mais frequente na gestação: nessa fase, acontece a dilatação dos órgãos do sistema urinário (e, assim, ficamos mais suscetíveis a desenvolver complicações na região).

Mais um motivo é que os hormônios produzidos nesse período afrouxam alguns músculos e canais do local, de modo que a velocidade do fluxo da urina (dos rins para a bexiga) fique menor (e o resultado é que as bactérias ganham mais tempo para se multiplicar antes de ser eliminadas pelo organismo).

Mas, afinal, porque falar sobre o assunto aqui no blog? Por um motivo sério: durante a gestação, a infecção urinária pode trazer consequências graves à mãe e ao bebê, sendo uma das principais causas de parto e ainda de mortalidade prematura. Para que você, futura mamãe, não se descuide, a seguir reuni mais dados a respeito. Vem ver (é informação de utilidade pública!).

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Mulher feliz com o resultado do teste de gravidez. Foto: Freepik

Sintomas da infecção urinária na gravidez

A infecção urinária, ou infecção do trato urinário (ITU), é causada por bactérias, que podem afetar a bexiga (provocando um quadro de cistite), ou os rins (ocasionando uma pielonefrite, que é um problema mais sério).

Como nas mulheres o canal que leva a urina da bexiga para o meio externo é mais curto e mais próximo do ânus do que nos homens, a chance de infecção é maior (pois é, até nisso é difícil ser mulher!).

Já nas grávidas, esse risco aumenta pelos motivos expostos acima, e ainda pela menor capacidade do rim em concentrar a urina nesse período (o rim passa a excretar maiores quantidades de glicose, o que torna a uretra um ambiente mais propício para a proliferação bacteriana).

Mulher grávida sentada em um banquinho. Foto: Freepik

Além disso, a própria resistência da futura mamãe fica mais baixa durante a gestação, para receber o feto, o que aumenta a suscetibilidade de ataques de micro-organismos.

Os sintomas da infecção urinária variam entre dor ou queimação para fazer xixi, vontade frequente de ir ao banheiro, dor na pelve (ou no baixo ventre), sensação alternada de calor e frio, tremores, febre, urina com cheiro forte e ainda com pus ou sangue.

Caso o quadro progrida para uma pielonefrite, a mulher também pode apresentar dores na região de um ou dos dois rins, além de febre alta (mais de 38°).

Diagnóstico e tratamento da infecção urinária na gravidez

Mulher gestante deitada no sofá da sua casa. Foto: Freepik

Se a futura mamãe sentir algum dos sintomas descritos acima, é muito importante que ela procure logo o ginecologista, que deverá pedir um exame de urina. Por meio dele, é possível identificar a presença de bactérias e fazer o diagnóstico da infecção.

O tratamento será feito com antibióticos, devidamente prescritos pelo médico para ser usados com segurança durante a gravidez.

Tem como prevenir a infecção urinária?

Tem sim. A prevenção é a mesma para todos que desejam evitar o problema: manter a hidratação tomando bastante água, não segurar o xixi por longos períodos de tempo (inclusive urinar após relações sexuais) e fazer a higiene pessoal corretamente.

Para as gestantes, mais um cuidado importante é fazer a cultura de urina durante o pré-natal (que deverá ser pedida pelo ginecologista durante o primeiro e o terceiro trimestre da gravidez, lembrando que este é o período mais comum identificado de aparecimento da doença).

Quais as complicações da infecção urinária para mãe e filho?

Gravidez textos bonitos Tumblr – Mulher grávida segurando foto do ultrassom. Foto: Freepik

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a Infecção do Trato Urinário é considerada um importante fator de morbimortalidade (ou seja, de impacto de doenças e óbitos) durante a gravidez e o puerpério (também é comum que a infecção se desenvolva durante o pós-parto, então continue atenta depois do nascimento do bebê!).

Isso porque, se não tratada, a doença pode ocasionar pré-eclâmpsia (hipertensão durante a gestação), anemia, além de parto prematuro, recém-nascidos de baixo peso (pois pode restringir o crescimento intra-uterino), ruptura prematura das membranas ovulares e amnióticas (amniorrexe), e ainda retardo mental ou paralisia cerebral na infância (um estudo da Febrasgo identificou que o risco de paralisia é de quatro a cinco vezes maior nas gestantes com ITU!, além de óbito perinatal.

Todo cuidado é pouco, por isso, não descuide do pré-natal e fique atenta aos sintomas. Também mantenha em dia a higiene e a hidratação, afinal, não vale a pena correr esse risco, não é mesmo?

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