Eu me lembro da sensação de deixar a maternidade, morrendo de medo, porque não tinha a menor ideia de como cuidar da minha filha.

Eu me lembro de deixa-la no berço dormindo, quando chegamos em casa, e pensar que seria fácil (afinal, ela havia dormido por três horas seguidas!). Para perceber, em seguida, que eu tinha subestimado completamente a questão (sorte de principiante, nunca mais ela dormiu tanto tempo sem acordar durante o dia!).

Em me lembro de não confiar na babá eletrônica, e levantar de hora em hora, nas primeiras noites, para saber se ela estava respirando. E de cutuca-la de levinho, só para que ela se mexesse e eu tivesse certeza de que estava tudo bem.

Eu me lembro de olhar para o lado de fora da janela e sentir falta de andar no sol, nos primeiros dias. E daquela roupinha fofa que deixava suas perninhas de fora, para que você tomasse um pouquinho de luz.

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Eu me lembro das lágrimas ao amamentar nas primeiras semanas (como doía!), e de como minha mãe me dizia: “não desista, minha filha, é para o bem dela!”. E como foi só uma questão de tempo e de alguns ajustes para que as mamadas se tornassem o momento mais prazeroso do dia.

Imagem: 123RF

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Eu me lembro do medo de deixar minha filha cair da almofada de amamentação, porque não conseguia manter os olhos abertos. E de como eu rezava para que ela não fizesse cocô depois da mamada da madrugada, para não precisar troca-la (afinal, nessa hora ela acordava e demorava a dormir!). Claro que isso NUNCA acontecia.

Eu me lembro de andar de pijama em casa o dia inteiro, e de sair com olheiras nas fotos. Aliás, eu estava tão acabada que hoje não tenho coragem de guardar essas imagens no álbum!

Eu me lembro da alegria de encontrar outra mãe de bebê para conversar. E de perguntar se o filho dela dormia a noite toda, se chorava muito, apenas para minimizar meu próprio sofrimento.

Eu me lembro de não saber abrir o carrinho direito, e achar que tinha comprado um trambolho dos piores. E de como em um mês eu sabia ajeita-lo com uma mão só.

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Eu em lembro das crises de cólica, e do sentimento de impotência frente a elas. De como era desesperador ver minha filha chorando e não conseguir amenizar seu sofrimento. E de como eu cinco minutos meu marido conseguia acalma-la segurando-a virada para o chão.

Eu me lembro de sentir falta do meu trabalho, das minhas amigas, do mundo lá fora. De me sentir presa dentro de casa, com um bebê que não falava (aliás, podiam já mandar bebês com essa habilidade, não é mesmo? Facilitaria tanto!). Mas tendo certeza de que cada minuto daquela dedicação valia a pena.

Eu me lembro do cheirinho inebriante do seu cabelinho suado, e de como ele me fazia sentir a mãe mais realizada do mundo.

Eu me lembro dos primeiros palpites, e de como eles me transformavam em uma mãe leoa! E de como eu demorei para entender que alguns deles teriam tornado meu dia a dia muito mais fácil.

Eu me lembro de ser a louca da rotina – se não estivéssemos de volta em casa na hora da soneca eu virava bicho! Eu precisava da segurança de fazer todos os dias as mesmas coisas, nos mesmos horários, para ter a sensação de que eu controlava alguma coisa (quanta ingenuidade!).

Eu me lembro da primeira vez em que minha filha comeu melancia, e eu achei que tinha sangue no cocô. Quase morri de preocupação, até que o médico disse que era normal.

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Eu me lembro da frustração de ter gasto meia hora para fazer a papinha que minha filha se recusou a comer. Fechou a boca e não abriu, até que bateu com a mãozinha no prato e jogou tudo no chão. E eu chorei.

Eu me lembro de achar que minha filha estava demorando muito para rolar, engatinhar, andar, falar… Para logo depois pensar: “mas como está passando depressa, olha o que ela já sabe fazer!”.

Eu me lembro de sua mão pequenina segurando a minha. E de como nos piores momentos era apenas isso o que me fazia continuar em pé.

Eu me lembro de tudo isso, que você está passando agora, e acha que não vai conseguir superar. E preciso te contar que, em breve, serão apenas lembranças do primeiro ano do seu filho. As dores passarão e só ficarão as alegrias, as risadas, as descobertas, as vitórias. A ponto de você pensar que enfrentaria tudo de novo pelo maior amor da sua vida!