Quantas vezes você já se pegou pensando de outra forma, depois que virou mãe? Quantos julgamentos você deixou de lado, depois que seu filho te mostrou que, na prática, criar uma criança é muito diferente do que você achava? O texto de hoje, mais uma linda colaboração da Flávia Girardi, do blog Cartas para Alice (corre lá e siga também!), fala exatamente sobre isso! Tenho certeza de que você vai se identificar muito, então dá uma espiadinha a seguir!

Por Flávia Girardi

Outro dia estávamos no parquinho e encontramos um pai com um menininho da mesma idade da minha filha. Enquanto os pequenos brincavam, nós ficamos falando sobre eles (e nessas horas percebemos como somos todos iguais!). Até que, meio envergonhado, ele confidenciou que o filho, de dois anos, ainda dormia no mesmo quarto que eles.

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Imagem: 123RF

Eu percebi nesse momento que ele esperava um conselho, uma reprovação ou algo do tipo: “nossa, AINDA?, Minha filha já dorme na cama e sozinha!”. Mas ao invés disso, eu sorri, e ele sorriu de volta (deu para ver que mais aliviado). É que quando a gente se torna mãe, aquela pessoa – às vezes até um pouco acusadora que éramos – fica para trás. Ao invés de ver e “atacar”, a gente passa a ouvir e entender um pouco mais. Entender que, às vezes, por trás de uma mãe que deixa o filho se jogar no chão do shopping e chorar porque quer um brinquedo, está alguém que quer educar – e não alguém que criou uma criança mal educada. Por trás de um pirulito ou uma bala na mão de uma criança, está uma mãe cansada, que, ACREDITE, já tentou de tudo e agora quer apenas um pouco de tranqüilidade para dirigir, terminar a compra e pagar a conta no banco (saiba também que ela acha que o melhor seria que seu filho estivesse comendo uma fruta!).

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Por trás daquela mãe que cede a uma batata frita, ao macarrão ou a mais uma mamadeira, está alguém com medo de que o filho passe fome, porque ele vem não comendo nada (porque está meio resfriado, com um dentinho nascendo). E o que você viu (e já condenou) pode ter ocorrido apenas aquele dia, e não é parte de uma rotina diária.

Muitas vezes a gente erra tentando acertar. Erra querendo fazer o melhor! Mas isso tudo a gente passa a entender depois.  Quando a gente se torna mãe, a gente passa a enxergar o outro de uma nova forma, porque entende que o que funciona para mim, pode não se adequar à rotina dele (crianças têm comportamentos diferentes, não há um manual de conduta). E isso não significa que um pai seja melhor que o outro. Quando a gente se torna mãe, nós viramos o foco de julgamentos, conselhos excessivos e regras éticas do tipo “não segura muito no colo que a criança cresce manhosa”,você faz o bebê dormir no colo (ou na sua cama)?” “você deixa seu filho escolher o sapato que vai usar?”. Como se isso tudo fosse um absurdo, e nós as piores pessoas do mundo.

Se você fica brava porque passou horas fazendo o bebê dormir e alguém falou alto ou entrou fazendo barulho, então! Mas que absurdo! Criança tem que acostumar com a rotina de onde está! (Só quem já passou por isso é capaz de entender!). E diante desta situação vulnerável, a gente passa a compreender que ninguém vive sozinho. Que precisamos, SIM, e MUITO do outro. Que é tão bom quando alguém segura o bebê (que não pára de chorar) no colo, por alguns instantes, para que você possa ir ao banheiro. É tão bom quando alguém te diz que vai ficar tudo bem e que você VAI dar conta. É algo que não tem preço ter com quem deixar o filhote doente quando você não pode faltar do trabalho – porque seu chefe não iria entender. Que é tão reconfortante ver um olhar de compreensão e um sorriso de alguém que entende que tudo são fases e que nós somos humanas (com direito a falhas e também um monte de acertos). Nessas horas a gente aprende que conselhos são bons, mas julgamentos só atrapalham. Aprende também que uma mão estendida, às vezes, é tudo que precisamos.