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Ansiedade infantil como lidar: Você tem uma criança ansiosa em casa e quer saber qual a melhor forma de lidar com esse problema? Vamos te falar tudo sobre o tema no artigo de hoje!
Primeiramente, a ansiedade é nada mais nada menos que uma angústia relacionada com aquilo que pode acontecer no futuro, trazendo inseguranças e uma série de problemas para quem sofre.
A ansiedade é bastante comum em adultos, principalmente nesta nova geração que vive uma avalanche de informações e uma rotina muito agitada, mas você sabia que crianças também sofrem dela?
Esse transtorno, também conhecido como ansiedade infantil, merece muita atenção e cuidados por se tratar de uma fase importante na vida das pessoas.
A ansiedade é um dos principais transtornos de saúde mental no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 23,9% dos brasileiros sofrem algum transtorno de ansiedade. Além disso, nós ocupamos o quinto lugar em casos de depressão.
Nas crianças, a ansiedade pode surgir a partir do convívio com a família, que tem um papel fundamental no desenvolvimento infantil e na construção deles como pessoas. Ou seja, se ela presencia brigas ou ou se preocupa demais com algo, ela pode desenvolver ansiedade.
Saiba tudo sobre a ansiedade infantil e como lidar!
Primeiramente, quem convive ou já conviveu com um transtorno de ansiedade sabe como pode ser bem ruim e angustiante… Imagine ter que lidar com isso ainda durante a infância, quando o cérebro está em formação e não tem a maturidade necessária para entender o que está acontecendo.
Os transtornos de ansiedade são os quadros psiquiátricos mais comuns na infância e na adolescência. De 10% a 15% da população nessa faixa etária tem algum transtorno, desde casos mais leves até casos mais graves e com grande prejuízo funcional.
Além disso, a ansiedade infantil é mais frequente em meninas.
Antes de tudo, é preciso destacar que um certo grau de ansiedade é normal, e até saudável. A ansiedade faz parte da vida de todas as pessoas e é a reação emocional esperada diante de diversas situações. No caso das crianças, é comum antes de uma viagem, uma festa de aniversário ou uma apresentação na escola, por exemplo.
A ansiedade é importante para a nossa sobrevivência, é o que alerta o cérebro e nos faz agir diante de um perigo.
O problema ocorre quando ela é desproporcional às situações vividas, causando impacto funcional no dia a dia. A ansiedade patológica é excessiva, persistente e causa sofrimento. Diante disso, em muitos casos a criança se afasta ou tenta evitar a situação que lhe causa ansiedade a qualquer custo.
Existem diferentes transtornos de ansiedade. Um dos mais conhecidos é o transtorno de ansiedade generalizada, que é muito frequente em adultos, mas existem outros tipos que também podem surgir na infância ou adolescência.
Entenda um pouco mais sobre eles logo abaixo:
Ansiedade excessiva e frequente ao se separar dos pais, de forma não adequada para a fase do desenvolvimento. É mais comum durante a pré-escola, entre 4 e 5 anos de idade;
Leia mais aqui: Ansiedade de separação no segundo ano de vida de uma criança.
Medo e ansiedade desproporcional em situações de interação social cotidiana. Mais frequente no início da adolescência;
Recusa de se comunicar verbalmente quando não está em casa ou com pessoas que não sejam seus familiares ou cuidadores. Geralmente, se inicia antes dos 5 anos;
Tensão frequente, medos e preocupações desproporcionais em variadas situações. Diversos fatores podem ser provocadores da ansiedade. Pode ocorrer em qualquer idade;
Medo exagerado ligado a alguma situação ou objeto, como altura, espaços fechados, injeção e sangue, por exemplo; que pode levar a reações de choro, desespero e até ataques de pânico. Pode surgir desde muito cedo;
Ataques de pânico em que a pessoa sente medo de morrer e pode ter vários sintomas físicos, como taquicardia, sudorese, falta de ar e tontura. Costuma ocorrer no final da adolescência;
Ansiedade relacionada a situações como ficar em transporte público, em locais fechados ou no meio de uma multidão, por exemplo, porque existe a sensação de que será difícil sair dali se necessário. É mais comum na adolescência.
Se você tem uma criança ansiosa, pode aprender a reconhecer os sintomas de ansiedade observando seu filho em algumas situações.
Por isso, fique atento se seu filho apresenta alguns desses sinais e sempre que precisar procure ajuda, pois somente um profissional pode dar o diagnóstico correto.
Há vários motivos que podem causar ansiedade na criança.
Além de predisposições genéticas e biológicas, alguns outros fatores podem estar relacionados, entre eles:
Se você acha que o seu filho pode estar sofrendo de ansiedade, procure um especialista que possa te orientar. Essa é sempre a melhor saída, porque somente um profissional poderá te explicar tudo sobre sintomas, tratamentos e opções de terapia.
Dessa maneira, você pode criar um lugar seguro e acolhedor para seu filho.
Além disso, alguns quadros, apesar de parecerem ser ansiedade infantil, trata-se de um outro transtorno como, por exemplo, o TDAH e a hiperatividade, que já falamos em outro artigo por aqui.
Da mesma forma acontecendo em pessoas adultas, a ansiedade é um sentimento natural. Ou seja, se algo está para acontecer, como uma festa de aniversário ou o primeiro dia de escola, é comum que a criança fique mais agitada e ansiosa.
Mas se isso fica muito difícil de controlar e atrapalha o dia a dia da criança, o melhor é procurar ajuda profissional, como um psicólogo.
Conversar com um psicólogo pode ajudar até mesmo os pais a lidarem melhor com as crianças. Vale lembrar que somente um profissional pode dar o diagnóstico correto e passar atividades e tratamentos adequados.
Assim como ocorre na depressão infantil, o primeiro passo para lidar com uma crise de ansiedade na criança é não julgar os sintomas como sendo apenas birra.
Na sequência, é importante que os responsáveis que estiverem presentes no momento se mostrem disponíveis para ajudar a criança.
Por fim, é válido tentar distraí-las por meio de conversas casuais e questionamentos sobre como foi o dia, o que gostaria de comer no jantar e qual brincadeira gostaria de fazer.
Isso irá desviar o foco da criança que tende a ficar menos ansiosa.
A ansiedade infantil pode tornar a criança triste, com dificuldade para interagir com outros colegas e até mesmo prejudicar seu desenvolvimento.
Por isso, é imprescindível ajudar a criança no dia a dia a fim que ela fique menos ansiosa.
Por fim, outro ponto no qual a família pode ajudar é na criação de uma rotina, que auxilia na questão da previsibilidade.
É super comum que crianças ansiosas se sintam mais seguras quando têm a certeza do que vai acontecer. A rotina ajuda na organização, regras, autonomia e redução da ansiedade. Porém, não deve ser uma coisa rígida.
É interessante que a rotina inclua momentos de deveres e momentos de lazer, e que seja criada em conjunto com a criança, se possível.
Esperamos que tenha gostado desse artigo. Continue acompanhando o Mil Dicas de Mãe para mais dicas sobre esse universo. Até a próxima!