Catarina teve muita cólica… E, nessa época, tudo o que eu queria descobrir era como aliviar a cólica do bebê. Na verdade, eu não sabia direito o que ela tinha. Ela chorava demais, o dia inteiro, e quando a gente não sabe dizer o que é, imagina que seja cólica. Lembro-me do primeiro réveillon da Catarina: com apenas 17 dias, ela chorou das 22h do dia 31 até 1h da manhã do dia 01 de janeiro. Ai, me dá um calafrio só de lembrar!
Por ter tido essa experiência difícil, sempre conversei bastante com outras mães sobre esse assunto. Nessas trocas, percebi um padrão interessante: em muitos casos, o primeiro filho teve mais cólica que os demais. Será coincidência? Ou será que mães mais experientes sabem reconhecer melhor a necessidade do seu bebê e por isso ele chora menos?
Depois de alguns dias, eu diria até depois do primeiro mês, é que a gente realmente começa a distinguir um choro do outro (e tem vezes, muitas, aliás, que você fica sem saber o que é mesmo sendo uma mãe um pouco mais experiente). O bebê começa a chorar sem parar, às vezes fica vermelho, faz força, encolhe as perninhas e, de repente, você ouve aquele barulhinho dos gases. É, pode ser cólica mesmo, afinal parece que ele sente dor na barriga. Se esse for o caso do seu bebê, vale a pena conferir as dicas eu tenho para te dar.
Imagem: 123RF
Minha experiência pessoal no combate à colica
Dicas de como aliviar a cólica do bebê fazem parte do repertório materno, que é passado de geração para geração. E, na hora do aperto, você tenta de tudo: funchicórea na chupeta, chá de camomila ou de erva-doce, massagem, banho morno, Colikids, remédio antigases, acupuntura… Então gostaria de compartilhar com vocês o que testei e o que aprendi:
– Funchicórea: é um pó rosado à base de funcho, chicória e ruibarbo, que são plantas conhecidas por facilitar a digestão e a eliminação de gases. Para ajudar a acalmar a cólica, você coloca a chupeta no pó e dá para o bebê sugar, ou passa o pó no bico do peito antes do bebê mamar (não conheço ninguém que faz como indica a bula, que é dissolver o pó em água). Minha experiência: nas crises de choro, às vezes ajudava (pouco, mas ajudava), às vezes não. Mas tem bebê que acha gostoso, e só de sentir o gosto já pára de chorar. Está no time das dicas que vale a pena tentar, se o seu pediatra liberar (mesmo sendo um fitoterápico, é um medicamento, então consulte o médico sobre a quantidade diária que ele libera).
– Chazinhos: para bebês que estão em amamentação exclusiva (ou seja, mamam só no peito), muitas vezes os pediatras preferem que não se dê ao bebê nada além do leite materno (nem chá). Se o bebê já toma mamadeira, em geral os pediatras liberam água e chazinhos (de erva-doce ou camomila, nada de inventar e dar chás muito diferentes para o bebê). Então, antes de mais nada, converse com o pediatra do seu bebê. Minha experiência: mesmo no primeiro mês, em que estava em amamentação exclusiva, a pediatra da Catarina liberou uma colher de sopa de chá por dia, dada em doses pequenas e sem açúcar. Era tomar um gole que ela parava na hora de chorar, ficava em transe por 20 minutos e depois continuava a chorar como se nada tivesse acontecido. Não resolvia, mas amenizava o problema (muitas vezes 20 minutos é justamente o que você, mãe, precisa para se acalmar!). Como o efeito era imediato, certamente era questão apenas de distração (para a Catarina era assim, mas para o seu bebê pode fazer outro tipo de efeito).
– Massagem: levantar as perninhas do bebê e fazer movimentos de bicicleta (como se o bebê estivesse andando para trás) ou, com as pernas levantadas, levá-las de um lado até o outro, empurrando a barriguinha. Minha experiência: realmente fazia efeito! No começo eu não fazia direito, não sabia se podia pressionar a perninha, ou não… Mas com a prática você pega o jeito. Aí faz a massagem e o bebê solta um pum atrás do outro. Várias vezes a Catarina acordava, chorava, eu fazia a massagem, liberava os gases, e ela voltava a dormir imediatamente. Vale a pena fazer, com certeza!
– Posições anti-cólica: funcionam! Colocar o bebê sobre seu ombro, pressionando a barriga, ajuda a aliviar os gases e diminui a cólica. O mesmo vale para segurá-lo de barriga para baixo. Minha experiência: ajuda a aliviar o desconforto do bebê, vale a pena testar até achar aquela que melhor se adapta ao seu.
– Banho morno: sabe aqueles momentos em que você não sabe por que o bebê está chorando? E você fala que é cólica porque já tentou amamentar, trocar a fralda, tirar ou colocar roupa, e nada adiantou? Talvez um banho morno seja uma ótima pedida nesse momento. E não precisa ser na banheira, pode ser no balde (é, ele está em alta). Há os baldes de mais de uma centena de reais que são vendidos com essa finalidade. Eu comprei um no supermercado e usei na Catarina (mas escolha um com ótimo acabamento interno, sem rebarbas, de preferência semitransparente para ver como o bebê está lá dentro).
– Remédio antigases: não vou ficar aqui falando de marcas comerciais, até porque se alguém tem que receitar, é o pediatra do seu bebê. A médica da Catarina liberou e eu usei bastante, durante um bom tempo. Quando eu não dava, percebia que as crises eram piores. Mas não resolvia completamente o problema.
– Deixar o bebê por alguns momentos com outra pessoa: o marido, a mãe ou sogra, uma amiga ou irmã… Bebês têm uma antena de captação IMPRESSIONANTE! Se você estiver exausta, irritada, ele irá sentir e pode chorar bem mais. Se perceber que você está cansada, peça ajuda, é melhor para você e para o bebê.
E você, tem alguma técnica anticólica para compartilhar? Conta pra gente, porque esse conhecimento é de vital importância para as outras mamães!
Quer saber o que diz a Sociedade Brasileira de Pediatria sobre o que é e como aliviar a cólica do bebê? Então, confira essas e outras respostas, clicando aqui!