Você acompanhou o nascimento da princesa Charlotte, filha dos príncipes William e Kate, do Reino Unido? O mundo ficou surpreso com a rapidez na evolução do parto da menina, que nasceu pouco mais de duas horas depois que os pais deram entrada no Hospital de St. Mary. E, mais ainda, quando Kate surgiu na mesma tarde, muito bem disposta, levando a filha para casa. Nós todas sabemos que o parto normal costuma ter uma recuperação excelente, e que algumas mães têm partos rápidos, especialmente quando não se trata do primeiro filho. Mas comenta-se que Kate tenha utilizado uma técnica que teria facilitado todo o processo: a da hipnose no parto.

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Aqui no Brasil, os benefícios da hipnose para o trabalho de parto são pouco conhecidos – mas ela é utilizada em diversos países do mundo, principalmente naqueles que incentivam o parto normal. Segundo especialistas, através de um treinamento desenvolvido ao longo da gestação, a futura mamãe aprende a controlar a respiração e a entrar em um estado de consciência diferente, no qual são mantidos pensamentos positivos que ajudam no relaxamento dos músculos e na redução de sua ansiedade. Com isso, o próprio corpo da mãe facilitaria a saída do bebê de forma natural, havendo também diminuição da dor durante o nascimento (embora seu uso não signifique ausência de dor), do tempo de parto e um menor uso de drogas anestésicas.

Diferentemente de outros procedimentos que envolvem a hipnose, o uso da prática no parto não exige a intervenção de um especialista naquele momento, pois a ideia é que a futura mamãe aprenda a fazer a técnica nela mesma (auto-hipnose) para alcançar autoconhecimento e maior controle corporal. Com o relaxamento proporcionado, o corpo da mulher liberaria endorfinas – em oposição ao que ocorre normalmente, quando ela sente dor, contrai os músculos e produz adrenalina. Há quem acredite que, por proporcionar um menor desgaste físico da mãe e do bebê, ela permita uma recuperação mais rápida (da mãe), e melhores índices de Apgar (do bebê) ao nascimento.

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É importante ressaltar, no entanto, que não existem estudos que comprovem cientificamente a validade do chamado “hipnoparto” (embora sejam comuns relatos de mães que afirmam que a hipnose reduziu a dor, o medo e a ansiedade durante o nascimento de seus filhos – algumas dispensaram por completo a anestesia). No país, a prática da hipnose é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, de Odontologia, de Psicologia e de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Assim, se você está grávida e deseja realizar o treinamento da hipnose durante a gestação (acredita-se que ela possa ajudar, inclusive, com a melhora da hiperemese gravídica – situação na qual a gestante apresenta enjoos de alta intensidade, que prejudicam sua alimentação), é fundamental procurar um profissional qualificado para auxiliá-la.