Como já comentei aqui no blog, minha filha Catarina teve uma suspeita de alergia a leite de vaca quando tinha poucos meses. Naquela época, eu confundia a alergia com a intolerância à lactose – e foi só quando me aprofundei no assunto que descobri que uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Enquanto a alergia acontece pela reação imunológica que uma pessoa desenvolve à proteína do leite, a intolerância à lactose ocorre pela incapacidade de um processamento adequado do carboidrato desse alimento – a lactose. Ou seja, esse indivíduo não tem o bom funcionamento da enzima (a lactase) que faz a quebra desse açúcar, e passa a ter alguns sintomas, como diarreia, gases, dor de barriga e distensão abdominal quando ingere leite ou seus derivados.
Uma criança com alergia ao leite já manifesta reações quando tem contato com mínimas quantidades. Já a intolerância à lactose é dose dependente. Ou seja, é possível que uma determinada criança até consiga tomar um copo de leite, ou comer um brigadeiro, sem sentir os sintomas, enquanto a outra já passa mal. Entretanto, uma coisa é certa: se seu filho é intolerante à lactose, quanto mais leite comum ele tomar, mais manifestará os sintomas e passará mal.
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Outra dica importante é que a intolerância à lactose é rara em bebês (ou acontece de forma transitória, passando com o amadurecimento do corpo e uma maior produção da enzima lactase), e sua incidência vai aumentando com a idade. Por isso, crianças maiores acabam tendo mais o problema do que os pequenininhos, e essa tendência vai crescendo ainda mais na adolescência e idade adulta (minha irmã, por exemplo, passa mal se tomar um copo de leite comum todos os dias, seguidamente).
Embora a intolerância à lactose seja um problema “chatinho”, é possível conviver com ele (aliás, é muito mais fácil do que com a alergia ao leite). Só que muitas mães não sabem disso, e acabam excluindo leite e derivados da dieta do filho, o que, a longo prazo, pode levar a problemas sérios. Esses alimentos são a principal fonte de cálcio da nossa dieta, e não é fácil fazer essa substituição sem comprometer o desenvolvimento de ossos e dentes.
Uma mensagem importante desse post é que a exclusão do leite (e dos derivados, para as crianças mais sensíveis, que também manifestam os sintomas de intolerância com eles) não é necessária. No processo de produção, o fabricante já insere a lactase (que substitui a enzima que o corpo do intolerante não produz direito), e o leite, ou o leite condensado, o doce de leite já estão prontos para o consumo do intolerante à lactose.
Mas tem essa linha inteira de produtos zero lactose? Pois é, eu também só descobri recentemente que a Piracanjuba tem (veja aqui). Além do leite integral, do semidesnatado e do desnatado Zero Lactose, eles têm também o Pirakids Crescer Zero Lactose (ideais para a segunda e terceira infância), que é um achocolatado, o leite condensado, o creme de leite e o doce de leite Zero Lactose. Assim dá para fazer várias receitas para o filhote sem que ele tenha que sofrer com a intolerância, até os docinhos da festa de aniversário.
Por fim, acho importante dizer que todo o acompanhamento deve ser sempre feito com o pediatra do seu filho. Nem sempre o diagnóstico de intolerância à lactose é fácil, mas ele acaba sendo feito com testes na dieta da criança – retirando a lactose e verificando se a criança melhora. Se seu filho tem cólicas abdominais frequentes, diarreias e queixa-se de dor diariamente é bom fazer essa investigação.