O bebê conforto é considerado hoje a peça mais segura para o transporte de crianças de até um ano dentro do carro – tanto que seu uso é obrigatório nessa idade, em nosso país. Porém, em um estudo recente inédito, pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, mostraram um lado desconhecido (e negativo) do bebê conforto: em testes, foi comprovado que, em uma viagem de mais de meia hora no equipamento, crianças de até dois meses podem apresentar dificuldades para respirar e ainda alteração na frequência cardíaca.

Para se chegar a essa conclusão, eles criaram um simulador em laboratório, que replica os efeitos do bebê conforto, e o testaram em 19 recém-nascidos e mais 21 prematuros, como se estivessem dentro de um carro em movimento (a 50 km por hora em uma rua plana). E veja só o problema detectado: os bebês muito novinhos apresentaram queda de oxigênio no sangue! Isso porque, quando o pequenino está no equipamento, fica em uma postura com o diafragma elevado, o que causa mudanças na respiração (uma vez que o músculo controla a caixa torácica e a entrada de ar nos pulmões) e também no coração.
Uso da peça ainda é indicado
Os pesquisadores concluíram que os pais devem evitar longas viagens com bebês com menos de dois meses (pois os efeitos negativos do uso do bebê conforto foram detectados em crianças nessa idade). Mas, claro, o dispositivo deve continuar sendo usado dentro do carro, caso a locomoção do bebê seja necessária (pois ainda é a peça considerada mais segura para essa finalidade).
Na conclusão do estudo também consta que ainda são necessários novos estudos para comprovar os efeitos analisados. Portanto, há mais descobertas a serem feitas, mas vale a chamada de atenção para tentar evitar os longos trajetos com os pequenos!