Imagine um post sobre enxoval de bebê, escrito por uma especialista em compras desse tipo. Você pode imaginar que a lista de itens recomendados seria imensa, não é verdade? Mas o post de hoje é especial justamente por isso – porque conta com todo o conhecimento de quem entende do assunto, uma das melhores “personal shoppers” do mercado, a Paula Laffront. Ela é boa no que faz justamente porque sabe recomendar exatamente o que cada mãe precisa, evitando que se gaste com peças desnecessárias!

Um post imprescindível para as gestantes e para as mães que pretendem engravidar novamente!

Por Paula Laffront

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Assim que passa o choque dos dois risquinhos positivos no teste de gravidez, é batata! As mães correm para a internet e se deparam com uma enxurrada de dicas e listas de enxoval de bebê.

O que elas mal sabem é que estão entrando num terreno perigoso, chamado enxoval de bebê. Que pode leva-las a atos de consumismo exagerados, compras desnecessárias e a uma infinidade de aquisições estranhas, de produtos sobre os quais elas nunca ouviram falar antes.

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Afinal, a maioria das mães de primeira viagem têm um mundo inteiro a aprender, mil coisas para digerir e são alvo fácil do consumo desse mundo dos bebês. Tenha em mente que existe uma indústria inteira por trás disso e dicas do que comprar e frases que começam com “VOCÊ PRECISA” não vão faltar durante a gestação.

É até estranho uma personal shopper que sou, especialmente uma consultora de compras de enxoval nos EUA, falar tudo isso, num discurso tão anti consumista. Mas é a mais pura verdade! As listas de enxoval de bebê que vemos por aí são exageradas, consumistas e completamente loucas. Bebês não precisam de todos esses itens, e as dicas de produtos que estão nesse mundão de blogs e Instagram costumam ser uma “big armadilha”. Um enxoval de bebê pode e deve ser enxuto, focado em necessidade e não em consumo. Por isso, deixo aqui dicas de ouro na hora de montar um enxoval consciente. Vamos lá:

Imagem: 123RF

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– Fuja das listas prontas

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Cada família é diferente, logo sua rotina, necessidades e lista de compras para o bebê bebê também devem ser. Famílias que usam ar condicionado em casa, por exemplo, precisam de peças de manga longa para dormir. As famílias que não usam, vão passar longe de bodies manga longa no verão. Já quem frequenta a praia com frequência, precisa estocar protetor solar (após os 6 meses), e quem mora em Sampa, e vê a cor do mar uma vez por ano, pode deixar esta compra para quando surgir a oportunidade.

Então minha dica número 1 para quem quer fazer um enxoval de bebê consciente é: fuja das listas prontas e saiba que a melhor forma de economizar e não comprar bobagens é ter uma lista altamente personalizada, pensando nas suas particularidades. E isso pode ser feito por você, seguindo a próxima dica.

– Estude muito e planeje

Para fazer a sua própria lista personalizada é preciso pensar no seu dia a dia, como será a sua vida com o bebê e projetar essa nova realidade, a fim de conseguir medir as suas necessidades reais. Perguntas importantes a serem respondidas nesse momento: “quais são minhas intenções de amamentação? Quem vai cuidar do bebê nos primeiros meses? O bebê vai para  creche, casa da avó, vai ficar em casa? Como será a introdução alimentar? Como, quando e para onde serão os passeios com o bebê? Estarei sozinha com ele? Vou sair sozinha com ele, ou terei ajuda? Onde o bebê vai dormir no começo? E depois? Em quantos carros o bebê vai andar? Vou dar mamadeira? E chupeta? Quero o meu bebê confortável ou arrumadinho? Com que frequência vamos passear e precisar de roupas arrumadas e de festa?”.

Eu sei que são perguntas difíceis de responder e nem sempre temos todas as respostas durante a gravidez, mas este exercício de projeção é importante para você fazer compras que de fato serão usadas. E quando uma amiga sua lhe indicar uma máquina de papinha incrível (que de fato pode ser para ela), você vai poder de cara responder: “não vou precisar. Ele vai para a creche e vai comer por lá!”.

– Na dúvida, não compre

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Alguns itens caros podem ter a compra adiada, caso tenha muita dúvida sobre se você vai usar ou não. Por exemplo, mamadeiras (uma mamadeira não é cara, mas todo o kit sim). Vamos supor que sua intenção seja amamentar com exclusividade até os 6 meses e depois manter a amamentação como única fonte de leite, enquanto faz a introdução alimentar. Você também não pretende se ausentar do bebê nesse primeiro ano. Se tudo der certo, você poderá passar o primeiro ano inteiro sem chegar perto de uma mamadeira.

Numa lista comum, você vai ver, além de mamadeiras, escova para limpa-las, bicos, esterilizador, saquinho de armazenar leite, escorredor de mamadeira, aquecedor de mamadeira e outros itens. Na melhor das hipóteses, você gastará R$500 só em itens que podem não ser usados (e seu plano já era esse, desde o início!). Por isso, na dúvida, não compre. Espere a necessidade de fato surgir.

– Priorize qualidade e itens multi-uso

Eu absolutamente odeio itens mono-uso. São aqueles itens que têm uma única função e ainda serão usados por um curtíssimo período de tempo. Salvo raras exceções, normalmente você consegue viver bem sem eles! Como um termômetro de banheira (segue a dica da vovó e encosta o antebraço na água), um mixer de mamadeira (é só chacoalhar) ou ainda um aquecedor de lenço umedecido. Esses itens, com uma função boba e reduzida, você pode cortar da sua lista. E lembre: se você pode resolver da forma como a sua avó fazia, no mesmo tempo, faça como a nona.

Já no quesito qualidade, a questão é você não precisar recomprar produtos que já comprou anteriormente e quebraram, ou que não eram tão bons, porque você optou pelo baratinho. Tem horas que a economia pode ser burra e investir é preciso. Portanto, em itens importantes, de longa duração e que poderão ser usados num próximo bebê, vale a pena priorizar a qualidade. E qualidade neste caso, também pode significar mais segurança e praticidade. Uma cadeirinha de carro sem qualidade (mesmo com selo do Inmetro) pode colocar em risco o bebê; já um carrinho de bebê ruim pode fazer você perder um tempão abrindo e fechando, todas as vezes em que precisar dele.

– Pense no seu segundo enxoval (ou terceiro, quarto…)

Você planeja ter mais filhos? Então pense nisso também na hora das compras do primeiro bebê. Leve à risca a dica acima (da qualidade), mas também se atente em comprar um número maior de itens unissex. Sem querer ser sexista, claro, mas a verdade é que peças neutras ajudam você a usar as roupas de um filho no outro, mesmo quando de sexos diferentes. Além de aproveitar todos os outros itens do enxoval de maneira mais completa.

– Deixe a emoção de lado e siga o seu planejamento

Depois de tudo isto dito, você está pronta para fazer compras mais racionais e que serão bem utilizadas. Porém, a fofura ainda vai te atrapalhar! As coisas de bebê são tão fofas, que nos cegam e fazem a gente esquecer tudo isso. Eu mesma comprei sapatinhos lindos para o meu segundo filho, mesmo dizendo para todo mundo não comprar sapatos antes dos 9 meses (pois bebês não usam!). O grande problema é que eles eram muito fofos…

Mas resista! tudo de bebê é lindo demais e você não pode se deixar levar pela emoção, se quiser economizar e comprar bem. Feche o olho, comporte-se e siga a sua lista!

Para conhecer mais sobre o trabalho da Paula – http://www.paulalaffront.com

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