Há alguns meses, logo que minha filha Catarina começou a manifestar os primeiros sinais da clássica birra, eu publiquei um post sobre como lidar com isso. Sim, fica mais fácil suportar a crise do bebê que se joga no chão e chora desesperadamente quando você entende que a birra é um processo natural, e que seu bebê passará por isso na sua busca por autonomia. Há também a questão da incapacidade de verbalização: às vezes seu filho fica (muito) irritado quando não consegue se expressar direito. Ou quando não entende exatamente o que você está dizendo (por exemplo: Catarina berrava demais quando eu dizia que iria preparar a mamadeira “daqui a pouco”; até que ela entendeu, depois de alguns dias, que a expressão significava que ela ainda teria que esperar alguns minutos para tomar o leite).

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Mas, conforme o bebê cresce, fica mais difícil distraí-lo para que ele não entre em crise. E se sua vontade não é satisfeita, parece que você tem um touro bravo em casa. Há horas em que realmente você gostaria de se trancar no banheiro, para não ouvir tanta choradeira. Então, deixo aqui algumas dicas para que você sobreviva às crises de birra, ou tente evitar as próximas!

1) Avise com antecedência sobre o que acontecerá a seguir. Mudanças na rotina podem ser muito mal vistas pelo seu bebê. É você quem sempre dá o almoço para ele, mas hoje você terá que sair e deixar a função com a vovó? Já avise desde o momento em que seu filho acordar sobre a mudança de planos. Já está perto da hora de ir embora da festinha? Faça uma contagem regressiva: “filho, em 10 minutos nós iremos embora”, “filho, só mais 5 minutos e iremos para casa”, “filho, só mais um minuto nesse brinquedo, pois temos que ir para casa”. Isso não garante que ele não chorará na hora de deixar a festa, mas aumenta as chances de que a ida ocorra sem grandes transtornos.

2) Evite a crise, pois lidar com ela instalada é bem mais difícil. Evite atrasar os horários de soneca e alimentação, pois bebê cansado ou com fome é sinônimo de bebê birrento.

3) Abrace seu filho. No meio da crise, quando seu filho está chorando sem parar, é difícil que escute o que você está dizendo. Para que ele comece a ouvir, abrace-o firmemente. E fique assim por alguns instantes. Apenas com a sua presença, pode ser que ele se acalme a ponto de conseguir manter um diálogo.

4) Avalie a necessidade do castigo. Já consegui evitar algumas crises apenas dizendo para minha filha que se ela começasse, iria para o “cantinho do castigo” (e ela sabe que quando eu falo, eu cumpro). No começo eles não entendem o conceito de “ficar de castigo”, mas depois de algumas vezes sabem muito bem que é chato ficar sem brincar, quietinho num canto até que mamãe libere a saída. Para muitas crianças, o pior castigo é retirar do filhote um brinquedo de que ele goste muito, ou privá-lo de algum passeio. E não amoleça, se não quiser ter uma crise de birra ainda maior da próxima vez.

5) Filme seu filho durante a crise (método pouco ortodoxo, mas com resultados bem interessantes). Logo que Catarina nasceu, uma amiga me contou de sua tática para acabar com a birra do filho: mostrar para ele a gravação de seu comportamento durante a crise. Nessa semana fizemos o mesmo aqui em casa: filmei a crise e depois mostrei para a pimentinha. Vocês precisam ver com que expressão de surpresa ela assistiu à gravação! E no dia seguinte, quando a situação que causou a crise iria se repetir, ela parou antes do colapso, apenas pela referência ao filme. Faça a experiência!!!!

 

Confira também essa técnica para acalmar o bebê durante a birra. A ideia é do pediatra norte-americano Dr. Harvey Karp, e vale a espiada. Eu uso os elementos de sua técnica com minha filha e ajuda bastante!

E você, qual é a sua dica para lidar com a birra do filhote? Conta pra gente, deixe um comentário!