Vocês sabem que eu estou sempre de olho nos estudos mais recentes para trazer as novidades para vocês. Dessa vez, eu gostaria de compartilhar um estudo recente, publicado em uma importante revista internacional, a European Journal of Population. Vejam que interessante: pesquisadores da London School of Economics avaliaram dados de cerca de 19.000 crianças nascidas no Reino Unido entre os anos de 2000 e 2002, e descobriram um benefício grande no retorno do pai biológico às famílias em que a mãe estava sozinha no momento do nascimento do filho.

Imagem: 123RF

As crianças que tiveram seus dados analisados eram todas filhos de mães solteiras na fase do parto (e que tiveram que vivenciar esse momento – tão importante e difícil – sem a participação do pai biológico). Esses pequeninos foram divididos em quatro grupos: o primeiro com filhos cujas mães permaneceram sozinhas até que eles completassem sete anos, o segundo com crianças que vivenciaram a volta do pai e um novo afastamento até essa mesma idade, o terceiro que teve o retorno e fixação do pai biológico na família e o quarto com crianças que tiveram a chegada de um padrasto. E os resultados mostraram uma melhora substancial na vida das crianças que tiveram novamente o convívio do pai dentro de casa.

E quais foram os ganhos que esses pequeninos tiveram com a volta do pai? Aos sete anos, eles apresentaram melhora nos testes cognitivos (que demonstram a capacidade de aprendizado) e menores taxas de ansiedade e depressão do que aqueles em que a mãe continuo arcando com toda a responsabilidade da criação sozinha. A chegada de um padrasto também não demonstrou um benefício marcante, possivelmente porque os ganhos foram contrabalançados pelas dificuldades na adaptação a um novo membro familiar.

Nesse estudo, os pesquisadores deixaram uma mensagem: “Nossa pesquisa não pretende encorajar as pessoas a viverem em condições de vida pouco saudáveis ​​porque têm um filho juntos, mas podem ajudar a identificar quais as crianças que precisam de mais ajuda nos seus primeiros anos”.

Mais um estudo para avaliarmos e analisarmos, pensando sobretudo na importância do pai para o desenvolvimento da criança. Tema mais do que atual!

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