Tenho certeza de que você já ouviu falar sobre o teste do pezinho. Mas e o teste do coraçãozinho, você conhece? Sabe para que serve? Confesso que, na primeira vez em que ouvi o termo, não sabia muito do assunto. Mas esse exame é uma informação importantíssima para todas as mães e futuras mamães, uma vez que ele é responsável pela detecção precoce de doenças no coração do bebê. Ou seja, não é brincadeira: é uma forma fácil e completamente indolor de descobrir se algo muito sério está acontecendo.

Uma de nossas leitoras, que preferiu ser identificada apenas como a mãe da Sophia, me contou que o teste do coraçãozinho foi fundamental para que os médicos descobrissem uma cardiopatia em sua filha. Aliás, para quem não sabe, uma cardiopatia congênita é uma doença no coração que tem origem nas primeiras oito semanas de gestação, por uma alteração na formação e desenvolvimento da estrutura embrionária desse órgão, no feto. Ela pode ser descoberta ainda na barriga da mãe, durante o ultrassom morfológico e o ecocardiograma fetal, ou ao nascimento, e até mesmo anos mais tarde (mas já falaremos sobre a importância do diagnóstico precoce para os pequeninos).

Imagem: 123RF

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No caso da Sophia, o problema só foi descoberto nas primeiras horas de vida, o que trouxe uma aflição muito grande para a mãe, o pai, a família inteira. “Lembro que meu mundo caiu, porque não estava preparada para a notícia. Achei que minha filha nunca teria uma vida normal, e me senti completamente desamparada”, conta a mãe. A pequena nasceu com uma comunicação interventricular, ou seja, um buraquinho que comunicava os dois ventrículos, que são duas das quatro câmaras do coração. Ela passou por uma cirurgia e hoje vive uma vida normal e muito feliz.

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O grande responsável pela detecção da cardiopatia congênita da Sophia foi o teste do coraçãozinho. Ele deve ser feito nas primeiras 24 horas depois do parto, e antes da alta hospitalar. E vejam que simples: ele é feito com um oxímetro, que é um sensor capaz de detectar a quantidade de oxigênio no sangue do bebê (pois os pequeninos com problemas no coração têm esse valor alterado), e uma fonte de luz. Tudo colocado em contato com a pele do bebê, de forma indolor e rápida (o teste completo leva de 3 a 5 minutos).

Algumas cardiopatias congênitas muito leves podem ser detectadas depois de anos, sem um real prejuízo à criança. Mas na maioria das vezes o diagnóstico precoce (no período intra-uterino ou, no máximo, ao nascimento) está muito relacionado ao sucesso do tratamento. Algumas intervenções devem ser realizadas na sequência, pois a doença pode, até mesmo, comprometer a vida do bebê. E como no Brasil a locomoção de uma cardiopata para os centros de tratamento nem sempre é fácil, o ideal é que ela aconteça ainda na barriga da mãe, enquanto está protegida.

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Por fim, quando o teste do coraçãozinho detecta uma anormalidade no coração, a criança deve passar pela avaliação de um cardiologista, que avaliará a extensão do problema. Serão necessários alguns exames adicionais, como o raio-X de tórax, o eletrocardiograma e o ecocardiograma. A amamentação no peito, sempre que possível, deve ser estimulada (inclusive, no caso da Sophia, a amamentação aconteceu dessa forma!). E devem ser tomados alguns cuidados adicionais com a saúde da criança, uma vez que ela é considerada como um bebê de risco para doenças respiratórias.

Algo que nem todo mundo sabe é que as doenças do coração também influenciam o comportamento do pulmão dos pequeninos. Por exemplo: em algumas cardiopatias congênitas o fluxo de sangue que chega ao pulmão está aumentado, e o bebê respira de forma ofegante constantemente. Por isso, os bebês que nascem com essas condições devem ser vacinados – a vacina da gripe é obrigatória até os 2 anos de idade (deve ser tomada anualmente). Além disso, também é recomendado que eles tomem a antipneumocócica e sejam imunizados contra o VSR (vírus sincicial respiratório, que, como já comentei aqui, é um dos maiores causadores de complicações respiratórias nos primeiros anos de vida).

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