Você sabe quais são os principais distúrbios do sono infantil? Qual deles explica o fato de seu filho não dormir bem? Entender um pouco mais sobre cada um deles é fundamental para que você saiba que atitudes tomar para seu filho passar a dormir melhor (falo por experiência própria!).

Por isso você não pode deixar de ler o texto de hoje, da nossa querida consultora de sono Michele Melão. Tudo bem explicadinho, e com muitos detalhes, para te guiar na busca de um sono melhor para seu filho (e, consequentemente para toda a família). Vale MUITO a leitura!

Por Michele Melão

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Se você acha que os problemas de sono só acontecem na sua casa, vou te contar uma coisa: muitas crianças não dormem bem. As estatísticas mostram que 4 entre 10 crianças ( de até um ano de vida) e 3 em cada 10 (até 12 anos) passam por dificuldades para dormir. Sabendo da importância do sono e na tentativa de minimizar essa dificuldade, a primeira coisa que os pais devem fazer é identificar o distúrbio. Por que o sono é difícil para meu filho? Na Maternity Coach nós tratamos o comportamento (último item citado no texto), mas existem outros motivos que atrapalham o sono do seu filho.

A seguir eu conto quais são os distúrbios mais comuns, como identifica-los e tratá-los, para que, enfim, seu filho durma melhor.

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Imagem: 123RF

RONCO

Obviamente se seu filho está resfriado, ou com alguma dificuldade respiratória pontual, o ronco vai acontecer. Mas se normalmente seu filho ronca dormindo, um otorrinolaringologista deve ser procurado. Uma criança que ronca não necessariamente tem despertares, mas certamente tem um gasto energético maior de madrugada. Muitas vezes não chega a atingir todas as fases do ciclo de sono e tem, consequentemente, um sono de má qualidade.

SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS

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A criança mexe muito as pernas não só por agitação, mas por incômodo. Ela sente uma espécie de formigamento, agulhadas – isso atinge mais crianças acima dos 5 anos. Como não há (ainda) exames laboratoriais para diagnosticar o quadro, normalmente a conclusão chegará pelo histórico clínico e sensações que a criança descreve. Lembramos que o sono da criança é agitado, então é preciso ter muita parcimônia neste caso.

APNEIA

Este distúrbio consiste em interrupções da respiração durante o sono. Geralmente ela acontece junto com o ronco e compromete o sono porque o ciclo de sono é interrompido. A consequência é uma criança irritadiça, com aparência de cansada, mesmo que os despertares não aconteçam.

BRUXIMO

Muitas crianças rangem os dentes e apertam os maxilares (bruxismo ou apertamento), e as causas desse distúrbio são pouco conhecidas (podem, inclusive, estarem associadas a questões de fundo emocional). Esse ato, além de causar outros problemas, também interrompe o sono, pois acontece nas transições entre os estágios / fases dentro do ciclo de sono. Muitas vezes é necessário o uso de placas para proteger a arcada dentária e evitar que os dentes da criança fiquem desgastados. Se seu filho tem este hábito, a sugestão é procurar o odontopediatra.

SONAMBULISMO

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Mais comum a partir da fase escolar, este distúrbio está relacionado ao amadurecimento do cérebro, ocorrendo uma instabilidade no sono. Normalmente a criança não se lembra de nada no dia seguinte e os pais só devem ficar atentos para cuidar de sua segurança. Nem sempre a criança sonâmbula sai andando; ela pode apenas sentar na cama e falar, por exemplo. Na maioria das vezes o sonambulismo desaparece logo, mas, se persistir, a sugestão é procurar um neuropediatra.

DESPERTAR CONFUSO

Mais comum em crianças de até 4 meses, o bebê inicia um choro inconsolável. Para desespero dos pais, esse distúrbio pode durar de 15 minutos a 2 horas, e especialistas garantem que interferir pode aumentar o tempo do episódio. A sugestão é ficar ao lado da criança, pois ela vai resistir às tentativas de conforto, consolo e colo. Uma das explicações para isso acontecer é que o cérebro precisa amadurecer para conseguir passar pelas fases dentro do ciclo de sono e esse despertar acontece nestas passagens.

TERROR NOTURNO

Diferente dos pesadelos, este é um dos distúrbios mais difíceis para o entendimento dos pais.  A criança grita, se desespera, chora, mas não acorda. Ocorre mais em meninos e normalmente não tem consequências. Depois do episódio a criança volta a dormir e não recorda nada no dia seguinte. Especialistas sugerem que, assim como em outros distúrbios, os pais não tentem acordar a criança, apenas fiquem ao lado para cuidar da segurança, enquanto o episódio não cessar. Veja mais sobre terror noturno aqui.

INSÔNIA NÃO ORGÂNICA / DISSONIAS

Esse distúrbio está intimamente ligado aos hábitos das crianças. É o mais comum, e com uma boa notícia: é nele em que os pais mais podem atuar para melhorar o sono dos pequenos. Geralmente esse tipo de insônia está associada a problemas comportamentais, maus hábitos, problemas de rotina /adequação de horários e disciplina. A dica aqui é estabelecer uma rotina boa, rituais de sono para baixar os níveis de energia da criança, observar o dia para ver se está fazendo atividades suficientes (ou muitas atividades), ficar atento ao tempo da criança exposta à aparelhos eletrônicos. Enfim, cuidar da higiene de sono da família.

Apesar da insônia ser quase sempre comportamental, quando ela é causada por algum problema orgânico, ou seja, viroses, cólicas, otites, alergias alimentares, refluxos, etc, ela é considerada como uma parassonia infantil e deve ser tratada por médicos. No caso da criança ter boa saúde, alimentação e desenvolvimento adequado e mesmo assim ter o sono difícil, provavelmente é um caso comportamental, no qual mudanças de atitude dos pais, com ajuda ou não de especialistas, podem fazer uma grande diferença na qualidade de sono do filho.