Vão se as noites mal dormidas, o choro sem explicação, as dores da amamentação… E chegam outras dificuldades, típicas de quem já tem um filho que cresceu um pouquinho! Ah, estava achando que seria fácil? Que nada, começa a ficar mais emocionante: quando o pequeno (nem tão pequeno assim) encontra palavras para discutir um assunto (e muitas vezes te colocar em xeque), quando você tem que controlar o tempo de tela (TV, tablet, celular – se deixar as crianças ficam o dia todo!), e quando a quantidade de lição de casa aumenta.
Sendo bastante sincera, Catarina ainda não tem TANTA lição de casa assim. Mas acreditem: com apenas 7 anos, ela leva pelo menos uma hora para fazer. Fico tentando me lembrar se na nossa infância também era assim, se levávamos um bom tempo entre as lições de caligrafia, as interpretações de textos, as primeiras operações matemáticas. Acho que não, que tudo era mais fácil, mais direto, sem distrações. Mas posso estar enganada, pois o tempo muda completamente nossas lembranças.
Imagem: 123RF
Desde a primeira escola que Cacá frequentou, tenho ouvido sobre a importância de dar autonomia aos filhos, inclusive na lição de casa. Para ajudar o mínimo – pois se é pedido, os alunos são capazes de fazer. Quem me conhece sabe que sempre tentei exercitar isso aqui em casa. Depois de ser uma “mãe helicóptero” (aquela que fica rodeando o filho 24 horas por dia) nos primeiros anos de Catarina, tenho me policiado para deixa-la crescer, sem ficar “tão em cima”.
Só que de uns tempos para cá não tem dado muito certo. A ponto de termos boas discussões na hora da lição de casa. Quando percebo que a Cacá começa a enrolar, a se dispersar, acabo intervindo para que ela volte a focar e terminar o trabalho. Parece uma coisa banal, mas se você tem que fazer todos os dias, algumas vezes por dia (pois logo, logo ela dispersa de novo!), começa a irritar. E olha que já dei muitas aulas particulares, já peguei muitos alunos com dificuldade (mas quando é sua filha, a paciência parece acabar antes).
Uma dica para quem também está se estressando como eu, e que tem ajudado bastante por aqui, é analisar se a rotina de lição que você criou para seu filho é realmente a que funciona melhor para ele. Um exemplo: como Catarina estudo no período da tarde, sempre achei que o melhor horário para ela fazer a lição seria de manhã. Descansada, depois de uma boa noite de sono. Certo? Errado! Por incrível que pareça, descobri que é melhor que ela chegue em casa, descanse cerca de 40 minutos, e depois comece a fazer a lição. Com calma, sem pressa de almoçar, e sair correndo para a escola (o que acontecia quando a lição era feita pela manhã). Nessa hora, geralmente estou fazendo o jantar, e justamente por isso não estou tão disponível – o que tem ajudado a torna-la mais independente também.
Outras dicas que fui aprendendo com o tempo: fixar um papel com todas as letras do alfabeto, num local visível para a criança que está fazendo a lição. Como a Cacá aprendeu primeiro a letra bastão, e só depois a cursiva, ainda se confundia com a grafia das maiúsculas e minúsculas da chamada “letra de mão” – e a cada esquecida, era meia hora para se concentrar novamente. Assim, com o papel de consulta na frente, o processo acaba sendo bem mais rápido e eficiente. E organização, é claro: para manter a mesa em ordem, no estojo (acabei comprando um novo, onde todos os lápis ficam presos e ela pega exatamente o que está precisando), e por aí vai.
Você também está passando por essa fase da lição de casa? Tem sido estressante? Tem alguma dica para me dar? Compartilhe nos comentários, que adorarei ler!