A educação socioemocional virou lei e a partir de 2020 passará a fazer parte do currículo escolar do seu filho. Entretanto, você sabe o que é isso, como ela pode mudar a vida do seu filho e como você pode auxiliar o desenvolvimento dessas habilidades em casa?

Veja neste artigo tudo que você precisa saber para ajudar no desenvolvimento socioemocional do seu pequeno. Boa leitura!

Educação socioemocional – O que é? Por que é importante para o meu filho?

Educação socioemocional em casa

Crédito: Freepik

A educação socioemocional é uma série de atividades e de cuidados que podem ser inseridos no dia a dia do seu filho. Ela é importante porque através do desenvolvimento dessas habilidades o seu pequeno conseguirá lidar melhor consigo mesmo e com o mundo ao seu redor.

Publicidade

Desenvolver de forma adequada a educação socioemocional pode garantir que o seu filho gerencie de maneira saudável as suas emoções e os seus relacionamentos. Um exemplo prático da importância dessas habilidades é percebido em ambientes públicos todos os dias, quando crianças têm crises de raiva ou de choro.

É normal que crianças encarem uma tonelada de sentimentos ao longo dos dias, desde alegria e surpresa até raiva, frustração e outros sentimentos negativos. Todavia, quanto mais preparado para compreender e lidar com essas emoções, menos prejudicial para o seu filho será encarar “a vida e o mundo real”. Como consequência disso, mais saudável e mais equilibrada será a vida do seu pequeno.

Faça seu Chá de Fraldas AGORA!
Vai organizar seu Chá de Fraldas?
Organize sua festinha em minutos!
👪 Lista de Presentes Virtuais
🎉 Informações da Festa
💌 Lindos convites online
📑 Confirmação de Presença
🎁 Presentes Personalizados
🥳 Ideal para qualquer evento
Faça seu Chá de Fraldas AGORA!

O que meu filho vai aprender com a educação socioemocional?

Existe uma série de habilidades comportamentais que podem ser ensinadas pela família através da educação socioemocional, tais como:

  • Resiliência
  • Empatia
  • Autocontrole
  • Tolerância à frustração
  • Respeito às diferenças

Diferente do que muitas pessoas pensam, nada disso é inato. Ou seja, nenhuma dessas habilidades nasce com as pessoas.

É possível ensinarmos nossos filhos a distinguirem seus sentimentos, analisarem quais coisas os fazem mal e aprenderem a dar respostas saudáveis quando essas situações acontecerem.

As competências adquiridas com a educação socioemocional são fundamentais para o desenvolvimento do sujeito durante a infância e durante toda sua vida. Além disso, a criação de sociedades mais justas e com pessoas mais saudáveis e equilibradas também depende dessas habilidades.

Publicidade

Entretanto, não é aí que terminam as vantagens do seu filho aprender a lidar com as próprias emoções. Especialistas em educação e em psicologia garantem que a educação socioemocional melhora as condições da criança se desenvolver intelectualmente.

Educação socioemocional em casa

Educação socioemocional em casa

Crédito: Freepik

Apesar do avanço social promovido pela obrigação, via lei, das escolas inserirem a educação socioemocional em seus currículos, isso não basta para o bom desenvolvimento das habilidades. Afinal, muito pouco adiantará a criança ser incentivada na escola e não possuir um espaço seguro em casa para compartilhar esses ensinamentos. Por esse motivo, é muito importante que a criança consiga expandir suas experiências e possa encontrar em casa e na família mais um espaço para se desenvolver.

Veja aqui algumas habilidades e algumas dicas de como trabalhar a educação socioemocional do seu filho em casa.

Autoconhecimento

Talvez o primeiro passo para garantir o desenvolvimento de habilidades socioemocionais no seu filho seja permitir que o mesmo se conheça. Esse é um passo difícil para os adultos, então imagine como pode ser devastador para uma criança sentir uma montanha de coisas e não saber o que está acontecendo.

Reconhecer os próprios sentimentos é uma tarefa fundamental, mas que leva tempo e precisa de incentivo constante. Uma boa dica para ajudar seu filho a se conhecer melhor é conversar com ele sobre as suas emoções. Para isso, é fundamental que a relação entre família e criança seja construída com base no diálogo e na confiança. Você precisa mostrar para o seu filho que tem interesse pelas coisas que ele está sentindo. Pergunte, dê tempo para ele pensar e criar suas hipóteses, preste atenção nas suas respostas.

Publicidade

Quanto mais claro seus próprios sentimentos estiverem, menores as chances de seu filho se deixar levar pelos sentimentos.

Também é muito importante que você elogie os acertos e questione os erros do seu filho, deixando que ele construa hipóteses sobre as razões que levaram ao erro. Esses “pequenos detalhes” podem fazer toda a diferença no desenvolvimento emocional do seu filho.

Outra boa dica pode ser prestar atenção nas dificuldades da criança e, se for necessário, buscar apoio profissional qualificado. Em alguns casos, mais comuns do que imaginamos, a educação socioemocional da criança também pode ser aprimorada com atendimento psicológico. É normal que crianças sejam atendidas por esses profissionais para auxiliarem em seu desenvolvimento saudável, mesmo quando não há “grandes problemas” acontecendo.

Autonomia

Educação socioemocional em casa

Crédito: Freepik

A autonomia também é uma habilidade importantíssima para a educação socioemocional dos pequenos – e dos grandes também, não é mesmo?

Com esse aprendizado, seu filho não somente sentirá autoconfiança para tomar as próprias decisões, mas também fortalecerá seu senso de responsabilidade. Ou seja, com a autonomia equilibrada, as crianças aprendem a analisar situações, planejar suas ações e se responsabilizar pelas consequências de seus atos.

A forma mais adequada de auxiliar o desenvolvimento da autonomia entre as crianças é incentivar a sua tomada de decisões. Entretanto, é fundamental que as mamães e papais se façam presentes em todo o percurso, e não somente no momento de decidir algo.

Incentivo é a palavra da vez, quando falamos de educação socioemocional. Mas… Incentivar o quê?

  1. Identificar um problema
  2. Construir uma estratégia para solucionar o problema
  3. Avaliar o resultado

Esses 3 passos são muito importantes para o desenvolvimento adequado da autonomia. Afinal de contas, depois de colocar em prática suas hipóteses, é fundamental que a criança consiga analisar se elas deram certo, não deram e por quê. Somente com a etapa de avaliação a criança poderá entender sobre os efeitos de seus atos e poderá decidir futuramente tomar as mesmas decisões ou seguir outros rumos.

É mesmo necessário?

A autonomia talvez seja a habilidade mais difícil para os pais trabalharem em casa. Isso porque é cada vez mais alta as taxas de mamães e de papais superprotetores e que morrem de medo de tudo que envolve os seus pequenos. Entretanto, é muito importante que esse receio seja superado, pois não somente a criança vai sair ganhando nesse cenário. Depois de se acostumar, é um alívio para os adultos poderem tirar das costas um pouco do peso que é sentir-se total e completamente responsável pelo bem-estar e pela felicidade de outra pessoa, mesmo quando essa outra pessoa é o seu filho.

Autocontrole

Educação socioemocional em casa

Crédito: Freepik

O autocontrole talvez seja a habilidade mais difícil de ser ensinada ao seu filho, mesmo usando as dicas de educação socioemocional. Essa dificuldade costuma ocorrer porque as crianças são expostas todo o tempo aos conhecidos gatilhos emocionais. Ou seja, a criança passa todo o tempo por situações que mexem com as suas emoções, deixando-as, por exemplo:

  • Felizes
  • Tristes
  • Frustradas
  • Irritadas
  • Alegres
  • Nervosas
  • Envergonhadas
  • Ansiosas
  • Amedrontadas
  • Satisfeitas

Se é difícil para um adulto controlar as emoções em determinados momentos, imagine para uma criança!

Entretanto, a dificuldade do exercício não pode impedir que a mesma busque o equilibro. Por isso, acompanhe seu filho nesse percurso de educação socioemocional e mostre que há alguém ao lado dele, importando-se com o que está ocorrendo no seu mundinho.

Oriente seu filho, incentive que ele respire fundo e pense sobre o que está sentindo. Pergunte para a criança as razões desse sentimento: o que o deixou desse jeito? Ajude a criança a refletir e a descobrir quais coisas exatamente acionam os sentimentos negativos dele. Não existe manual pré-fabricado sobre isso: cada pessoa tem os seus próprios gatilhos, e conhecer a origem dos sentimentos é o primeiro passo para controlá-los.

Outra dica também valiosa nesse tema é apostar no exemplo. Afinal, não é somente com palavras que ensinamos. É muito importante que a criança perceba que você também está ativo nesse processo: pense sobre seus sentimentos e sobre seus gatilhos, entenda melhor de onde vem aquela raiva, aquela irritação e aquela frustração. Nos momentos de diálogo com seu filho, compartilhe essas experiencias com ele. Colocar-se como alguém que sente as mesmas emoções e que também tem dificuldades de lidar com isso ajuda a criança a não se sentir só.

Empatia e Sociabilidade

Educação socioemocional em casa

Crédito: Freepik

Considerada por muitos psicólogos infantis o carro-chefe da saúde emocional, a empatia é o fator mais importante quando falamos de relações interpessoais e de sociedades saudáveis e justas. Muito mais do que saber se colocar no lugar do outro, incluir a empatia na educação socioemocional também significa aprender a lidar e a respeitar as diferenças.

Ter consciência de que o que é certo para uma pessoa pode não ser certo, bom ou adequado para o(s) outro(s) é o primeiro passo em um caminho onde as crianças se desenvolvam adequadamente e se tornem adultos capazes de respeitar os seus próprios limites e os limites do outro. Ou seja, ser uma criança empática é sinônimo de ser uma criança que entende que o outro é diferente, e o respeita “apesar” destas diferenças.

Estudos demonstram que crianças que são estimuladas a perceber a diferença entre as pessoas e a lidar de forma saudável com essas diferenças têm menos dificuldades escolares, mais autocontrole e autoconfiança e menor chance de se colocarem em situações de risco na adolescência e vida adulta. Algumas destas pesquisas também apontam que os comportamentos de riscos mais comuns costumam ser:

  • Consumo de drogas lícitas e/ou ilícitas
  • Comportamentos agressivos e violentos em ambientes escolares e profissionais
  • Práticas sexuais sem proteção (principalmente nas suas primeiras experiências sexuais)

Uma forma adequada de transmitir e ensinar empatia para crianças e adolescentes é através de outra habilidade da educação socioemocional: a sociabilidade.

Dicas de como incentivar a empatia e a sociabilidade

Investir em situações onde a criança e o adolescente se conectam com diferentes pessoas e grupos é uma das maneiras mais saudáveis de trabalhar esses dois aspectos. O convívio com pessoas com características distintas promove a sociabilidade e a empatia de forma natural, fluida e espontânea. Além disso, ampliar o círculo de relações também ajuda no desenvolvimento de habilidades de comunicação e de negociação.

A cooperação, a mediação de conflitos e a argumentação também são competências que são naturalmente transmitidas para as crianças e adolescentes, quando estes são expostos ao convívio com diferentes pessoas.

Ética

Educação socioemocional em casa

Crédito: Freepik

Diferente da moral, que está ligada a definições padronizadas e pré-estipuladas, a ética tem associação com uma construção particular e interna. Entretanto, pode-se dizer que a ética tem relação com a consciência política e com a consciência social das pessoas. Ou seja, ensinar ética para a criança passa necessariamente pela nossa responsabilização como cidadãos. A pessoa ética sabe que todos são responsáveis pelo desenvolvimento de uma sociedade justa, por exemplo. Por isso, a família tem papel fundamental no desenvolvimento dessa habilidade.

A forma mais adequada de dar esse tipo de ensinamento ao seu filho é através do velho e bom exemplo. Ou seja, pare e avalie a si mesma.

Não tenha pressa, seja justa e seja honesta consigo mesma. Coloque em avaliação os seus posicionamentos, as suas atitudes e as suas opiniões cotidianas. Você toma decisões baseadas no bem-estar coletivo ou pensa somente em si mesma e na própria família/amigas? Você se preocupa com a sociedade como um todo, com pessoas desconhecidas, com pessoas mais pobres e/ou em situações mais desfavoráveis ou você acha que nada disso é problema seu?

Leve o tempo que precisar. Afinal, essa análise precisa ser honesta e é muito difícil nos havermos com os nossos próprios fantasmas, não é mesmo?

Lembre-se: os comportamentos e os valores dos adultos são diretamente transmitidos para as crianças, mesmo quando não percebemos. Para incentivar o respeito, a igualdade e a cidadania no seu filho, o único caminho possível é através da autoanálise, da mudança e do exemplo.

Por que trabalhar a educação socioemocional na infância?

A educação socioemocional é uma série de habilidades que são melhor ou pior desenvolvidas desde sempre, afinal, é um tema que está diretamente associado com a forma da pessoa ver e reagir ao mundo. Por isso, quanto antes ensinarmos os nossos pequenos a administrar as suas emoções, melhor.

A primeira infância é a melhor etapa para aprendizados, porque é nesse momento que a criança está construindo sua imagem de si mesma – e do mundo ao seu redor também. Mais do que simplesmente uma nova matéria que foi incluída nas escolas, a educação socioemocional é uma espécie de treinamento para a vida. Por isso, é muito importante que a família e a escola sejam parcerias nesse percurso.

Entretanto, mesmo que seu filho seja mais velho, aposte nessas dicas. Sempre é tempo de aprender, mudar e melhorar.

O que achou desse conteúdo? Ele te ajudou de alguma forma? Então conte nos comentários o que você acha da educação socioemocional e compartilhe as suas experiências conosco.