O coronavírus está se mostrando a cada dia um problema mais e mais grave em todo o país (para não citarmos o resto do mundo, é claro). Aumentando diariamente as taxas de pessoas contagiadas e de mortes causadas pelo vírus, há muita informação espalhada pela Internet sobre o tema. Desde teorias da conspiração até suposições sobre modos de contágio e “tratamentos alternativos” para a doença.

Naturalmente, possuirmos acesso à informação através da Internet é uma marca da contemporaneidade (e é algo positivo, principalmente neste momento em que ela se faz como nosso único meio de comunicação). Entretanto, no meio de tantos grupos de whatsapp, redes sociais e blogs espalhados por aí, pode ficar realmente difícil saber o que é verdade e o que não é verdade sobre o coronavírus.

Pensando na dificuldade de fazer essa análise, este artigo foi criado. O objetivo deste conteúdo é apresentar alguns mitos que estão sendo divulgados amplamente na Internet sobre o coronavírus. Leia com atenção e não deixe sua família cair nessas mentiras. Boa leitura!

Fake sobre coronavírus #1: Gargarejo com alvejante

Mulher asiática prestes a fazer gargarejo para se proteger do coronavírus, mentiras fakenews mitos sobre coronavírus

Mulher asiática prestes a fazer gargarejo – Foto: Freepik

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Um dos mitos mais perigosos, talvez, sobre o coronavírus é esse. Alguns lugares “suspeitos” da Internet estão divulgando que uma boa forma de se proteger do coronavírus é fazendo o seguinte:

  • Gargarejo com alvejante
  • Bebendo ácido acético
  • Utilizando água salgada, etanol e outras substâncias altamente perigosas

É necessário tomar muito, mas muito cuidado com o uso de substâncias diversas. A verdade é que nenhuma dessas substâncias vai te proteger de contrair o novo coronavírus. E, além disso, o uso desses elementos podem causar um dano muito sério para sua saúde. Em alguns casos, o dano causado por essas substâncias pode ser muito pior que os dados do vírus.

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Especialistas afirmam que ingerir alvejante e outros ácidos é altamente perigoso porque eles lesionam seriamente o trato digestivo e todo seu organismo por dentro. Essas substâncias podem causar queimaduras muitas sérias. Nesses casos, a pessoa precisaria ir ao hospital, se internar e receber suporte ventilatório.

Os danos desse tipo de comportamento podem ser tão sérios que essa é uma forma utilizada por muitas pessoas que tentam suicídio (porque você pode morrer se não for atendido no hospital rapidamente).

Fake sobre coronavírus #2: O vírus foi criado em laboratório

A segunda mentira da lista talvez seja uma das mais populares da Internet (junto com a próxima, provavelmente). Ela diz respeito a essa teoria da conspiração que afirma que o coronavírus foi manipulado em laboratório de forma deliberada por pessoas.

Especialistas afirmam que a medicina já tinha mapeado que existia ao menos seis tipos diferentes de coronavírus que causam doenças em seres humanos, todas elas semelhantes a gripes e resfriados. A partir das autoridades chinesas de casos aumentados de pneumonia, foi descoberto que o agente causador dessa nova doença é um novo tipo de vírus da mesma família coronavírus.

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Cientistas e pesquisadores que seguem trabalhando em direção a cura do coronavírus já fizeram diversos pronunciamentos demonstrando que o sequenciamento do vírus não poderia ter sido produzido artificialmente em laboratório.

O novo coronavírus surgiu na China, na região de Wuhan, e é uma doença semelhante a outras que já conhecíamos mas que sofreu mutação. Portanto, ele não foi produzida em laboratório e não é uma arma biológica e nem uma estratégia da China ou de qualquer outro país para afetar a economia mundial. Essas teorias não se sustentam cientificamente.

Leia também esta lista com dicas de atividades para passar a quarentena com crianças.

Fake sobre coronavírus #3: Máscara facial te protegerá de contaminação

mulher usando máscara cirurgica

Mulher usando máscara cirúrgica – Foto: Freepik

Outro mito sobre o coronavírus diz o seguinte: apenas usar máscara facial protege contra a contaminação do vírus.

A recomendação é que somente pessoas contaminadas e profissionais que atuam diretamente com pessoas contaminadas utilizem máscaras, como os profissionais da saúde, por exemplo. A máscara realmente pode ajudar em alguma medida, isso porque o vírus tem transmissão respiratória. Entretanto, o vírus possui outras formas de se propagar, como através do contato com secreções e gotículas contaminas, por exemplo. Nestes casos, a máscara não ajuda em nada.

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Na verdade, o uso desenfreado de máscaras pode causar ainda mais problemas. Isso porque quando você está com a máscara, tende a levar as mãos muito mais ao rosto. E lembre-se: levar as mãos ao rosto é uma das piores coisas que você pode fazer nesse momento. Isso, sim, ajuda e muito o vírus a te infectar. Ou seja, com o uso de máscara sem necessidade você não somente não estará te protegendo, como ainda estará se colocando em maior risco.

Os médicos estão orientando que a principal medida de prevenção (efetiva) é cuidar da higiene pessoal com mais atenção nesse momento. Lave bem as mãos, tome banhos com mais frequência, lave as suas roupas com regularidade e troque mais as roupas de cama também. Além dos cuidados com higiene, o afastamento social vem se apresentando no mundo inteiro como a medida mais efetiva para prevenção do coronavírus. Por isso: permaneça em casa.

Fake sobre coronavírus #4: Recebimento de compras/pacotes vindos da China contém o vírus

Você não será contaminado com o vírus por encomendar ou por comprar produtos chineses ou fabricados em outro país com maiores taxas do coronavírus.

O diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do nosso Ministério da Saúde já descartou essa possibilidade há semanas. De acordo com ele, “não existe nenhuma possibilidade de transmissão do vírus por mercadorias”. Apesar dessa afirmação, outros especialistas são menos duros e afirmam que ainda é cedo para ser tão definitivo.

O que sabemos até o momento é que o coronavírus consegue sobreviver em diferentes superfícies e fora do corpo humano por alguns dias. Cada tipo de material garante uma sobrevida diferente ao vírus, mas o tempo máximo que ele consegue ficar fora de um ser humano parece ser 9 dias. Portanto, qualquer pacote ou encomenda que leve mais que isso para ser entregue deve estar “protegido”, de acordo com esses especialistas.

Como basicamente qualquer encomenda internacional leva muito mais que 9 dias para chegar, não há indicativo de haver problemas de você seguir comprando o que quiser. Entretanto, vale a pena termos bastante cuidado e limparmos os objetos e pacotes recebidos com álcool antes de usarmos. Além disso, também vale a pena lavarmos bem as mãos logo depois de termos encostado nos objeto (e antes de levarmos as mãos aos cabelos, rosto, roupas e etc).

Veja também este artigo sobre dicas de como explicar sobre o coronavírus para crianças.

Fake sobre coronavírus #5: Transmissão através de animais

Gato deitado em cesto

Gato deitado em cesto – Foto: Freepik

Naturalmente, o pavor faz com que a insegurança das pessoas aumente significativamente. Por isso, as pessoas começam a acreditar em todo tipo de informação que lêem por aí, num funcionamento quase paranoico por medo de contraírem o coronavírus. Esse é um funcionamento recorrente em tempos de crises, principalmente quando a vida da gente ou de pessoas que amamos está em jogo.

Entretanto, mais do que nunca, neste momento é fundamental nos atermos a ciência e ao que os estudos vem mostrando sobre a realidade. Em relação a transmissão inter-espécie, todos os estudos conduzidos até o momento demonstraram que não há evidências suficientes para afirmarmos que é possível contrairmos o vírus pelo contato com animais de qualquer tipo.

Alguns infectologistas que analisam o cenário afirmam que “já sabíamos que o coronavírus é uma doença que também circula entre os animais, mas não há nenhum caso sequer confirmado de uma transmissão entre espécies diferentes”.

A suspeita dos especialistas no assunto sobre a relação do coronavírus com os morcegos e sua disseminação entre os humanos não é mais que isso nesse momento: uma suspeita, ou seja, uma suposição ou hipótese que ainda precisará ser definitivamente confirmada. Essa suspeita se deve a origem de outras epidemias passadas. Por exemplo:

  • SARS, que é a Síndrome respiratória ajuda grave
  • MERS, que é a Síndrome respiratória do Oriente Médio

Fake sobre coronavírus #6: O vírus foi manipulado geneticamente e tem sua estrutura similar ao vírus HIV, causador da AIDS

Esse é aquele tipo de mito que faz tão pouco sentido que chega a ser difícil de compreender de onde ele surgiu. Apesar disso, é uma informação que foi amplamente difundida na Internet, em especial no início na contaminação pelo mundo, entre os meses de janeiro e fevereiro.

A verdade é que o coronavírus não foi manipulado geneticamente (e nem criado em laboratório!). Ele também não possui nenhuma semelhança ao HIV, vírus que causa AIDS. Uma das formas mais simples de demonstrar isso é analisando a diferença enorme entre os sintomas de uma pessoa infectada com HIV e uma pessoa infectada com coronavírus. O coronavírus é, sim, familiar de outros tipos de gripes e por isso seus sintomas são tão semelhantes.

Os especialistas afirmam que esse novo coronavírus tem muita semelhança com os outros coronavírus, já conhecidos. Entretanto, ele sofreu mutações e por isso se apresenta de forma singular no contato com o organismo humano. O mecanismo de ação no corpo humano do coronavírus em nada se aproxima do funcionamento do HIV, por exemplo:

  • O novo coronavírus atinge o sistema respiratório e pode ser eliminado totalmente do organismo depois da manifestação da doença (Covid-19)
  • O HIV infecta as células de defesa, e não o sistema respiratório, e não é possível eliminá-lo do corpo

Os tratamentos para HIV objetivam trazer maior qualidade de vida e longevidade para os infectados, que nunca serão curados do vírus. Entretanto, os tratamentos para o coronavírus visam curar os pacientes, que poderão se ver livres do vírus depois da superação da doença.

Aproveite e veja também tudo que você precisa saber sobre os riscos do coronavírus na gravidez, no parto e durante a amamentação.

Fake sobre coronavírus #7: Vacina para curar a Covid-19 está pronta

Seringa com vacina, pesquisas sobre vacina para coronavírus

Seringa com vacina em fundo azul – Foto: Freepik

O mundo todo espera ansiosamente pelo momento em que a vacina para o coronavírus estará disponível. Entretanto, esse momento não chegou ainda.

Duas pesquisadoras da USP (Universidade de São Paulo) conseguiram sequenciar todo o genoma do coronavírus em parceria com universidade da Inglaterra em apenas 48 horas. Esse é o primeiro passo para a produção de vacinas e de medicamentos para a doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou em 27 de março de 2020 que ainda será necessário ao menos 18 meses para que a vacina contra o coronavírus esteja totalmente concluída. Ou seja, é necessário ao menos 1 ano e meio de pesquisas, exames, testes e análises clínicas para que a vacina realmente esteja apta para o uso.

Além disso, a OMS também comunicou que diversos países estão trabalhando em análises dos efeitos de outros medicamentos para o coronavírus. Os medicamentos em questão já são utilizados para outras doenças e deverão ser experimentados em pacientes infectados para verificação dos seus efeitos sobre o vírus.

Enquanto as pesquisas seguem, a recomendação é que os países NÃO usem quaisquer medicamentos que não tenham comprovação de eficácia para tratar o vírus. Isso porque esse movimento pode ser altamente perigoso para toda a população. Em primeiro lugar, porque os pacientes poderão sofrer danos colaterais diversos pelo uso de um medicamento não adequado. Em segundo porque, porque o contato do vírus com medicamentos inadequados pode mutar o vírus. Ou seja, ele poderá ter mutações que alterem seu sequenciamento. Isso significaria que todo o trabalho até o momento em direção ao desenvolvimento de vacina e de medicamentos teria sido em vão, e as pesquisas precisariam recomeçar.

Assim como não há vacina ainda, o tratamento também não é específico (uma vez que os medicamentos ainda estão sendo pesquisados). O que tem sido indicado é o seguinte:

  • Repouso
  • Consumo de líquidos, em especial água
  • Alimentação saudável
  • Medidas para aliviar os sintomas, como medicamentos para dores e para febre

Se a febre persistir mesmo com o uso de medicamentos, o recomendado é buscar atendimento médico.

Fake sobre coronavírus #8: A transmissão começou devido ao consumo de sopa de morcego

Esse é um dos mitos que mais rapidamente se espalhou em todo o mundo, logo no início do surto do novo coronavírus. Entretanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já anunciou que não há qualquer comprovação científica de que foi a comida em questão (sopa com carne de morcego) que tenha sido a responsável pela propagação desse novo coronavírus.

A verdade é que outras epidemias ocorridas na história foram efetivamente atribuídas ao consumo da carne de alguns animais, incluindo o morcego. Por isso, a moda parece ter pegado e a sopa de morcego foi rapidamente colocada no lugar de “vilã” da história, como o grande causadora de todo esse caos.

Naturalmente, é possível que pesquisas futuras consigam comprovar que o consumo de determinado alimento ou que determinado hábito (alimentar, de higiene e etc) tenha associação com a propagação do vírus. Entretanto, até o momento isso tudo não passa de suposições sem nenhuma fundamentação científica.

Leia aqui também as dicas mais importantes para proteger as crianças do coronavírus.

Fake sobre coronavírus #9: Chá ajuda na prevenção do vírus

Chá verde quente para prevenir coronavírus

Chá quente sendo servido em xícara – Foto: Freepik

Bem, faz parte da cultura brasileira apostar nas funções medicinais das ervas e dos chás. Afinal de contas, quem não conhece uma vovó ou uma tia que adora prescrever algum tipo de chá para todo e qualquer tipo de sintoma ou doença, não é mesmo? Essa crença cultural e tão tipicamente brasileira naturalmente não deixaria de aparecer nesse momento, em especial devido aos sintomas do coronavírus que se assemelham tanto a uma gripe.

Fotos e listas são compartilhadas em redes sociais e em aplicativos de conversa, como o whatsapp, com diversos chás naturais que supostamente ajudariam a prevenir a contaminação do coronavírus. Entretanto, o Ministério da Saúde já anunciou que nenhum tipo de chá consegue substituir um tratamento de saúde adequado. Isso vale tanto para casos mais comuns de gripe quanto para o novo coronavírus, de acordo com o Ministério de Saúde.

Além disso, a instituição também afirmou que é falsa a ideia de que o chá de erva-doce especificamente tem a mesma substância do conhecido medicamento Tamiflu (fosfato de oseltamivir).

Os chás mais comuns de serem compartilhados pelas redes nesse sentido são:

  • Erva-doce
  • Abacate com hortelã
  • Imunológico, que combina gengibre, alho, capim-limão, tomilho, hortelã e casca de limão

Leia agora mesmo estas super dicas de como ensinar de forma divertida as crianças a lavarem bem suas mãos.

Fake sobre coronavírus #10: Vitaminas C e D e inhame aumentam imunidade contra o vírus

Circulou pela Internet e redes sociais o vídeo de um suposto médico chinês que vive no Brasil conversando com sua irmã, que ainda vive na China. Neste vídeo, o médico recomenda alguns métodos para aumentar a imunidade contra o novo coronavírus, por exemplo:

  • Comer vitamina C e D
  • Ingerir inhame e própolis
  • Tomar banhos “quente/frio”

Depois da repercussão com o vídeo, o mesmo foi apagado pelo próprio médico.

O Ministério da Saúde já se pronunciou sobre a repercussão do vídeo e sobre as recomendações dele. De acordo com a instituição, não há evidências científicas que apontem para a efetividade de qualquer uma dessas recomendações dadas pelo suposto médico do vídeo.

As vitaminas C e D trazem uma série de benefícios para a saúde das pessoas, assim como o consumo de inhame. Entretanto, não há qualquer evidência que demonstre que seu consumo fortaleça o sistema imunológico contra a possível contaminação do novo coronavírus. Por isso, é claro que você pode consumir esses elementos se desejar e quiser manter uma alimentação saudável. Mas não o faça acreditando que seu organismo estará “imune” ao vírus, porque não há nenhum único estudo que aponte nessa direção.

Fakenews sobre o vírus

Jovem vendo notícias falsas no computador sobre coronavírus

Jovem vendo notícias falsas no computador – Foto: Freepik

O Ministério da Saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e diversos jornais internacionais estão trabalhando e possuem campanhas globais para acabar com uma série de notícias falsas que circulam na Internet sobre o novo coronavírus. Infelizmente, a facilidade do acesso a informação através da Internet acarretou essa onda de fakenews sobre tudo que é tipo de assunto. E, é claro, o coronavírus entrou para a lista de temas que estão sendo centrais na criação e publicização de notícias mentirosas.

A pandemia já infectou mais de 500 mil pessoas no mundo todo. Isso mesmo: há mais de meio milhão de pessoas no mundo contaminadas pelo vírus. Ao todo, mais de 115 países foram afetados pelo novo coronavírus. Naturalmente, essa proporção de casos gera muitas dúvidas na população e faz com que as pessoas se sintam apavoradas, em alguns casos.

E assim como aconteceu com outras epidemias, os mitos são criados e foram espalhados pela web, de forma a atingir um grande número de pessoas. Algumas dessas informações são excessivamente alarmistas, enquanto outras são apresentadas como verdade situações que estão em pesquisa e que não foram comprovadas ainda. Diante dessa situação, a indicação é não compartilhar nenhum dado sem antes verificar a sua veracidade. A forma mais fácil de fazer isso é procurar fontes oficiais.

Diversas instituições de saúde, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estão tomando medidas para informar a população sobre os avanços nas notícias do coronavírus de forma adequada e baseadas no que é verdade. Por exemplo, há alguns canais de comunicação criados recentemente que tem como objetivo receber notícias sobre o coronavírus para que as instituições analisem os dados e deem um parecer sobre a veracidade das informações.

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