A superproteção pode ser facilmente confundida com uma demonstração de amor. Isso porque é verdade que as crianças precisam de cuidados e que esses cuidados são uma bonita forma de mostrar nosso amor. Entretanto, há uma diferença significativa entre uma família que protege e uma família que superprotege.

Especialistas dizem acreditar que a superproteção está entre os problemas mais comuns das famílias contemporâneas. Isso porque o limite entre a proteção e a superproteção pode ser tênue e muitos adultos não conseguem avaliar onde estão nesse limiar.

Apesar de toda a boa vontade das mamães, estudos vêm mostrando, ao longo das últimas décadas, que atitudes excessivamente “cautelosas” podem ter efeitos muito negativos sobre as crianças. Veja neste artigo quais os principais riscos de uma educação que superprotege. Boa leitura!

Superproteção e seus riscos para o desenvolvimento da criança

Superproteção - Mãe abraçando bebe

Crédito: Freepik

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Uma série de estudos publicados nos últimos anos demonstrou que a superproteção prejudica várias esferas do desenvolvimento infantil. Isso parece ocorrer porque, quando a criança é superprotegida, ela tem mais dificuldades de atingir os marcos do desenvolvimento saudável.

Veja aqui os principais riscos da superproteção na vida das crianças.

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Desenvolvimento normal atrasado

O desenvolvimento da criança é significativamente atrasado nos casos de superproteção. Isso acontece porque, quando a mãe faz tudo pela criança, a mesma acaba tendo mais dificuldade de identificar as suas capacidades e as suas dificuldades.

Além disso, os estudos demonstram que a criança que sofre de superproteção tem muito mais dificuldade de desenvolver maturidade e independência, pois acreditará que não tem capacidade de fazer as coisas por si.

Medo

Menina com expressão de susto

Crédito: Freepik

O medo é o parceiro natural da incapacidade, de acordo com especialistas. Isso porque eles afirmam que crianças que sofreram com a superproteção não somente terão dificuldades de acreditar em si mesmas. Elas também correm riscos sérios de se tornarem pessoas muito medrosas.

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A criança vai se tornar adolescente. E o adolescente vai se tornar adulto. E esse adulto provavelmente viverá com medo de tudo e de qualquer coisa que possa vir a acontecer.

Além disso, algumas pesquisas indicam que crianças que foram superprotegidas têm mais tendência a se relacionarem na vida adulta com dinâmica dependente. Isso quer dizer que o adulto talvez não consiga se relacionar com alguém que não aceite ficar fazendo as coisas por ele todo o tempo.

Dependência emocional

Dar pequenas tarefas domésticas para as crianças é a forma mais simples e mais segura de incentivar a sua autoestima. Isso porque, por meio dessas atividades, seu filho perceberá que você confia nele e que ele é capaz.

Não é necessário ter medo de que a criança se machucará durante a brincadeira ou com pequenas tarefas. Mesmo que isso aconteça, é uma oportunidade a mais para que a criança lide com a situação adversa.

Sociabilidade

Crianças sentadas juntas brincando

Crédito: Freepik

É normal que famílias que usam de superproteção impeçam o amadurecimento saudável da criança, afetando também a sua vida social.

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Especialistas contam que quando a criança é impedida de ter experiências sociais, como passeios de escola ou noites na casa de amiguinhos, ela aprende que o mundo é um lugar perigoso. Com isso, a vida social de uma criança superprotegida é significativamente prejudicada.

A mãe e o pai acabam por transmitir para a criança os seus medos. Isso pode fazer com que a criança “aprenda” que não há segurança em nenhum ambiente que não seja ao lado dos seus pais.

Além da dificuldade de fazer laços ao longo da vida, a superproteção também costuma gerar problemas como estresse, ansiedade e insegurança.

Alguns especialistas apontam que superproteção demais também pode trazer como consequência crises significativas na relação do jovem com a família, futuramente. Isso porque, quando a criança crescer e perceber a prisão em que viveu por tantos anos, é comum que ela se rebele contra aqueles que ela sente que “a aprisionaram”.

Autoconhecimento e aprendizagem

A criança aprende com as consequências de seus atos. Por exemplo, quando a criança faz algo e se machuca, ela descobre que o comportamento A pode levar ao resultado B.

Quando a família age com superproteção e antecipa tudo pela criança, ela acaba anulando boa parte da capacidade de aprendizagem do filho.

Especialistas têm consenso sobre o assunto: é indiscutível a importância de deixar a criança experimentar o mundo, mesmo quando os adultos sabem que ela está errando. Somente assim a criança conseguirá aprender com a vivência e, portanto, mudar o comportamento nas situações futuras.

Veja uma dica de como melhorar o desempenho da criança e evitar problemas comportamentais.

Tolerância a frustrações

duas crianças brincando de trem

Crédito: Freepik

Quando ocorre muita superproteção, a criança é criada em uma bolha. Por isso, ela acaba por conhecer apenas uma visão distorcida da realidade.

Estudos diversos demonstram que pessoas que foram excessivamente protegidas na infância têm muito mais dificuldade de entender que as coisas não chegam gratuitamente até elas. É muito mais difícil para essas pessoas compreenderem que há algo que foge do seu controle e que não é possível ter todos os seus desejos satisfeitos.

Além disso, as pesquisas também mostram que essas pessoas demonstram muito mais dificuldade de aceitarem que é preciso dedicação para conquistar os seus objetivos. Isso costuma acontecer porque essas crianças sempre receberam tudo dos pais, sem precisarem desenvolver a tolerância à frustração, de acordo com os especialistas.

Os especialistas também apontam para outro problema: essas crianças se acostumam com a noção de que as outras pessoas precisam dar conta das suas vontades. O maior problema disso é que, nessa situação, a pessoa culpa outras pessoas pelos seus problemas.

Portanto, a superproteção acaba por prejudicar a capacidade da pessoa de avaliar os seus erros e, consequentemente, de entender onde deve melhorar. Esse problema pode gerar consequências sérias, como sofrimento emocional profundo, desequilíbrio emocional e incapacidade de autoavaliação.

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