Como vocês que acompanham o instagram do blog já sabem, eu viajei a trabalho durante toda essa semana, deixando Catarina com meu marido, em casa. Eu já havia feito outras viagens assim, mas elas haviam sido bem mais curtas: dois dias fora quando estive em Brasília, e mais três em Buenos Aires. Agora foi quase uma semana longe da família, nos EUA, o que me obrigou a um planejamento muito maior para viabilizar essa saída.

Quando você toma conta de quase toda a rotina da família, não é fácil se distanciar. No meu caso, sou eu quem toco diariamente as coisas de Cacá: levo e busco-a na escola, na natação, faço a compra da maioria dos itens de supermercado, e todas aquelas outras coisas “picadas” que tomam um tempão da sua semana. Meu marido tem praticamente um turno dobrado de trabalho, e, como faço home office, fica bem mais fácil para mim providenciar o necessário para que o dia a dia funcione direitinho.

Imagem: Arquivo Pessoal. A reprodução não está autorizada.

Mesmo pensando com antecedência na viagem, tentando deixar tudo “redondo” para quem ficava, precisei mobilizar muita gente para que tudo continuasse andando. Meu pai passou a levar Catarina para a escola, meu marido a busca-la, eles se revezaram nos outros períodos para ficar com a pequena. Minha mãe mudou o horário de trabalho para que pudesse ficar mais com a neta durante as manhãs. Meus sogros se programaram para dar uma mão durante o feriado. Sei que no fundo todos se beneficiaram do contato com a filhota, mas é inegável que minha ausência acabou mexendo com os horários bem estabelecidos de todo mundo. Primeira conclusão sobre toda essa experiência: dá um trabalho danado substituir a mãe e fazer todas as tarefas que ela faz diariamente, o ano inteiro! Mas se for necessário, as pessoas “rebolam” e conseguem, sim, dar conta dos filhos quando ela não está.

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A ida não foi fácil. Chorei indo para o aeroporto, porque sou aquele tipo de mãe que sente muito em deixar a filha para trás. Nesse ponto, acredito que seja muito mais fácil ter mais de um filho, porque você sabe que irmãos têm um ao outro, e ficam tranquilos na ausência dos pais. Mas eu e Cacá somos muito juntas, e achei que a pequena sentiria muito minha falta. Sim, ainda tenho um pouco daquele sentimento bobo de culpa todas as vezes em que viajo sem ela, mas aos poucos fui entendendo que isso não poderia me impedir de ir. Pois é, os filhos crescem, e se você não tiver vida própria, um dia se pegará sufocando-os quando não for tão necessária. Ou criará filhos extremamente dependentes, que não conseguem seguir seu próprio caminho porque se sentem presos a uma mãe que passou sua vida se dedicando apenas a eles.

Então eu fui. Com o coração na mão, mas tendo a certeza de estar fazendo o melhor. De estar aproveitando uma grande oportunidade profissional, e ao mesmo tempo dando chance para que pai e filha convivessem sem a minha interferência. Porque, cá entre nós, quando estou ali acabo sendo a chata da ordem, que sabe como tudo tem que ser feito para que as coisas continuem andando. Mãe não faz isso porque gosta de mandar, e sim porque já tentou realizar as atividades de tantas maneiras, que acaba sabendo a forma mais fácil de faze-las. Ou pelo menos a forma que funciona para ela, porque é óbvio que o pai vai fazer de outro jeito e vai dar certo também. E é ótimo que ele descubra isso!

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Foi bom para crescer profissionalmente, e ainda melhor para arejar a cabeça. Para sair daquela toada diária que todas nós sabemos que cansa. Foi maravilhoso não ter que pensar se era hora de dar banho, de preparar o jantar, de mandar Cacá fazer a lição de casa, de colocar a pequena para dormir (sabendo que, depois que ela dormisse, eu ainda teria que abrir o computador e trabalhar por horas).

Se eu senti saudade da filha, do marido? Claro que sim! Muita! Mas não foi aquela saudade doída, de quem quer voltar logo. Foi aquele tipo de saudade que diz: “nossa, como eu gostaria que eles estivessem aqui para ver tudo isso também!”. Mais do que saudade, foi aquele sentimento de que você pode estar em qualquer lugar do mundo, que você continua pertencendo a uma família. À sua família.