A falta de apetite na gravidez pode acompanhar a mulher durante toda a gestação, mas é preciso saber até que ponto é normal.
Durante a gravidez a mulher passa por várias mudanças em seu corpo e na mente. O que acaba sendo inevitável o surgimento de dúvidas e preocupações, mesmo para as mamães que não são de primeira viagem.
Primeiramente, junto com a gestação vem vários sintomas e sensações, uma delas é a falta de apetite. Muitas mulheres que sentem esse sintoma têm medo de não está consumindo os nutrientes necessários para o desenvolvimento do feto, o que pode gerar sentimento de culpa e insegurança.
Falta de apetite na gravidez
Mulher grávida com as mãos na barriga – Foto: Freepik
Cada gestação é única, algumas mulheres podem ter vários sintomas, outras uma gravidez mais tranquila.
Assim, é importante saber que uma mesma mulher pode ter duas gestações totalmente diferente, o que é normal, já que a gravidez não vem com um script e os sintomas podem diferir de mulher para mulher. Mas alguns são mais recorrentes, como os enjoos, sono em excesso, sensibilidade e a falta de apetite.
A falta de apetite é um sintoma comum, principalmente no primeiro trimestre, mas é algo que preocupa e gera dúvidas na gestante.
Falta de apetite na gravidez durante o primeiro trimestre
Primeiramente, durante os primeiros meses de gestação é comum que a mulher sofra alteração do seu apetite, comidas e cheiros que antes eram agradáveis podem torna-se repulsivos. Esse sintoma é normal e pode ocorrer pelas alterações hormonais, gastrointestinais e emocionais.
Hormônios – Foto: Freepik
- Hormonal – Uma das primeiras mudanças em uma mulher grávida é a hormonal. Assim, elas são responsáveis por sintomas como as náuseas e vômitos, que acaba interferindo na forma como a gestante se alimenta. Alguns hormônios como a leptina diminui o apetite.
- Prisão de ventre – Os hormônios também são responsáveis por constipações intestinais. A prisão de ventre provoca inchaço e desconforto no abdome, o que pode levar a perda de apetite.
- Emocionais – A gravidez é um momento muito sensível para a mulher, com um grande impacto psicológico. A alteração emocional pode ser um dos motivos pela falta de apetite.
A alteração do paladar e olfato também podem provocar a perda de apetite, essa alteração é comum e é responsável pela repulsa que algumas mulheres podem ter por alimentos que antes eram agradáveis.
Falta de apetite na gravidez durante o segundo trimestre
No segundo semestre o apetite da mulher pode começar a voltar à normalidade, enjoos e vômitos tendem a diminuir durante essa época, o que faz com que alimentação seja mais agradável. Porém alguns problemas no sistema digestivo podem fazer com que a falta de apetite permaneça.
Mulher grávida segurando urso de pelúcia – Foto: Freepik
Com o crescimento do feto ocorre uma maior pressão no útero e no intestino, o que faz com que o haja uma desaceleração no sistema digestivo. Sendo assim, como a digestão é mais lenta é comum que a grávida sinta fome com uma frequência menor, a prisão de ventre também pode ocorrer no segundo trimestre e resulta na perda de apetite.
Falta de apetite na gravidez durante o terceiro trimestre
Neste trimestre o bebê já está grandinho e comprime o estomago, fazendo com que a alimentação seja mais difícil. É no terceiro trimestre que muitas mulheres sofrem de problemas como as gazes, que traz uma sensação de estômago cheio e barriga inchada.
Grávida feliz – Foto: Freepik
É nos últimos meses de gestação que as mulheres se queixam de queimação e indigestão. Assim, a azia é muito frequente e incômoda, acontece pelo relaxamento dos músculos do estômago e esôfago. Desse modo, isso resulta em aumento de episódios de refluxo, quando o conteúdo estomacal suba pelo esôfago causando queimação e mal-estar na grávida.
Muitas mulheres acabam perdendo o apetite ou evitando comer para melhorar os sintomas. A prisão de ventre também acompanha a mulher nos seus últimos meses de gestação.
Como tratar?
Antes de tudo, a alimentação é fundamental durante a gestação, nela estão os nutrientes essenciais para o desenvolvimento e a saúde do bebê e da mãe.
Assim, ao notar a perda de apetite o ideal é que a gestante procure o seu médico para um acompanhamento. Pois o profissional vai procurar amenizar os sintomas responsáveis pela falta de apetite, como também ajudar na forma como a gestante está se alimentando.
Para a médica Miriam Stoppard, autora do livro Conception, Pregnancy and Birth, uma forma de estimular o apetite é com pequenas refeições e frequentes.
Além disso, procure comer lentamente e mastigar bem os alimentos, com refeições em 3 e 3 horas. Alguns alimentos ajudam no combate de enjoos, como cereais integrais, frutas cítricas, alimentos ricos em potássio e ácido fólico.
Como a prisão de ventre é algo recorrente e que acompanha a mulher durante a gestação é importante incluir uma dieta com alimentos que ajude no melhor funcionamento do intestino, como:
Iogurte – Foto: Freepik
- Aveia
- Mamão
- Ameixa
- Iogurte
- Alface
Converse com um profissional, ele encontrará uma maneira de fazer com que a alimentação seja mais tranquila e que a mamãe e o bebê consigam receber todos os nutrientes essenciais. Mas a gestante também pode anotar todos os alimentos que a fazem se sentir mal, isso pode ajudar na prescrição da dieta.
Quando se preocupar?
A perda de apetite é comum e que pode ocorrer durante toda a gestação. Mas a caso em que mulheres sofrem de perda de apetite severa, que pode acabar prejudicando no desenvolvimento do feto e na saúde da mãe. Sem uma alimentação correta a mulher pode sofrer quadros de desnutrição, anemia e deficiência de vitaminas. Pode até comprometer a gravidez.
Mulher gravida preocupada – Foto: Freepik
Então se a falta de apetite vem acompanhada de fadiga, perda de peso depois do primeiro trimestre e anemia gestacional pode ser que a mulher esteja passando por uma perda de apetite mais grave e precisa de atenção.
Mas uma gestante precisa de acompanhamento médico desde dos primeiros meses de gestação. Assim, com um acompanhamento correto é possível saber como anda a saúde da mulher e do bebê, com exames e consultas periódicas.
Mas se o médico sentir necessidade ele pode prescrever complementos alimentares para ajudar na nutrição da gestante. Qualquer complemento só pode ser usado com recomendação médica.