Muitas vezes sem nenhum sintoma para os adultos, a toxoplasmose pode trazer consequências sérias aos fetos (sim, a doença pode ser transmitida para o bebê ainda dentro da barriga!). Por isso, é muito importante saber mais sobre a toxoplasmose congênita (nome dado quando o feto a desenvolve): se a gestante for infectada a partir do segundo trimestre da gravidez, a chance de contaminar o filhote chega a 60%. Para contar para vocês mais sobre o assunto, reuni abaixo informações sobre diagnóstico, tratamento e, claro, sobre como se proteger. Vem dar uma espiadinha, vale a pena ficar por dentro e dividir com outras futuras mamães!

Imagem: 123RF

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Como eu posso contrair toxoplasmose?

Causada por um parasita (o Toxoplasma gondii), a toxoplasmose pode ser contraída por meio da ingestão de verduras frescas, água e produtos de origem animal contaminados. Mais uma forma de contrair é por meio do contato com fezes de gatos doentes (pois esses animais são os hospedeiros definitivos dos toxoplasmas).

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Nos adultos, a toxoplasmose é considerada benigna, e algumas pessoas nem chegam a manifestar sintomas físicos. Caso os sinais apareçam, eles costumam ser bem parecidos com os da gripe (muita gente pode já ter contraído e não sabe, inclusive), variando entre mal estar, dores musculares e de cabeça e gânglios inchados no pescoço. Mas uma notícia boa: se a pessoa for infectada uma vez, ela passa a ficar imune.

 

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A importância do pré-natal para o diagnóstico

Para a gestante saber se está com toxoplasmose é necessário fazer um exame de sangue específico para a detecção da doença (que verifica a presença dos anticorpos IgG e IgM contra o Toxoplasma). Esse teste deve ser pedido pelo obstetra ainda durante o primeiro trimestre de gravidez, e feito novamente durante o terceiro trimestre. Se no exame ficar comprovado que a mulher está imune, não há motivo para preocupação (porque isso significa que ela já contraiu a doença alguma vez na vida e, portanto, não há chance de contrai-la novamente, nem de ocorrer a toxoplasmose congênita no feto).

Por outro lado, se o resultado da presença dos anticorpos for positivo, isso significa que a mãe já esteve ou está infectada, e nesse caso é necessário fazer um teste de avidez (que comprova se a infecção é recente ou não). Se o teste feito ainda no primeiro trimestre de gestação mostrar que a mãe foi contaminada há mais de três meses (ou seja, antes de gravidez), ela também não precisa se preocupar.

Já se o teste der negativo (o que significa que a mãe nunca teve contato com o Toxoplasma), é preciso manter os cuidados de prevenção e repetir o exame, para verificar se não houve infecção ao longo da gravidez.

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E se eu estiver com toxoplasmose?

Caso o exame comprove que você está infectada, será necessário tomar antibióticos, para reduzir as chances de que o parasita passe para o feto, ainda dentro da barriga. O obstetra também deve fazer uma amniocentese (que é a retirada de líquido amniótico para análise), para examinar se há ou não parasitas no filhote (que podem ser passados por meio da corrente sanguínea da mãe para a circulação do bebê). Depois do parto também pode ser feito um novo teste e, se o pequeno estiver contaminado, ele logo deverá ser tratado com antibióticos.

 

Os riscos da doença para os bebês

Se o bebê nasce com toxoplasmose (ou seja, desenvolve a toxoplasmose congênita), ele já pode logo apresentar sinais da doença (pois, uma vez contaminado, ele a desenvolve ainda no útero, já que o seu sistema imunológico não “funciona” a ponto de acabar com os parasitas invasores). As manifestações ao nascer variam entre pintinhas vermelhas pelo corpo (que indicam sangramento), hipotonia (ou seja, a criança tem menos tônus muscular e força, é molinha e não mama bem), microcefalia, calcificações intracranianas, ou ainda convulsões e fígado e baço aumentados.

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No entanto, alguns bebês só desenvolvem as sequelas ao longo dos próximos meses de vida: alguns podem não conseguir firmar a cabeça, ou então apresentar retardo mental e lesão ocular (que, muitas vezes, leva à cegueira progressiva).

Mais um perigo da toxoplasmose congênita é que, por conta da doença, a criança pode nem chegar a nascer (a mãe pode sofrer aborto espontâneo, ou o pequeno já nascer sem vida). E, caso nasça, também é real a chance dele vir a óbito por decorrência das complicações que vão se manifestando (especialmente se o diagnóstico não for feito logo, para retardar os danos).

 

É possível se proteger contra a toxoplasmose?

É sim. Como já explicado, para contrair toxoplasmose é necessário ingerir algum alimento que contenha toxoplasmas. Por isso, o cuidado com a dieta da futura mamãe deve ser redobrado: lave bastante as verduras e hortaliças antes de consumir e cozinhe bem a carne (nada de carne mal passada, não corra o risco; o parasita causador da doença é eliminado pelas altas temperaturas do processo de cozimento). Manter a carne congelada por pelo menos três dias antes do consumo é mais uma maneira de matar o transmissor.

E caso você tenha gato em casa, fique calma. Apesar do animal ser o hospedeiro definitivo de toxoplasmas, vale saber que, assim como nós, ele só é infectado a partir do consumo de alimentos contaminados (mas felinos que tenham o costume de engolir insetos e outros bichos, como lagartixas, também podem contrair o parasita dessa forma). Portanto, é necessário cuidar da dieta dele (se for oferecer verduras, lave-as bem; carne, cozinhe bastante) e, ao limpar os dejetos do pet, ter o cuidado de usar pás, luvas, ou sacolas plásticas, para evitar o contato direto das mãos com as fezes. A mesma regra vale para manusear plantas, de vasos ou no jardim, pois pode haver dejetos do bichano no local. Tenha cuidado também em ambientes com areia, como na praia ou ao levar alguma criança em parques.

Não existe vacina que proteja contra a toxoplasmose. A imunização definitiva contra a doença só ocorre por meio da própria infecção, mas esses cuidados citados aqui valem como prevenção. Como vocês viram, não é difícil prevenir-se contra a doença, mas, se a mãe for infectada, as consequências podem ser graves e fatais para o filhote. Por isso, cuide da alimentação e fique atenta aos exames pedidos durante o pré-natal (não deixe o obstetra “esquecer” de solicitar os testes de detecção durante a gravidez, porque, quanto antes o diagnóstico, maiores as chances de evitar que a doença atinja o feto).