A ovulação é um dos processos mais mágicos do corpo humano feminino. Engrenagem importante dos ciclos menstruais e períodos férteis, a ovulação permite que o sonho de ser mãe se torne realidade. Mas, para que isso aconteça, o folículo dominante é peça-chave.
Confira a seguir todos os processos antes da fecundação acontecer, e qual a importância do folículo dominante do corpo feminino.
O que é o folículo dominante?
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Logo no começo do ciclo menstrual, os folículos começam a se sobressair para amadurecer e liberar o óvulo. Mas, no meio do caminho, um deles se torna o folículo dominante.
Ele se torna dominante ao atingir o marco de 10 mm de diâmetro. Medida que pode crescer até os 3 cm (tamanho aproximado de uma uva), na metade do ciclo menstrual feminino.
Com o desenvolvimento alimentado pelo FHS, os folículos passam a produzir estrogênio e liberam o óvulo quando o nível do hormônio atinge seu máximo. Nessa hora que o corpo libera o hormônio luteinizante e conclui o processo da ovulação.
Muitas vezes, é nesse momento do processo que a mulher costuma sentir a dor da ovulação. Fisgadas no baixo abdômen que frequentemente são confundidas com cólicas.
Tudo isso, porque o folículo degrada as próprias paredes para permitir a saída do óvulo, em harmonia com altas quantidade de hormônio que naturalmente deixam a mulher mais sensível.
E quando ele está pronto para receber um espermatozoide?
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Depois de liberado, o folículo dominante é absorvido pela trompa de Falópio. Após isso, ele tem cerca de 12 a 24 horas para ser fecundado pelo esperma, ainda dentro da trompa.
Caso isso não aconteça nesse período de tempo, o óvulo começa a se degradar e as chances começam a diminuir. Mas, se for fecundado, a viagem dura cerca de 6 a 12 dias para frente, até o óvulo chegar no útero e se implantar dando origem a uma gravidez.
Como funciona a ovulação?
Os ovários, localizados um de cada lado do útero, são responsáveis pela síntese dos hormônios e do armazenamento dos óvulos – que ficam guardados dentro de saquinhos chamados folículos.
Dentro dos óvulos e separados em folículos há entre 300 e 500 mil óvulos no total. Esses, são produzidos ainda em fase gestacional. Ou seja, a mulher já nasce com eles e não os produz mais depois que sai da barriga da mãe.
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Na fase da puberdade e do período menstrual, a glândula cerebral responsável pela liberação dos hormônios, também conhecida como hipófise, dá o comando do processo hormonal.
Primeiro, é liberado o GnRH, hormônio liberador de gonadotrofina. Depois, como consequência, o FHS, responsável entre muitas coisas pelo desenvolvimento dos folículos e a produção de estrogênio deles.
Os folículos se desenvolvem por meses até amadurecerem o bastante para liberar um óvulo.
Em contrapartida, existem folículos nos mais diferentes estágios de amadurecimento dentro dos óvulos – alguns até mesmo não conseguem se desenvolver o bastante e morrem ainda em estágios anteriores ao desenvolvimento.
Dentro de cada folículo cerca de 10 ou 15 óvulos são selecionados para amadurecer, mas apenas 1 ou 3 chegam ao estágio final, quando estão prontos para serem liberados pelo ovário.
A ovulação não é à prova de erros
É importante ressaltar que a ovulação não acontece independente de fatores externos. Problemas como má alimentação, mudanças bruscas de estação, doenças emocionais, psiquiátricas e até mesmo condições socioeconômicas podem alterar a produção hormonal da mulher que compromete diretamente a ovulação.
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Então, costuma ser normal a ovulação não acontecer todos os meses. Porém, sem exageros. Caso ela deixe de acontecer por muito tempo, é importante investigar, consultar um médico especialista e entender as causas, porque a ovulação não se resume apenas a chance de engravidar, mas ao equilíbrio hormonal feminino.
Os níveis de estrogênio e progesterona, quando muito alterados podem acarretar problemas ósseos, cardíacos e até mentais.
O fenômeno da ovulação é importante para a vida toda, desde que está sonhando em engravidar até quem procura ter uma saúde íntima e geral melhor.
Conhecer o próprio corpo e entender os sintomas pode ser a salvação de diversos problemas posteriores.
Tudo isso, é claro, sempre acompanhado de um médico de confiança e que tenha propriedade para cuidar do assunto da maneira mais profissional e empática possível!