Hoje temos um post super bacana (e importantíssimo) aqui no blog, sobre mamilos invertidos e planos! Recentemente tenho recebido diversos e-mails de mães que apresentam esse tipo de bico, e que acabam apresentando dificuldades para amamentar. Por isso pedi à Marcia Benalia, que tem um trabalho de consultoria em amamentação muito respeitado, algumas dicas para superar esses desafios. Ações para tomar ainda na gravidez e depois do nascimento do bebê (você já ouviu falar sobre susto no mamilo? Pois não perca o texto a seguir!).

Por Marcia Benalia

A amamentação, no início, pode ser bastante desafiadora para as mães, seja por conta da falta de habilidade da mamãe de primeira viagem, por angústias que surgem, além de dores, cansaço, ou mesmo pela estrutura física do corpo – como, por exemplo, o formato dos mamilos (que podem gerar muitas dúvidas!).

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Por isso, nesse post, quero passar informações para as leitoras do Mil Dicas de Mãe sobre os tipos de bicos e sobre o que fazer quando existem dificuldades na amamentação.

Imagem: 123RF

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Os tipos de mamilo e a amamentação

Primeiro, é importante saber que o mamilo é um facilitador na amamentação, mas não é imprescindível, já que o bebê mama abocanhando a aréola toda (aliás, se o pequeno mamar apenas sugando o mamilo, a pega estará errada e, com certeza, causará dor e fissuras na mãe, que podem servir como porta de entrada para fungos e bactérias causadores de infecções – como candidíase e mastite). Por esse motivo, mesmo que seu mamilo não seja “normal”, é possível fazer a amamentação dar certo.

Para saber qual o seu tipo de mamilo, faça uma leve pressão na auréola com os dedos indicador e polegar: caso o mamilo fique saliente é porque é normal; se não aparecer, é plano; caso volte para dentro da mama, é invertido; já o protruso em demasia é aquele considerado maior que a média.

Mesmo que os seus mamilos sejam planos ou invertidos, é possível que eles mudem durante a gestação. Isso graças às alterações hormonais da fase, que provocam muitas mudanças no corpo (inclusive nos mamilos, que podem se tornar protuberantes). Porém, caso você não tenha sido beneficiada por esta transformação, é possível dar uma forcinha para a natureza com alguns truques, ainda durante a gravidez. O mais comum deles é fazer um furo em cada lado do sutiã, deixando os mamilos expostos (digamos que seja triste estragar um sutiã de ótima sustentação, comumente utilizado nas gestações, mas é por uma boa causa!). Alguns profissionais que trabalham com amamentação indicam também as conchas de silicone (que atuam como o sutiã furado). Caso opte pela concha, nunca durma com ela, pois ela pode comprimir os ductos mamários, dificultando ainda mais a amamentação.

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Dicas para amamentar com bicos planos e invertidos

Após o nascimento do bebê, com a descida do leite, as mamas ficam rígidas, com a pele bem esticada, dificultando a pega. Com isso, uma dica muito eficaz para auxiliar na amamentação, em caso de bicos planos e invertidos, é deixar a auréola macia, ordenhando um pouco o leite antes de cada mamada. Susto no mamilo também costuma funcionar (e nada como uma pedrinha de gelo para acordar um mamilo adormecido!).

Outra opção para auxiliar em caso de mamilos invertidos ou planos é o uso de um corretor chamado Niplette. Ele “suga” o mamilo, preparando-o para o bebê mamar. Por conta do custo elevado, costumo indicar para as mães a versão mais econômica, feita com uma seringa. Para utilizar, basta cortar a parte na qual é colocada a agulha (deixando como a região traseira, onde entra o êmbolo, que é aquela parte móvel da seringa). Entáo, onde antes o êmbolo era colocado, a mãe coloca o mamilo e, onde foi cortado, o êmbolo é inserido. Assim, deve ser feito movimento de “puxar o ar”, fazendo com que o mamilo seja projetado com a sucção. Logo que houver a projeção, coloque o bebê para mamar.

Mais uma alternativa é o bico de silicone, mas que deve ser utilizado com ressalva, pois pode causar confusão de bicos e provocar o desmame precoce.

 

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O segredo do sucesso: paciência e amor

Lembrando que, em todos os casos, para o sucesso da amamentação é necessário muita paciência e amor! Vejo nos meus atendimentos que mesmo com a informação em mãos, ter alguém do seu lado que entenda o momento pelo qual você está passando é muito importante. Por isso, não tenha vergonha de pedir ajuda a alguém próximo, ou mesmo a uma consultora de amamentação: ela certamente é uma pessoa que pode auxiliar muito nesta fase tão importante da vida do bebê. Leite materno é amor líquido, insista nesta prática!

Vale destacar ainda que alguns especialistas, como o pediatra americano Harvey Karp, defendem a ideia de que a gestação possui “uma espécie de quarto trimestre”, que são os três primeiros meses de vida do bebê fora do útero materno (na percepção deles, o ideal seria que a gestação durasse doze meses, mas aí o bebê já estaria muito grande e não passaria pelo canal vaginal).

Seguindo essa linha de pensamento, os três primeiros meses da criança devem ser tratados como uma extensão da gestação, ou seja, um período de adaptação ao meio externo, em que a mãe é extremamente necessária para a sobrevivência do seu filho. E a melhor maneira de se passar por essa fase, de forma tranquila, é amamentando em livre demanda. A amamentação serve não somente para nutrir o físico, mas também o emocional do bebê, contribuindo para o crescimento saudável dele.

Marcia Benalia é doula, consultora em aromaterapia e amamentação e instrutora de shantala certificada pelo GAMA (Grupo de Apoio a Maternidade Ativa). Mãe de dois filhos e estudiosa dos benefícios que a natureza nos promove.