O período gestacional provoca muitas mudanças no corpo da mulher, entre elas o aumento dos níveis de sangue circulante. Para alimentar o bebê em formação e fornecer tudo o que ele precisa para se desenvolver ainda na barriga, a quantidade de sangue bombeada pelo coração aumenta. E diante de todas essas transformações, muita gente se pergunta: então grávida pode doar sangue?
Embora, à primeira vista, pareça um momento propício para isso, a mulher grávida não pode doar sangue. A seguir, você entende o porquê dessa restrição e quando, depois da gravidez, é possível voltar a doar.
Afinal, grávida pode doar sangue?
Os médicos não recomendam que durante a gestação a mulher doe sangue. Inclusive o próprio Ministério da Saúde não permite que a doação seja feita pela gestante. O que ocorre é que, embora a gravidez não seja uma doença, trata-se de um período de vulnerabilidade, em que o organismo está concentrado no desenvolvimento do bebê e, portanto, a doação de sangue não é indicada.
Mais um motivo apontado por profissionais de saúde é que a doação, embora retire uma quantidade pequena de sangue (para se ter uma ideia, um adulto tem, em média, 5 litros de sangue no corpo; ao doar, retira-se no máximo 450 ml), pode comprometer o estoque de ferro no organismo da gestante – o que, por sua vez, é capaz de desencadear um quadro de anemia.
E depois da gravidez, quando pode doar sangue?
De acordo com o Ministério da Saúde, quem teve parto normal pode doar sangue após 90 dias e, em caso de cesárea, depois de 180 dias. Esse período é necessário para o organismo se recuperar e, assim, não oferecer riscos pela doação.
No entanto, durante o período da amamentação também fica restrita a doação de sangue. Segundo o ministério, a mulher que amamenta deve esperar até 12 meses após o parto para doar.
Se tiver alguma dúvida, converse com o seu médico ou informe-se no banco de sangue da sua cidade. Mas depois desse período de resguardo, não deixe de fazer doações, afinal, esse é um ato de ouro capaz de salvar muitas vidas!