São muitas as maneiras de se prevenir uma gestação. Mas, nem todas as mulheres se adaptam a todas elas. As opções vão desde pílulas anticoncepcionais até o anticoncepcional injetável – e é sobre ele que vamos falar a seguir!
Quem não tem boa memória para tomar remédio todos os dias ou não se encaixou com o diu, encontra na opção injetável uma maneira de prevenir-se de uma gravidez com um cuidado periódico.
Confira a seguir como ele funciona, quais os prós e os efeitos colaterais.
O funcionamento do anticoncepcional injetável
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O anticoncepcional injetável funciona de maneira parecida com a pílula anticoncepcional, porque também é feito à base de hormônios. Ele evita a gravidez manipulando estrogênio, responsável pelo controle da ovulação, e progesterona, ligado ao equilíbrio da produção de óvulos.
Logo, o processo de ovulação é impedido, o que inviabiliza uma fecundação. O muco cervical se torna mais espesso, o que impede a passagem de espermatozóides.
O uso pode ser mensal ou trimestral (recomendado para mulheres que não podem receber estrogênio) e a aplicação, que é intramuscular, deve ser feita de maneira, de preferência, em um consultório médico ou farmácia.
O reflexo do medicamento na menstruação
Quem faz o uso do medicamento trimestral, pode sentir uma ausência do ciclo menstrual nos primeiros meses ou durante todo o uso. Caso contrário e no método mensal os efeitos mais comuns são:
- Queda de fluxo menstrual.
- Alívio de cólicas menstruais.
- Diminuição da duração do fluxo.
- Sangramento de escape entre os períodos.
Se esses sintomas persistirem de maneira anormal, como um sangramento de escape excessivo e a longo prazo, é necessário consultar um médico porque apenas ele é capaz de diagnóstico preciso.
Como e quando aplicar o anticoncepcional injetável
Em casos de puerpério, a injeção deve ser administrada depois de 21 a 28 após o nascimento do bebê. Mas, se for um caso de aborto, a injeção pode ser tomada logo no dia seguinte.
Se a situação for uma troca de remédios, como da pílula para a injeção, por exemplo, o uso também pode ser feito imediatamente. Mas, cada corpo reage de uma maneira diferente aos hormônios, ou seja, é melhor não se arriscar a ter relações sem preservativo, porque pode ser que o remédio ainda não tenha se adaptado ao corpo e vice-versa.
Nos casos mais comuns, relacionados à menstruação, não é possível tomar a injeção quando é o primeiro ciclo menstrual da mulher. Caso o ciclo seja normal e não tenha a influência de outros métodos contraceptivos, a primeira injeção deve ser tomada até o quinto dia depois do início do ciclo. Então, a nova dose deve ser administrada em 30 dias (no caso da injeção mensal) e não deve atrasar nem anteceder mais do que 3 dias da data do mês anterior. Caso contrário a eficácia pode ser prejudicada.
E o contraceptivo injetável funciona mesmo?
Sim! Como todo o método contraceptivo, ele não é 100% confiável. Mas, apresenta bons índices de eficácia:
- 0,1% a 0,6% de falha na injeção mensal.
- 0,3% de falha na injeção trimestral.
Os números ficam a par do resultado obtido com uma cirurgia de ligadura de trompas! Porém, é necessário seguir a risca a periodicidade da injeção (mensal ou trimestral) e não atrasar.
O prazo voltar a ter relação sexual sem grandes riscos de gravidez é de uma semana após a primeira aplicação. Mas, para prevenir, é recomendado o uso de presevativo pelo menos nos primeiros quinze dias após a primeira injeção.
O preço médio da medicação
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O valor do anticoncepcional injetável pode variar conforme marca, localidade e periodicidade do uso. Quando o uso for mensal, os preços variam de R$ 15 até R$ 50. Já os trimestrais podem variar de R$ 25 a R$ 60. Algumas injeções conhecidas são: Cyclofemina, Mesigyna, Perlutan, Ciclovular, Demedrox.
É importante ressaltar que o anticoncepcional injetável deve ser recomendado por um médico, assim como a aplicação dele deve ser feita por um profissional farmacêutico ou ginecologista. Auto-aplicações são proibidas.
Os efeitos colaterais do anticoncepcional injetável
Os efeitos colaterais, quando moderados, são comuns nas primeiras aplicações. Entretanto, se tomarem proporções preocupantes ou não cessarem, é importante procurar um médico. São eles:
- Dor nas mamas.
- Vômitos.
- Enjoos.
- Tontura.
- Dor de cabeça.
- Alterações no ciclo menstrual.
- Ganho de peso.
- Alteração no humor e libido.
- Acne.
- Redução da densidade mineral óssea.
Esses, podem variar conforme o estilo de vida, o equilíbrio hormonal e até mesmo a genética da paciente. Em contrapartida, ele possui também benefícios como:
- Alívio de cólicas menstruais.
- Melhora da anemia.
- Melhora dos sintomas de dor pélvica.
- Sem risco de sobrecarga hepática.
Por isso faz uso de remédios como antidepressivos e antibióticos (que normalmente cortam o efeito da pílula anticoncepcional convencional) pode ficar tranquilo também. Como a injeção é intramuscular, o remédio não atinge o fígado não sendo afetado por outros medicamentos.
Quem não pode usar o método
As contra-indicações servem para as duas periodicidades, mensal ou trimestral. Deve se evitar o uso do medicamento quem tem:
Já mulheres que estão amamentando, devem evitar as composições com estrogênio (mensais).
A fertilidade a longo prazo com o anticoncepcional injetável
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Quem faz o uso da injeção mensal, não precisa se preocupar. Assim que cessado, o restauro da fertilidade é quase que imediato. O mesmo efeito de um anticoncepcional em pílulas.
Já para quem usa o método trimestral, pode ser que o tempo de retorno seja um pouco maior. Como na maioria dos casos a menstruação é interrompida, pode ser que demore até oito meses para o restauro da ovulação normal.
Lembrando que a orientação médica para o uso desse tipo de medicamento, assim como o acompanhamento durante todo o processo é essencial! Cada corpo se comporta de uma maneira diferente, podendo apresentar diferentes comportamentos com uso do remédio e também diferentes tempos de restauro de fertilidade. Só um médico pode indicar isso de maneira segura.