Hoje minha irmã colocou um texto muito bonito em seu perfil, fazendo uma homenagem à nossa mãe. Nele ela dizia que, apesar de gostar muito de crianças, não sabia se teria filhos – como ela mesma afirmou, muitas mulheres dizem que esse amor de mãe é algo que as tornou mais felizes e completas. Mas e se ela já se sentisse dessa forma hoje?

Engraçado que ao ler essas palavras, tive uma conversa imaginária com ela, como se minha irmã tivesse decidido ser mãe e estivesse grávida. Costumo ver essas cenas com frequência, porque sou aquele tipo de pessoa em que a cabeça não para nem por um minuto – ela voa, e vivencia uma experiência, mesmo que ela só aconteça aqui dentro. E foi tão bonito, que eu gostaria de compartilhar essa história com vocês.

Imagem: 123RF

No meu sonho (acordada), eu tentava explicar à minha irmã que ela não seria a mesma depois do nascimento do filho. E que muitas coisas que ela havia planejado para sua vida iriam mudar. Talvez alguns sonhos não coubessem em uma realidade com filhos – sabe aquela vontade de passar um ano inteiro viajando pelo mundo? Provavelmente ela seria substituída ou adiada, até que o filhote chegasse à idade adulta.

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No fundo, o que eu queria dizer a ela é que, quando nasce um bebê, também nasce uma nova mulher. Uma mulher MUITO diferente daquela, que não tinha filhos. Uma mulher mais forte, mais guerreira, mais decidida. Uma mulher mais altruísta, que consegue abrir mão de alguns dos seus desejos para ver um criança crescer saudável, amada, segura e feliz.

Só que nascer de novo dói. Dói, e dói muito. Essa força, que você ganha, não vem de graça: ela cresce a cada noite mal dormida ao lado do berço, a cada embalada que faz seus braços quase desabarem de cansaço, a cada lágrima que nasce no cantinho do olho, enquanto o peito sangra nas primeiras semanas de amamentação. Essa atitude de enfrentar o que vier pela frente não brota do dia para a noite também: ela germina a cada febre em que é você quem tem que decidir se corre ou não ao pronto-socorro, a cada vez em que você resolve contrariar todos os palpites para se transformar na mãe que você realmente quer ser para o seu filho.

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No nascimento de uma mãe, ela passa por um túnel – talvez tão sombrio como o canal vaginal para o bebê – só que ele não é visível. Aliás, essa mãe só se dá conta de que passou por ele quando já o deixou para trás, e voltou a ver a luz nos seus dias. Por um tempo, ela só vai pensar em sobreviver mais um pouquinho (quantas vezes eu não pensei: “só quero que minha filha durma, para que eu possa descansar um pouco. Sei que amanhã vai ser igual, vai ser duro, mas também sei que será um dia a menos até tudo isso passar).

O nascimento de uma mãe é mais lento do que o de seu bebê. Ele dura muito mais tempo do que o parto: meses, talvez até anos. Mas certamente a mulher que sai dele é mil vezes melhor do que a que entrou (e nem com todas as palavras desse mundo ela poderia entender aonde esse caminho a levaria).