São muitos os fatores que interferem na alimentação dos nossos filhos. Mas o que talvez você não saiba é que o fato de ter um irmão pode diminuir o risco de obesidade infantil na sua casa!

Segundo um estudo recente da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e publicado em uma das mais conceituadas revistas científicas do mundo, a Pediatrics, ter um segundo filho é um fator que se mostrou determinante para que os pequenos não se tornem obesos. Analisando a massa corporal de 697 crianças, a pesquisa comprovou que aquelas que tinham irmãos mais novos apresentaram índices mais equilibrados em relação às outras, com menos chance de desenvolver obesidade.

Ainda de acordo com o trabalho, a possível razão para que isso ocorra é que, com a chegada de um novo bebê, os pais voltam a ficar mais atentos aos alimentos que trazem para dentro de casa. De fato, esse é um cuidado importante (que, aliás, deve ser mantido sempre, não é mesmo?) – mas também é evidente que é necessário mais do que um irmão para que se garanta uma alimentação equilibrada. Veja as dicas que podem ajudar em casa!

Imagem: 123RF

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Fique atenta às particularidades

Cada criança é uma, e mesmo entre irmãos essa realidade não é diferente. E isso pode ser visto, inclusive, na hora de se alimentar. Não é porque um de seus filhos come de tudo, que o outro será exatamente da mesma maneira. “Cada criança possui suas particularidades, o que é perfeitamente normal, mesmo com biotipos diferentes”. Essa afirmação é do Dr. Rubens Feferbaum, coordenador dos Departamentos Científicos e de Nutrologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo. Por isso, esteja atenta aos alimentos que a criança aceita bem, aqueles que nem tanto, para determinar um cardápio saudável, mas que também agrade a todos em casa (mesmo que sejam necessárias algumas adaptações para um membro da família).

E aos exemplos

O respeito às particularidades da criança é importante, mas os pais também não devem deixar de lado o exemplo. Todos devem ter uma refeição equilibrada, para que os pequenos aprendam na prática (não, não vai resolver só dizer o que o filhote precisa comer!).

A escola também entra!

A alimentação saudável não deve ficar restrita somente à casa. E, como a escola é o segundo local onde os pequenos passam a maior parte do tempo, também é interessante que esse espaço seja uma extensão dos valores nutricionais que são aprendidos e executados em família. Por isso, na hora de arrumar a lancheira do filhote, não abra mão de lanches saudáveis. A regra vale também para os passeios (não é só porque estamos fora de casa que devemos jogar todas as regras alimentares fora, não é mesmo?).

Estimule atividades físicas

Esse estudo da Pediatrics, citado no início do post, mostrou ainda que crianças com irmãos mais novos são menos sedentárias. Isso porque a rotina delas fica mais agitada com um bebê em casa, e mais: quando o pequeno crescer, provavelmente os dois serão parceiros nas brincadeiras (e não irão parar quietos!). Como um estilo de vida saudável prioriza uma alimentação adequada e também atividades físicas frequentes, invista (e incentive) os dois para a criançada.