O tão esperado nascimento de um bebê costuma ser permeado por ansiedade, medo e, principalmente, dor. Mas, nem em todos os casos é bem assim. O parto orgásmico defende o prazer nesse processo de parto, podendo levar a mulher até um orgasmo! E não é mito. Confira abaixo a explicação científica. 

A origem do parto orgásmico 

Cartaz do documentário Orgasmic Birth. Foto: divulgação

O termo ficou mundialmente famoso em 2007, com o lançamento do documentário “Orgasmic Birth“. O longa norte-americano acompanhou 11 mulheres em seus trabalhos de parto, vivenciando as mais diferentes sensações, de risadas a gozos. 

As autoras, Debra Pascali-Bonaro e Elizabeth Davis, defendem o prazer no parto natural também se baseando nos relatos de obstetras, enfermeiras e psicólogos que dão seus relatos no filme. 

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A possibilidade dessas sensações de prazer, se explica em partes pelos movimentos físicos e hormonais do parto, quando o preparo psicológico da gestante. 

Como a experiência é possível 

Mulher grávida em trabalho de parto. Foto: Freepik

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O prazer começa com a conexão e o comprometimento entre o nascimento e a sexualidade. Durante a gestação e principalmente ao entrar em trabalho de parto, o bebê se move em zonas sensíveis e erógenas da mãe como durante a abertura do colo de útero, o movimento dentro da vagina e a proximidade com o ponto G. Por exemplo quando a mulher começa a coroar (momento em que a cabeça do bebê pode ser vista). Durante o coroamento, toda a região vaginal e genital é comprimida e recebe estímulos nas mesmas terminações nervosas de um ato sexual. Além disso, um dos principais hormônios liberados no parto é a ocitocina. O mesmo responsável pelo orgasmo. 

Porém, os estímulos físicos não são o suficiente para o alívio da dor ou proporcionar uma experiência orgásmica. É importante que, durante toda a gravidez, a parte psicológica seja trabalhada também. A maneira de ressignificar a dor e os sentimentos envolvidos durante o processo. A quebra do tabu a respeito da sexualidade envolvida num parto natural, a intimidade com as pessoas presentes no momento e a consciência de que ter uma experiência positiva não é a obrigação da mulher. Cada parto acontece de uma maneira e cada gestante reage aos estímulos de uma maneira diferente também. 

O sexo e o prazer em momentos como esse ainda são motivo de pudor para muitas pacientes e médicos. Por isso a escolha da equipe médica e dos acompanhantes é tão importante para a segurança e a experiência do nascimento. 

O prazer durante o parto por meio de outros exercícios 

Massagem na cintura. Foto: Freepik

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Ter uma experiência positiva de parto, não necessariamente precisa estar ligada a um orgasmo – mesmo sendo possível a taxa de mulheres que atingiram o clímax ainda é baixa. Outros exercícios e intimidades pode ajudar a aliviar a tensão, o stress e o medo durante o parto. 

O local escolhido é um ponto tão importante quanto os profissionais envolvidos. Assim como eles devem ser de confiança, o local deve transmitir conforto e segurança. Durante o trabalho, apostar em massagens, carinhos e óleo essenciais pode ser outra maneira de resgatar o prazer do momento. 

Vale desde uma massagem nas costas feita pelo parceiro ou pela doula, carinhos no rosto e nas mãos, palavras de incentivo, até uma playlist que traga bons sentimentos e força. Tudo personalizado para que atenda ao gosto e às necessidades da gestante. 

Como funciona o orgasmo durante a gravidez? 

Pés de casa em cama confortável. Foto: Freepik

Menos polêmico do que o parto orgásmico, o orgasmo durante a gestação também suscita dúvidas. Para começar, o sexo durante a gestação não faz mal para o bebê e o orgasmo, antes do final do ciclo gestacional, não pode apressar ou adiantar o parto! Muito pelo contrário, uma vida sexual saudável e ativa durante a gestação – fora casos de risco, em que um médico deve ser consultado – faz muito bem para a mãe e pode ajudar no parto, quando for a hora.

Caso, já esteja dentro do período esperado pelo parto, o orgasmo ativa contrações no útero e libera ocitocina. O que pode ajudar a gestante a se preparar para o momento da expulsão. O sêmen também ajuda, pois contém prostaglandina que pode relaxar o colo de útero e facilitar o parto!

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Já sobre a possibilidade do bebê ser machucado durante o ato: mito. Envolto pelo tecido muscular do útero, saco gestacional e líquido amniótico, é impossível que algo aconteça por causa de uma relação sexual. Se bebê se movimentar durante o sexo, dentro do período esperado pelo parto ou fora, também não é motivo de pânico! Ele não entende o que está acontecendo e se mexe apenas como resposta às atividades hormonais e uterinas. Se o seu coração bate mais rápido, ele fica mais agitado, se você se sente feliz, ele também sente. Ou seja, não precisa perder a libido por estar se sentindo “observada”! 

Caso a procura por sexo não seja mais a mesma de antes da gravidez, tanto por parte do parceiro quanto da gestante, a conversa é a melhor saída. Muitas vezes tabus como esses podem influenciar nas intimidades do casal. Estudar, compreender as mudanças do corpo e ter um auxílio médico são cruciais para a saúde física e mental da família toda.