Você está no fim da gravidez ou com um recém-nascido em casa? Então é muito provável que esteja procurando ou fazendo uso de uma babá eletrônica. Se há um certo tempo a grande discussão pairava sobre sua utilidade (muitas mães se perguntavam se precisavam mesmo ter uma), hoje ela acaba sendo usada pela maior parte das famílias, e a dúvida que resta é sobre a escolha do melhor modelo. Com vídeo, para ver o pequeno? Apenas com áudio (e com um custo menor)? Tenho recebido muitas mensagens de leitoras que gostariam que eu fizesse um mini guia para facilitar a compra, e como os pedidos por aqui são sempre levados em conta, esse é o assunto do post de hoje!
Como um walkie talkie, a babá eletrônica funciona com dois aparelhos: um fica no quarto do bebê (para captar o som do filhote – e, em alguns modelos mais modernos, é por onde o bebê pode ouvir a voz dos pais, que falam à distância) e outro a mãe (ou o pai, ou o cuidador) carrega com ela, para ouvir tudo o que se passa com a criança. Vale destacar que o mais importante na hora de escolher uma babá eletrônica é entender a sua real necessidade (se o aparelho será usado em uma casa grande, se a preocupação é só ouvir, ou também ver o bebê, quanto tempo a bateria precisa durar, etc), para ver qual se encaixa melhor na sua rotina (não deixe de conferir minha opinião pessoal no final do texto). Vem ver (e se você for adepta de algum modelo que não esteja aqui, me conte nos comentários sua experiência, combinado?):
Imagem: 123RF
D-Link
Um dos últimos modelos da marca é o 825L que, além de captar o som ambiente e emitir alertas automáticos, ainda conta com câmera (com visão noturna), possui cinco opções de canções de ninar (que os pais podem ativar, ou desligar à distância) e mais um termômetro, que indica se a temperatura do quarto está adequada (se estiver, uma luz verde no alto do equipamento é acionada; já se estiver frio, uma azul será acesa; para muito calor, uma vermelha). O aparelho pode ser sintonizado no celular ou no tablet, por meio de um aplicativo.
Embora com todos esses recursos, a marca conta com algumas avaliações ruins no Reclame Aqui (aliás, esse é outro cuidado bacana: verificar no site, direcionado para reclamações dos consumidores, como está a reputação das marcas), mas 66,1% dos clientes afirmam que voltariam a fechar negócio com a empresa. Mais um fator que pode ser uma desvantagem é o preço, acima da maior parte das demais opções disponíveis (portanto, se você não precisar de tantos recursos na babá, um modelo mais simples pode contemplar as necessidades).
Tectoy
A marca brasileira de eletrônicos possui dois modelos de babá eletrônica: um com vídeo (o VBT-2400, com monitor LCD e visão noturna) e outro de áudio (o BET-1200). Ambos são ativados por voz (ou seja, quando o bebê está quietinho, o aparelho dos pais permanece mudo), possuem baterias recarregáveis e alcance de cerca de 150 metros. A diferença está no preço: a versão menos equipada, sem câmera, sai quase pela metade do valor. E, além de ser mais barato, este modelo tem outra vantagem: é menos sensível e menor – portanto, ideal para levar em viagens. No Reclame Aqui, a empresa está avaliada como regular.
Imagem: http://tectoy.com.br
Phillips
Bem avaliada no Reclame Aqui, a Phillips também conta com modelos de babá com e sem câmera. A versão analógica (SCD485), sem vídeo, é mais em conta, possui dois canais (em caso de interferência em um, é só mudar) e pode ser utilizada no mudo (nesse caso, o aparelho indica por luzes quando o filhote estiver fazendo barulho). O alcance, para os dois modelos, é de até 150 metros de distância e, o com vídeo (SCD600/10), conta também com três canções de ninar e luz noturna, que podem ser ativados para ajudar o bebê a dormir. Mas a escolha pode pesar no bolso: entre os aparelhos equipados com câmera, o modelo da Phillips é um dos mais caros.
Imagem: http://phillips.com.br
Summer
Muitas mães que fazem enxoval nos Estados Unidos acabam trazendo na mala uma babá eletrônica da Summer, uma das marcas mais famosas desse aparelho lá fora, e com mais versões disponíveis (são cinco). Todas são equipadas com câmeras e, nas mais modernas, os pais possuem a opção não só de ouvir o bebê, mas também de falar com ele (e ele escuta pelo aparelho que fica no quarto). Todas contam com visão noturna, baterias recarregáveis, indicadores de bateria e distância máxima, filtro de ruídos externos e a opção de desligar o monitor (para monitorar a criança apenas por áudio). Algumas lojas brasileiras já revendem produtos da Summer, mas a desvantagem é que não há assistência técnica por aqui da empresa (e, como não o produto não é fabricado no Brasil, pode haver certa dificuldade em caso de problemas de uso).
Multikids
A Multikids é mais uma empresa que está bem avaliada pelos consumidores no Reclame Aqui, e também conta com uma boa variedade de versões de babás eletrônicas. O modelo mais equipado possui alcance de transmissão de até 250 metros (em campo aberto) e sensibilidade de microfone a uma distância entre um e dois metros. Além da versão sem câmera, uma opção mais simples (e mais em conta) é a babá wi-fi, que conta com microfone embutido (e o sistema de uso é Plug and Play, ou seja, o aparelho é conectado à rede e está pronto para ser usado, não requer instalação de software).
Vista Tecnologia
Melhor marca avaliada pela Proteste (a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), a Vista possui versões de babá que vão desde a faixa dos R$ 200 até dos R$ 800. O que encarece, assim como nas outras marcas, são os recursos. O modelo mais equipado com câmera (com controle de zoom e visão noturna), possui ainda 12 canções de ninar, termômetro e bateria pronta para durar por até 15 horas. Todos os produtos contam com dois carregadores Bivolt e, a versão analógica, pode funcionar também a base de pilhas. O que a Proteste avaliou como ótimas no equipamento foram a capacidade de cobertura e a qualidade do som (e vídeo para as que possuem câmeras), além da interface fácil de usar. Mais um ponto positivo é que, como são fabricadas no Brasil, as babás da Vista possuem garantia e assistência por aqui.
Imagem: http://vista-ind.br
Contando um pouquinho da minha experiência, para que você não cometa os mesmos erros: eu peguei uma babá eletrônica emprestada com uma amiga, que não era muito recente. Como na minha casa o número de aparelhos eletrônicos é muito grande, na época o dispositivo sofria muita interferência, por apresentar um canal único. Conclusão: eu não conseguia ver nem ouvir Catarina direito, apenas um chiado horrível. O resultado foi que deixei de utiliza-la depois de uma semana, pois percebi que escutava melhor a pequena sem ela. Mas (importante!) eu acabava levantando o tempo todo, justamente para fazer esse monitoramento – e quando entrava no quarto, acabava interferindo no sono da minha filha. Em resumo: se fosse hoje, eu teria feito muito diferente, pois me arrependo!
Minha opinião pessoal: se você puder comprar uma boa babá com vídeo, faça isso. E se ela tiver mais de um canal para evitar interferências, melhor ainda! Principalmente quando você tem o primeiro filho, a sensação de insegurança é muito grande, e pode não te bastar apenas o contato via áudio. Mesmo que seu filho durma no quarto dos pais (e você o tenha ao seu lado à noite), o dispositivo tem sua utilidade, pois é possível executar uma série de tarefas na casa deixando o bebê dormindo. Mas nesse caso um modelo mais simples pode resolver o problema.